Maia e Aécio barraram Marum, diz Kennedy Alencar Cinismo de Meirelles: 40 anos de contribuição são “benefício ao pobre”

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Como se disse ontem, aqui, foi Rodrigo Maia quem brecou a nomeação de Carlos Marun para o cargo de ministro da Secretaria de Governo do Planalto, registra Kennedy Alencar, acrescentando que também Aécio Neves – no exercício de fato da presidência do PSDB -participou da decisão de “desnomear” o brucutu.
(…)houve reações duras do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os dois são aliados importantes de Temer e barraram a nomeação de Marun, que havia se reunido com Temer e acertado que não disputaria a reeleição em 2018 a fim de ficar no posto até o fim do governo.
O número de deputados presentes ontem ao regabofe previdenciário no Planalto –  em torno de 150, na maioria dos relatos – mostra que está longe a possibilidade de que o rolo compressor vá funcionar na votação, se ela ocorrer.

Cinismo de Meirelles: 40 anos de contribuição são “benefício ao pobre”

A cara de pau de Henrique Meirelles – ele próprio aposentado aos 57 anos e com polpudos R$ 250 mil mensais do Banco de Boston – é inacreditável.
Ele diz que a proposta do Governo de que a aposentadoria integral (que ele, ardilosamente, chama de “teto”) somente aos 40 anos de contribuição é “um benefício para os mais pobres”.
Acompanhe o tortuoso raciocínio do Ministro da Fazenda:
— Hoje, os 20% que ganham menos na população não conseguem contribuir por 35 anos porque não trabalham com carteira assinada. Por isso, os mais pobres tendem a se aposentar com 65 anos — afirmou o ministro, acrescentando que a reforma prevê que a idade mínima subirá gradualmente e só chegará a 65 anos depois de 20 anos: — Dentro da proposta, nos primeiros dois anos de pós reforma, a idade passa para 55 anos, vai subindo devagar e só em 20 anos chegará a 65 anos. O que significa que é um benefício para os mais pobres — informou Meirelles.
Acontece que a aposentadoria por idade já exige hoje que a pessoa tenha 65 anos (homem) ou 60 (mulher). E isso não vai mudar, por uma razão muito simples: a idade mínima que está sendo proposta é para que a pessoa se aposente mesmo que já tenha o tempo de contribuição, 35 ou 30 anos. Até porque, no caso da imensa maioria dos contribuintes nem mesmo poderá ser feita a redução para algo entre 60% e 87,5% da remuneração devida, porque ganham um salário mínimo, a menos que se comece a pagar proventos abaixo do mínimo.
Se isso fosse assim, haveria uma corrida para aposentar-se de todos que têm 15 anos ou mais de contribuição, não chegou aos 65 mas passou dos 55 anos . Porque, neste caso, por que iria trabalhar 10 anos mais para receber o mesmo?
Ele parece admitir essa possibilidade, completamente inconstitucional, vejam só:
— O tempo mínimo de contribuição da proposta original  (a do Governo, porque a lei hoje é de 15) era de 25 anos. Agora, ele passa (passa? mas já é!) para 15 anos. Mas quem contribuir por 15 anos e atingir a idade mínima receberá 60% do teto da aposentadoria. Isso vai subindo devagar e só atinge os 100% do teto quando chegar a 40 anos de contribuição — disse Meirelles, acrescentando: — Tem um incentivo para as pessoas trabalharem um pouco mais. O cidadão que, por exemplo, começou trabalhar com 25 anos e ficar no mercado por 40 anos, já terá condições de receber o teto.
Como assim “um incentivo para as pessoas trabalharem um pouco mais”. Vão ganhar algo por isso, como o velho “abono permanência”, o famoso “pé-na-cova” de antigamente? Nem um tostão a mais vão receber, ao contrário, vão perder dinheiro se não aceitarem trabalhar 5 anos a mais. Isto é, se ainda tiverem emprego aos 60 anos.
Não é incentivo, ministro, chame pelo nome certo: é castigo.

copiado http://www.tijolaco.com.br/blog

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