Pedro Novis, ex-presidente da Odebrecht: delator da Lava-Jato, executivo tem dificuldade para comprovar acusações Ex-presidente da Odebrecht diz que Serra levou R$ 52 milhões

Chico Siqueira/AE - 1/7/2007                                   Delator acusa Serra de receber R$ 52,4 milhões ilícitos                              


Pedro Novis, ex-presidente da Odebrecht: delator da Lava-Jato, executivo tem dificuldade para comprovar acusações 

Ex-presidente da Odebrecht diz que Serra levou R$ 52 milhões

André Guilherme Vieira, no Valor de hoje, revela que Pedro Novis, ex-‘CEO‘da Odebrecht (entre 2002 a 2008) disse à Lava-Jato, Pedro Novis o hoje senador José Serra de recebeu – para si ou para campanhas eleitorais um total de R$ 52,4 milhões, de 2002 a 2012.Só em 2010, ano de sua segunda candidatura presidencial, propina teria sido de R$ 23,3 milhões, em troca do pagamento liberação, pelo governo paulista que o tucano chefiava, de R$ 170 milhões em créditos devidos a uma empresa do grupo Odebrecht, em 2009, disse o antecessor de Marcelo Odebrecht na empreiteira. Outros R$ 29,1 milhões “teriam sido transferidos como caixa dois eleitoral para as campanhas de 2002, 2004, 2006, 2008 e 2012”.
O curioso é que, no caso de Serra, a delação, feita há quase um ano, gera consequências a passos de tartaruga manca.  Com a ajuda da inapetência do Ministério Público, tão feroz quando não se trata de tucanos:
Em 2006 Serra foi eleito governador de São Paulo. Novis disse que de 2006 a 2007 a Odebrecht repassou R$ 4,5 milhões a conta no exterior – equivalentes a EUR 1,6 milhão no câmbio da época. Contudo, não houve contrapartida ao repasse, conforme o delator. A conta teria sido fornecida pelo lobista José Amaro Ramos, descrito por Novis como amigo de Serra. O delator disse que recebeu das mãos de Ramos “o número da conta para a qual seriam destinados os recursos destinados a José Serra”. Amaro Ramos manteria relação com governo e empresas da França, e teria aproximado a Odebrecht de grupo empresarial daquele país na década de 90, segundo Novis.(…)
José Amaro Ramos foi citado em investigações que apuram ilícitos em contratos do governo de São Paulo para o Metrô. O nome dele chegou a constar de documentos enviados ao Brasil pelo Ministério Público da Suíça, que pediu para ouvi-lo. O pedido de oitiva, no entanto, foi esquecido em um escaninho da Procuradoria da República de São Paulo, de acordo com um investigador.
O resultado objetivo é que os personagens envolvidos vão morrendo e as provas, esvaindo-se.
Até que nada mais venha ao caso e a Justiça seletiva se faça apenas contra que “vem ao caso”.
copiado http://www.valor.com.br/politica

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