Temer, candidato, faria da eleição um “não” ao golpe A nova conversa oculta de Temer. Com a Globo O candidato do velocípede

cartastemerTemer, candidato, faria da eleição um “não” ao golpe

É duvidoso que as forças que comandam o mundo do dinheiro permitam que se consume o delírio temerista de uma tentativa de reeleição do atual presidente.
Delírio que, não só o próprio admitiu existir como, diz hoje Tales Faria no Poder360, é partilhado pelo PMDB, com ou sem “P”.
Temer, de cara, tiraria o “doce” do tempo de televisão que um candidato viável da direita precisa para se firmar no eleitorado.
Depois, faria do pleito um plebiscito e um plebiscito onde os protagonistas seriam ele, com a carga de seus 90% de rejeição e Lula.
Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro e qualquer outro que se tente “inventar” como alternativa vão encolher e facilitar uma vitória lulista já no primeiro turno, o que lhe daria força e legitimidade para agir com mais energia na reversão do quatro político.
Ninguém duvide que isso passe pela cabeça de Michel Temer.; A vaidade é sempre o combustível  dos maiores erros políticos.
Ou alguém acha que o tal picareta – nem lhe falo o nome, de o pus a correr nos tempos de Brizola – que foi “benzer” Temer atravessou a segurança pessoal sem autorização?
E, convenhamos, a elite brasileira  mediocrizou-se a tal ponto que é possível, mesmo, que Temer seja quem melhor a represente. Afinal, nem Fernando Henrique conseguiu, em tão pouco tempo, fazer-nos andar tão para trás em matéria de destruição de direitos do trabalhador e na entrega de nosso patrimônio, sobretudo o petróleo.
Pensando bem, seria uma imensa ironia histórica que o golpe praticado em nome de uma falsa moralidade terminasse com o mais evidente ladrão público e a camarilha mais corrupta que já andou pelo Palácio do Planalto terminasse com esta mixórdia massacrada nas urnas pelo povo brasileiro.


A nova conversa oculta de Temer. Com a Globo

temerglobomarinho
Marina Dias e Bruno Boghossian, na Folha, revelaram ontem, na Folha,  outro encontro secreto de Michel Temer, agora com família Marinho, a cúpula da Globo.
A conversa, num jantar na casa do “mais velho” Roberto Irineu, foi para pedir que a Globo amenizasse as pancadas e a emissora passou a dar-lhe depois das denúncias da JBS.
O preço?
A reforma da previdência, para a qual pediu apoio do Império, o que a trupe de comentaristas da Globo faria sem pedido algum.
Mas você não viu, nem verá, a Globo sacudindo bandeirinhas por Temer e, provavelmente, por candidato algum.
Não vão fazer a vontade de Lula que, várias vezes, disse que tudo o que queria “era enfrentar um candidato da Globo”.
Ela o terá, mas não vai lhe apor o estigma na testa.
Não há porque o patrão se sacrificar pelo empregado.


velocipedeO candidato do velocípede

O “lançamento” da campanha presidencial de Henrique Meirelles, ontem à noite, no programa de televisão do “seu” partido, o PSD teve um impacto correspondente ao peso eleitoral do Ministro da Fazenda: nenhum.
Fora dos círculos financeiros e os que mentalmente gravitam em torno deles, Meirelles é um nada. No meio político, também, embora aí o poder de sua caneta possa fazer diferença quando for tratar com a escória fisiológica do parlamento, que ele despreza mas lida, por sabê-la indispensável aos seus projetos econômicos autoritários.
A recíproca é verdadeira e uma eventual opção por seu nome depende de duas condições: a falta de outro nome para se apresentar como opção ao esquálido Geraldo Alckmin e um acerto com Temer, tal como Meirelles aceitou ao assumir o Ministério da Fazenda, engolindo a entrega do Planejamento a Romero Jucá, como até hoje, informalmente, ocorre.
O discurso, anódino e lido sem muito talento de um teleprompter, foi o óbvio: explorar a queda da inflação  e um suposto crescimento do emprego como formas de popularizar-se. A probabilidade de que tenha funcionado é menor até do que o 1% que ele tem nas pesquisas.
Chama a atenção, mais que tudo, a forma com que Meirelles  “assume a defesa do governo”, credencial que ele agita para se mostrar digno de ser o “candidato da base”.
A defesa que fez, na TV, foi a defesa de si mesmo e de suas políticas. A solidariedade a Michel Temer – já magnificamente exposta quando o Ministro disse que ficaria no governo caso o presidente caísse pelas denúncias da JBS, que ele, aliás, presidiu –  pode ser medida pelo número de vezes que este foi citado: zero.
Reconhecimento idêntico teve a Lula, que o manteve oito anos à frente do Banco Central.
Os produtores do programa, ao menos, foram felizes quando escolheram a primeira imagem da “biografia” com que pretenderam apresentar Meirelles ao público.
O velocípede ilustra bem o tipo de “aceleração” que ele pretender dar à economia. Devagarzinho, devagarzinho, não vamos a lugar nenhum, senão para o atraso frente ao mundo.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/

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