Comissão do Senado rejeita sugestão para retirar de Paulo Freire título de Patrono da Educação

Comissão do Senado rejeita sugestão para retirar de Paulo Freire título de Patrono da Educação


Geraldo Magela/Agência Senado
Comissão tem entre suas missões analisar sugestões legislativas de cidadãos

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) rejeitou, nesta quinta-feira (14), uma sugestão legislativa (SUG 47/2017) que tinha como objetivo retirar de Paulo Freire o título de “Patrono da Educação Brasileira”. Os senadores consideraram a proposta fruto da ignorância sobre o legado do educador.
A Lei 12.612, aprovada pelo Congresso e sancionada em 2012, declarou Paulo Freire “Patrono da Educação Brasileira”, em reconhecimento à vida e obra do educador. Freire esteve à frente de políticas como o Programa Nacional de Alfabetização e a Educação de Jovens e Adultos e foi consultor de projetos internacionais de educação na África pós-colonial.
Uma sugestão apresentada via portal e-Cidadania propunha a retirada do título de Paulo Freire, classificando-o como um teórico da esquerda e com o argumento de que seu método de ensino levou ao fracasso da educação brasileira.
A relatora, Fátima Bezerra (PT-RN), citou em seu parecer um manifesto em defesa do intelectual enviado por entidades educacionais e classificou como censura ideológica a tentativa de retirar dele o título de patrono da educação no país.
- Faz-se necessário resgatar o legado de Paulo Freire, destacando aspectos relevantes de sua vida e obra, de modo a evitar que, em pleno século XXI, o seu pensamento seja alvo de censura ideológica a exemplo do ocorrido durante a ditadura civil-militar – afirmou.
A sugestão também foi criticada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
- O Brasil está assim mesmo. Vemos ações completamente sem pé nem cabeça, fechando museus, e agora esse movimento do atraso que quer retirar o nome mais importante da educação brasileira de patrono da educação – lamentou.
Com a rejeição da CDH, a sugestão não virou projeto de lei e foi arquivada. A comissão também rejeitou outras duas sugestões legislativas: uma que pedia o fim do imposto sobre veículos automotores (IPVA); e outra que propunha a extinção do termo “feminicídio” e sua substituição pelo termo “crime passional”.

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