Ressentidos da Câmara trombam com apelo popular
Colunista do 247 Tereza Cruvinel escreve sobre os "ressentidos do PMDB e da oposição" que derrubaram ontem na Câmara o decreto da presidente Dilma que ampliava a participação da sociedade civil nos conselhos de gestão das principais políticas públicas, algo que foi "na contramão das ruas"; principal articulador foi o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que atribui sua derrota na eleição do Rio Grande do Norte ao apoio dado por Lula a seu adversário; "Ainda falta a palavra do Senado, onde a situação do governo é melhor, embora Renan Calheiros também esteja falando grosso por lá", comenta; lição que fica para Dilma, segundo ela: governo deve limitar ao máximo demandas legislativas com o Congresso velhoTereza recorda que Alves, derrotado na disputa ao governo do Rio Grande do Norte, atribui à campanha mal sucedida o apoio do ex-presidente Lula a seu adversário no estado, o governador eleito Robinson Maia (PSD). "Já havíamos antecipado, neste blog, que ele teria um grande poder de retaliação neste final de governo", escreve a jornalista, sobre Alves.
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, atribuiu a derrubada do decreto a uma "vontade conservadora de impor uma derrota política à presidente" Dilma Rousseff. "Nada mais anacrônico, nada mais contra os ventos da História, nada mais como uma tentativa triste que se colocou contra uma vontade irreversível do povo brasileiro que é a participação social", comentou ele (leia aqui).
"Ainda falta a palavra do Senado, onde a situação do governo é melhor, embora Renan Calheiros também esteja falando grosso por lá", aponta ainda a colunista, sobre o presidente da Casa legislativa. Fica como lição para Dilma, segundo ela: "com o Congresso velho, o governo deve limitar ao máximo suas demandas legislativas este ano, limitando-se à aprovação do Orçamento de 2015". Já o Congresso, "se mantiver sua postura anacrônica e atrasada, em algum momento acertará contas com a sociedade".
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