Coreia do Norte adverte Japão sobre 'autodestruição iminente' China denuncia 'papel destrutivo' de países que pedem sanções contra Coreia do Norte

Coreia do Norte adverte Japão sobre 'autodestruição iminente'

South Korea Joint Chiefs of Staf/AFP/Arquivos / HO(Arquivo) Foto tirada em 4 de fevereiro de 2013 mostra exercício naval no Mar do Japão
A Coreia do Norte advertiu nesta quinta-feira o Japão sobre o risco de "autodestruição iminente" do país por sua aliança com os Estados Unidos, em meio à tensão por mais um tiro de míssil norte-coreano, que, desta última vez, sobrevoou o arquipélago japonês.
A agência oficial norte-coreana KCNA criticou a ex-potência colonial ao afirmar que o "Japão agora vem com as mangas arregaçadas para apoiar os movimentos bélicos de seu amo" contra a Coreia do Norte.
O "vínculo militar" entre os dois aliados se tornou uma "séria ameaça" para a Península Coreana, adverte a KCNA.
"As medidas de resposta norte-coreanas mais duras incluem advertir o Japão a evitar perder o controle para não vislumbrar sua autodestruição iminente" seguindo cegamente os Estados Unidos.
Na terça-feira, a Coreia do Norte colocou o Japão em estado de alerta ao disparar um míssil de médio alcance que passou sobre o leste do arquipélago que caiu no mar, provocando a condenação internacional.
O premier japonês, Shinzo Abe, denunciou o lançamento como "uma ameaça grave, séria e sem precedentes", e concordou com o presidente americano, Donald Trump, sobre a necessidade de "incrementar a pressão exercida sobre a Coreia do Norte".

China denuncia 'papel destrutivo' de países que pedem sanções contra Coreia do Norte

AFP/Arquivos / MARK RALSTON(Arquivo) Fronteira entre China e Coreia do Norte
A China denunciou nesta quinta-feira os pedidos para aumentar as sanções contra Pyongyang após o lançamento de um míssil que sobrevoou o Japão, atribuindo um "papel destrutivo" a alguns países.
"Alguns países ignoram de forma seletiva as exigências de diálogo e falam apenas de sanções contra a Coreia do Norte", afirmou Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, em uma aparente referência a Estados Unidos e Japão.
"Suas ações e suas palavras desempenham um papel destrutivo, ao invés de um papel construtivo para resolver o problema nuclear norte-coreano, o que prejudica os esforços para retomar as negociações com Pyongyang", completou.
O lançamento esta semana de um míssil Hwasong-12 de alcance médio, que sobrevoou o Japão, representa uma nova escalada na crise, um mês depois da Coreia do Norte ter disparado dois mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) que poderiam atingir boa parte do continente americano.
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