Partidos tentarão mapear votos sobre reforma da Previdência até as 12h

 Partidos tentam mapear votos da reforma da Previdência pela manhã 

Partidos tentarão mapear votos sobre reforma da Previdência até as 12h



Um dos principais aliados do presidente Michel Temer na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) afirmou, ao deixar a reunião entre o pemedebista, ministros, líderes e presidentes de partidos da base aliada na noite desta quarta-feira, que uma recontagem de votos dentro dos partidos será feita e entregue ao líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), até o meio-dia desta quinta-feira para que ele possa organizar um mapeamento dos votos da reforma da Previdência. Essas projeções serão entregues ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que decidirá se pautará a proposta de emenda constitucional (PEC) na próxima semana ou não.
"Alguns partidos trouxeram suas informações e outros ainda estão conversando com suas bancadas. Foi pedido que todos conversem com suas bancadas e entreguem os números ao Aguinaldo até as 12h. Aí faremos um fechamento e, com esse número, o presidente Rodrigo Maia vai ter condições de decidir se pauta já para semana que vem ou não. Nada impede de a gente trabalhar até o dia da votação, buscando virar votos até o momento da votação, como ocorreu no impeachment", disse Mansur.
O parlamentar tentou minimizar o fato de o governo não ter definido uma data de votação da reforma nesta quarta-feira, como era previsto antes da reunião, e disse que ainda há 15 dias para os parlamentares apreciarem a PEC no plenário da Câmara. "Podemos eventualmente deixar essa votação para a última semana de trabalhos da Câmara em dezembro [entre os dias 18 e 21 deste mês]. Vamos buscar esse número de votos e queremos isso bem consolidado para termos a garantia de que venceremos no plenário. Do dia 7, que é amanhã [hoje], até o dia 21, último dia útil do mês de dezembro, teremos condições de votar o primeiro e o segundo turnos da PEC no plenário da Câmara."

Votação na próxima semana

Na avaliação do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), é possível votar o texto no plenário na semana que vem. "Temer passou a ideia de que entre votar e perder e não votar, ele prefere votar e perder, porque ele acredita que se não votar o governo ficará com a imagem de que não tentou. O governo tem que mostrar que tem um rumo", disse Maia.
O parlamentar do PRB manteve a projeção que fez mais cedo e disse que até o momento o governo conta com 260 votos garantidos. Ele destacou que o texto só será colocado em votação quando houver a certeza de que entre 315 e 320 deputados votarão pela aprovação. "A gente quer votar na certeza."
De acordo com Mansur, a maior dificuldade para convencer os parlamentares a votar a favor da reforma é conseguir dissociar a percepção que eles têm de que, se votarem a favor do texto, não conseguirão ser reeleitos no próximo ano. "Em sua fala, Temer destacou a importância de votar essa reforma para acabar com privilégios e para atender os mais pobres."
Segundo apurou o Valor, durante a reunião, os presidentes do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), e do DEM, senador Agripino Maia (RN), demonstraram cautela em relação à possibilidade de se votar o texto neste ano e levantaram a alternativa de se deixar a análise do texto pelos deputados para 2018. Nogueira, de acordo com relatos de presentes à reunião ao Valor, foi o mais enfático ao afirmar que a reforma não será votada em 2017.

copiado https://noticias.uol.com.br/

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