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Com o apoio de parte dos aliados de Dilma Rousseff, a oposição vai pedir
a criação de uma nova CPI da Petrobras para investigar o escândalo de
corrupção na estatal em 2015.
Como as regras do Congresso determinam o fim das comissões parlamentares
de inquérito antes do início da nova legislatura, é consenso na
oposição que as investigações terão que se estender para o ano que vem.
A atual comissão, formada por deputados e senadores, deverá se encerrar
em dezembro, quando o Congresso entra em recesso. A Legislatura se
encerra em janeiro. Com isso, o novo Congresso, que tomará posse em
fevereiro, terá que discutir se instala outra comissão de inquérito.
O governo trabalha para encerrar as investigações este ano, mas enfrenta
resistências de seu principal aliado no Congresso, o PMDB, que defende a
continuidade dos trabalhos.
Líder da bancada peemedebista e um dos favoritos para presidir a Câmara
dos Deputados a partir de 2015, Eduardo Cunha (RJ) afirmou considerar
inevitável uma nova CPI da Petrobras. Segundo seu raciocínio, o conteúdo
da delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Costa não virá a público a tempo de a atual CPI
poder se debruçar sobre ele.
"Eu não sou proponente da CPI, o que eu digo é que você tem uma CPI que
morreu. E depois da CPI terminada vão aparecer os fatos decorrentes
dessa delação. O Congresso não vai assistir essa situação e ficar
correndo atrás da delação. Acho que no Congresso que vai se instalar [em
fevereiro], vai acabar acontecendo [a CPI]."
Líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) disse que vai começar a
coletar as assinaturas para a nova CPI entre os reeleitos nos próximos
dias para tentar acelerar o processo de criação da comissão –que só pode
sair do papel no ano que vem.
"Uma nova CPI é inevitável porque será preciso ter acesso aos processos
de delação do Paulo Roberto e do [Alberto] Youssef homologados. Essa
investigação não pode ser interrompida pela metade", afirmou.
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Editoria de arte/Folhapress |
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