Franco garante que honrará compromissos e pagará dívidas relativas à Itaipu
23/06/2012 - 13h33
Renata Giraldi
Enviada Especial
As questões financeiras envolvendo a Usina de Itaipu dividem o Brasil e o Paraguai. Os paraguaios exigem reajustes das tarifas pagas pelos brasileiros e dizem que há uma “dívida ilegítima” a ser paga. Os brasileiros cobram a dívida paraguaia.
Em janeiro deste ano, a delegação paraguaia no Parlamento do Mercosul (Parlasul) advertiu sobre um suposto "agravo financeiro" em Itaipu que prejudicava o país. A delegação paraguaia mencionou uma "dívida ilegítima", pois há alguns anos, a pedido do Brasil, a tarifa da energia não aumentou, como estabelece o Tratado de Itaipu (firmado pelos dois países em 1973), para que os custos de operação da hidrelétrica sejam cobertos.
O Paraguai e o Brasil são sócios-proprietários de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, construída no Rio Paraná, que estabelece a fronteira entre os dois países. O Brasil consome a maior parte da energia gerada, o que reforça os argumentos paraguaios sobre a cobrança de dívidas.
Há três meses, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, disse que não trabalhava com a hipótese de o governo brasileiro recusar a proposta do Paraguai de reajuste do valor que a Eletrobras e a empresa paraguaia Administração Nacional de Eletricidade (Ande) pagam pela energia fornecida pela usina hidrelétrica binacional.
Segundo Samek, o valor da tarifa não é reajustada há três anos, graças, em parte, à valorização do real e do guarani, a moeda paraguaia, em relação ao dólar. Em fevereiro, o Paraguai apresentou ao governo brasileiro uma proposta de elevar, de US$ 22,60 para US$ 24,30 quilowatt/mês, o valor pago pela Eletrobras e pela Ande à Itaipu, argumentando que o reajuste não necessariamente acarretaria reflexos sobre os preços cobrados ao consumidor final.
O percentual de aumento foi aprovado pelo Centro de Custo de Itaipu e apresentado ao Conselho de Administração da empresa, em outubro de 2011. Samek lembrou que o valor da tarifa é estabelecido levando em conta os componentes previstos no Tratado de Itaipu.
Enviada Especial
Assunção (Paraguai) – O novo presidente do Paraguai, Federico Franco,
disse hoje (23) que o governo honrará todas as responsabilidades em
relação à empresa Itaipu Binacional, inclusive pagando as dívidas,
assegurando, assim, o abastecimento no país e as boas relações com o
Brasil. Segundo ele, essa é uma das suas prioridades. Nos próximos dias,
Franco pretende anunciar o nome do novo dirigente paraguaio da empresa.
“Vamos assumir as dívidas, cumprir todas as responsabilidades, e
fortalecer as relações com todos os nossos vizinhos latino-americanos”,
disse, na segunda entrevista coletiva depois
de tomar posse ontem (22) à noite. Na entrevista, o presidente se
concentrou em temas relacionados ao Brasil. “[Honrar os compromissos] é a
amostra mais sincera de nossa amizade.”As questões financeiras envolvendo a Usina de Itaipu dividem o Brasil e o Paraguai. Os paraguaios exigem reajustes das tarifas pagas pelos brasileiros e dizem que há uma “dívida ilegítima” a ser paga. Os brasileiros cobram a dívida paraguaia.
Em janeiro deste ano, a delegação paraguaia no Parlamento do Mercosul (Parlasul) advertiu sobre um suposto "agravo financeiro" em Itaipu que prejudicava o país. A delegação paraguaia mencionou uma "dívida ilegítima", pois há alguns anos, a pedido do Brasil, a tarifa da energia não aumentou, como estabelece o Tratado de Itaipu (firmado pelos dois países em 1973), para que os custos de operação da hidrelétrica sejam cobertos.
O Paraguai e o Brasil são sócios-proprietários de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, construída no Rio Paraná, que estabelece a fronteira entre os dois países. O Brasil consome a maior parte da energia gerada, o que reforça os argumentos paraguaios sobre a cobrança de dívidas.
Há três meses, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, disse que não trabalhava com a hipótese de o governo brasileiro recusar a proposta do Paraguai de reajuste do valor que a Eletrobras e a empresa paraguaia Administração Nacional de Eletricidade (Ande) pagam pela energia fornecida pela usina hidrelétrica binacional.
Segundo Samek, o valor da tarifa não é reajustada há três anos, graças, em parte, à valorização do real e do guarani, a moeda paraguaia, em relação ao dólar. Em fevereiro, o Paraguai apresentou ao governo brasileiro uma proposta de elevar, de US$ 22,60 para US$ 24,30 quilowatt/mês, o valor pago pela Eletrobras e pela Ande à Itaipu, argumentando que o reajuste não necessariamente acarretaria reflexos sobre os preços cobrados ao consumidor final.
O percentual de aumento foi aprovado pelo Centro de Custo de Itaipu e apresentado ao Conselho de Administração da empresa, em outubro de 2011. Samek lembrou que o valor da tarifa é estabelecido levando em conta os componentes previstos no Tratado de Itaipu.
Edição: Juliana Andrade
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