Será que você consegue resolver?
Boa sorte!
Dois canos separados, A e B, podem abastecer um tanque de água a um fluxo constante.
O cano A levaria uma hora e 20 minutos para encher sozinho o tanque vazio.
Já o cano B preencheria sozinho em duas horas o tanque vazio.
Se ambos os canos fossem abertos ao mesmo tempo, quanto tempo levaria para encher o tanque vazio?
Role a página para saber a resposta.
A Resposta
48 minutos.
O cano A leva 4/3 de horas para preencher o tanque, então sua taxa de fluxo é de 3/4 de tanque por hora.
Como o cano B leva 2 horas para encher o tanque, sua taxa de fluxo é de 1/2 tanque por hora.
Se a água estiver fluindo em ambos os canos ao mesmo tempo, a taxa combinada de fluxo é:
3/4 + 1/2 = (3+2)/4 = 5/4 de tanque por hora.
Assim, usando ambos os canos, o tanque seria preenchido em 4/5 de uma hora, ou seja, em 48 minutos.
Enigma criado pela Escola de Matemática e Estatística da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
'Aos 12 anos, descobri que meu pai era um padre'
18 novembro 2017
A maioria dos filhos de padres católicos, supostamente celibatários, não costuma ser reconhecida.
É o caso da britânica Sarah Thomas, que contou sua história ao programa de rádio Heart and Soul ("Coração e Alma"), da BBC.
"Quando tinha 12 anos, descobri que meu pai era padre. Até então, me falavam que ele era professor", relata Sarah.
"Mas, como eu era muito curiosa e desconfiada, sempre soube que tinha algo errado, que estava faltando alguma informação. Minha mãe tinha muito medo de revelar a identidade do meu pai."
A revelação
Mas, em determinado momento, ela tomou coragem para se abrir com a filha e revelou a verdade.
Os pais de Sarah haviam se conhecido na Universidade de Londres, na década de 1970. Enquanto sua mãe estudava teologia, o pai se preparava para virar padre.
"Quando ele descobriu que ela estava grávida, ficou muito desconcertado. Acabou o relacionamento no mesmo dia e nunca mais voltou a falar com ela", diz Sarah.
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"Ele consultou uma espécie de mediador dos padres, um sacerdote experiente que também era seu mentor. Esse mentor afirmou que meu pai poderia se tornar padre, desde que minha mãe e o bebê, quando crescesse, mantivessem o acordo de sigilo", acrescenta.
O pai de Sarah foi então ordenado padre quando ela tinha cerca de um mês de vida.
O encontro tão esperado
Sarah cresceu determinada a conhecer o pai. Mas, quando finalmente conseguiu marcar um encontro, não foi como imaginava.
"Na minha ingenuidade, eu imaginava aquelas cenas em que as pessoas correm para se abraçar, começam a chorar e ficam juntas para sempre".
Mas não foi bem assim.
"Ele estava muito distante e frio. Acho que decidiu de antemão qual seria o resultado do encontro."
Confidencialidade
Segundo ela, a ajuda financeira que ele deu foi muito útil. Mas, muitas vezes, o dinheiro vinha acompanhado de cartas com ameaças veladas, que reforçavam a necessidade do sigilo.
A mensagem era clara: "Se você falar sobre isso ou o identificar como pai, o dinheiro vai parar de chegar", relembra Sarah.
"A partir daí, descobri os acordos de confidencialidade que outras mães tiveram que assinar, no qual a Igreja se compromete a dar dinheiro a elas desde que fiquem caladas e a criança não conheça a identidade do pai", conta.
Sarah pondera, no entanto, a atitude do pai: "Para ser justa, meu pai acha que fez tudo o que pôde, o que estava ao alcance dele, por ser padre."
"Mas acho que as regras para os padres não são claras, e a forma que eles ensinam a tratar os filhos é muito confusa. Não há como conciliar ser sacerdote celibatário com um filho, simplesmente não funciona", acrescenta.
Hoje em dia, ela troca cartas com o pai de vez em quando, e ele costuma enviar dinheiro no aniversário dos netos.
"Mas quando alguém sempre coloca as próprias necessidades na frente das necessidades dos filhos, não te passa confiança. Você vai sempre se perguntar se ela não vai te machucar de novo", desabafa.
O cinematográfico resgate de um leopardo na Índia
Por volta das 8h da manhã do dia 19 de julho de 2012, o fotógrafo Anand Bora recebeu uma ligação telefônica sobre um leopardo que estava preso em um poço em um vilarejo no Estado de Maharashtra, oeste da Índia.
Bora está acostumado a este tipo de "emergência" - além de professor, ele também fotografa animais selvagens e já documentou diversas missões realizadas por guardas florestais.
Ele correu para o vilarejo, Bubali, e fotografou o esforço de três horas e meia para evitar que o animal cansado e apavorado se afogasse.
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Uma dessas fotos, na qual o leopardo olha para seus salvadores, ganhou um dos mais importantes prêmios de fotografia de vida selvagem na Índia, gerando interesse sobre a história por trás da imagem.
Cinco anos depois do incidente, a foto ainda se destaca em meio ao crescente número de conflitos entre humanos e animais no país. Nela, o leopardo parece olhar com confiança para os moradores locais e guardas florestais que tentavam resgatá-lo.
"Quando ele olhou para nós, parecia saber que não iríamos machucá-lo, que estávamos tentando ajudar", disse Bora em entrevista à BBC.
Confiança
Quando os guardas florestais chegaram, os moradores disseram a eles que o leopardo estava há 25 horas tentando se manter com a cabeça fora d'água.
Estava chovendo e os moradores estavam direcionando a água da chuva para o poço, pensando que o leopardo poderia nadar até o topo, com o aumento do nível de água.
"Dissemos a eles que, na verdade, o animal se afogaria se esperássemos tanto", disse à BBC Suresh Wadekar, um dos guardas florestais, que supervisionou o resgate.
Por isso, Wadekar decidiu deixar o animal descansar, porque notou que ele estava "respirando pesadamente". O grupo colocou no poço uma espécie de "jangada" de madeira que flutuava sobre dois pneus.
Quando o leopardo subiu na jangada, parte dos homens a segurou por cordas enquanto outra parte foi procurar uma charpoy, uma espécie de cama trançada apoiada em pernas de madeira.
O felino descansou por cerca de uma hora e meia antes, e pulou prontamente na cama quando ela foi colocada no poço, diz Bora.
"Quando puxaram a cama para cima, ele olhou bem para as pessoas que tinham se juntando para acompanhar o resgate. De repente, pulou pela borda do poço e correu para a floresta. Isso tudo aconteceu em alguns segundos."
Cooperação
Hienas, raposas e leopardos costumam se perder em plantações de cana-de-açúcar na região enquanto caçam ou procuram água. Também é comum que eles caiam em poços ou fiquem presos de outras maneiras.
Bora diz ter fotografado mais de 100 operações de resgate, incluindo algumas que envolviam bufos-reais, uma espécie de coruja. Um desses animais, que perdeu uma das asas numa batalha com um corvo, precisou de meses de tratamento antes de poder ser libertado novamente.
Bora diz que a missão no poço em Bubali diz que a operação foi incomum porque os moradores do vilarejo não exigiram que o animal fosse tranquilizado.
Ele lembra de outra ocasião, quando um leopardo ficou preso em um poço e os moradores locais ameaçaram bater nos guardas caso eles não usassem tranquilizante no animal e o levassem.
"Dessa vez não houve pressão", relembra. Mesmo que muitas pessoas estivessem presentes durante o resgate em Bubali, Bora disse que elas se mantiveram calmas e afastadas do poço, porque Wadekar estava preocupado que a multidão agitasse o leopardo.
O guarda florestal, que fez 137 resgates de leopardo em 20 anos, disse ter precisado usar tranquilizante em mais de 100 destas operações. Ele acredita que, por este ser um vilarejo tribal, eles pareciam "aceitar" melhor a presença dos animais.
Mortes
Mas nem todos os encontros de humanos com leopardos acabam assim. Em novembro de 2016, um desses felinos morreu queimado por uma multidão depois de matar uma garotinha.
No mesmo ano, outro leopardo feriu seis pessoas em uma escola na cidade indiana de Bangalore. Depois, foi sedado e libertado.
Só em 2017, segundo Wadekar, duas crianças foram mortas por leopardos no vilarejo de Nashik, mas os moradores locais nunca pegaram os animais.
"É preciso conscientizar as pessoas de que essas mortes são acidentais. Eles não caçam humanos", afirma.
Mas o número de confrontos entre humanos e animais tem aumentado na Índia, onde a diminuição dos habitats dos animais está levando elefantes, tigres e leopardos a circular mais em áreas residenciais.
Conservacionistas também alertam que o número de incidentes violentos entre homens e animais deve aumentar.
Leopardos são uma espécie protegida na Índia e todo o comércio internacional de partes de seus corpos é proibido.
Especialistas em vida selvagem dizem que não há estimativas confiáveis da população desses grandes felinos na Índia, mas um censo recente estimou o número de leopardos entre 12 mil e 14 mil.
Todas as fotos são de Anand Bora.
copiado http://www.bbc.com/portuguese/geral-41997680
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