O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o senador Romero Jucá (PMDB-RR) por suspeitas de ter recebido R$ 150 mil em propina para favorecer a Odebrecht na tramitação de duas medidas provisórias.
Segundo a denúncia, o dinheiro foi recebido por meio de doação ao diretório do PMDB de Roraima, que repassou o valor à chapa ao governo daquele Estado em 2014 integrada pelo filho do senador, Rodrigo Jucá, então candidato a vice-governador.
Entenda o caso
Uma doação de R$ 150 mil realizada oficialmente pela Odebrecht ao diretório do PMDB no Estado de Roraima, em 2014, foi, na verdade, um pagamento disfarçado ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), por serviços prestados ao grupo empresarial no Senado. A afirmativa é de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais do conglomerado em Brasília, e consta em delação divulgada nesta quarta-feira (12) pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Presente em cinco pedidos de inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, o senador, que hoje é presidente nacional do PMDB, será investigado em um deles ao lado do filho, o ex-deputado estadual Rodrigo Jucá (PMDB).
Isso porque, segundo a delação de Melo Filho, a doação foi feita a pedido do senador para a campanha de Rodrigo, que em 2014 foi candidato a vice-governador de Roraima. A chapa foi derrotada no segundo turno.
"No ano de 2014, o senador não era candidato a nenhum cargo eletivo, mas, em determinado momento, ele me disse que o filho dele era candidato", contou o ex-executivo da Odebrecht a procuradores.
De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o delator informou que o pagamento só ocorreu em função da "ajuda que o senador estava prestando ao grupo Odebrecht durante o processo de discussão da MP 651/14".
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