CNS sírio pede aos rebeldes que prestem contas por execução de soldados

  • 02/11/2012 - 15:33

    CNS sírio pede aos rebeldes que prestem contas por execução de soldados

     


    BEIRUTE (AFP) O Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão de oposição síria no exílio, pediu aos rebeldes que prestem contas de suas ações, no dia seguinte à exibição de um vídeo que mostra insurgentes batendo em uma dúzia de soldados feridos, antes de serem mortos.
    "Pedimos ao Exército Sírio Livre e aos movimentos que animam a revolução no terreno que cobrem de todos aqueles que violem os direitos Humanos", declarou à AFP Radif Moustapha, encarregado pelos Direitos Humanos no CNS, depois que a ONU evocou um possível "crime de guerra".
    Mas ele ressaltou que acredita que "os crimes de combatentes da oposição não (estão) em igual medida com os do regime".
    Ao considerar o conflito como muito complexo, denunciou casos de "vingança individual", apelando "à comunidade internacional, o CSN e o ESL que tome medidas para combater este fenômeno" de violações.
    "Se permanecermos em silêncio, estas graves violações vão aumentar", disse, lembrando que os princípios da revolução são os de "liberdade, dignidade e respeito aos direitos Humanos".
    Quinta-feira, pelo menos 28 soldados sírios foram mortos em combate ou friamente executados em ataques rebeldes contra três postos de controle militares perto de Saraqeb, no noroeste da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
    Um vídeo postado por ativistas mostra rebeldes batendo em uma dúzia de soldados feridos, que foram jogados no chão e mortos. Antes de executar um prisioneiro, um rebelde diz a ele: "Você não sabe que nós pertencemos ao povo deste país?". Aterrorizado, o soldado responde, "eu juro em nome de Deus que eu não atirei".
    "Assim como o Observatório denuncia as execuções nas prisões do regime, ele não tolera os de prisioneiros de guerra pelos rebeldes", declarou à AFP o diretor da organização, Rami Abdel Rahman.
    O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos denunciou o que constitui "muito provavelmente um crime de guerra" e a Anistia Internacional condenou imagens "chocantes de um crime de guerra em potencial".
    Agências e funcionários da ONU e de ONGs internacionais acusam o regime e a rebelião "de crimes de guerra e contra a Humanidade", depois de quase 20 meses de um conflito devastador que causou, de acordo com o OSDH, mais de 36.000 mortes.

    COPIADO http://www.afp.com/pt/home

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