06/06/2013 - 20:14
Insurreição Mau Mau: etapa-chave na luta do Quênia pela independência
NAIRÓBI (AFP)
A insurgência Mau Mau foi determinante na luta do Quênia pela
independência, embora o poder colonial britânico tenha conseguido
esmagá-la sem poupar métodos brutais, pelos quais Londres prometeu nesta
quinta-feira indenizar as vítimas.
Mais de meio século após os incidentes, o governo britânico reconheceu as atrocidades cometidas e anunciou o pagamento de indenizações a idosos deste país africano que foram vítimas de torturas, abusos sexuais e de outras atrocidades.
De 1952 a 1960, os Mau Mau, que costumavam vestir peles de animais e utilizar penteados ao estilo rastafári, semearam o terror entre os colonos europeus.
A maioria pertencia à comunidade kikuyu, a principal do país. Ergueram-se com o lema "Terra e Liberdade" e efetuaram ataques a partir de suas bases na selva para recuperar terras férteis em poder dos colonos brancos.
O assassinato de 32 colonos em 1953 atraiu as atenções, e a indignação, dos países ocidentais.
É difícil estabelecer um registro aproximado das vítimas da repressão. A estimativa mais baixa ronda os 10.000 mortos.
A Comissão de Direitos Humanos do Quênia eleva para 90.000 o número de mortos e a 160.000 o número de detidos sem julgamento em centros onde as execuções, as torturas e os abusos de todo tipo eram comuns.
O Levante Mau Mau é considerado um fator crucial no processo que levou à independência do Quênia em 1963, embora tenha criado profundas divisões entre as comunidades que apoiaram os guerrilheiros e as que permaneceram fiéis à administração colonial.
O movimento foi legalizado apenas em 2003 pelo atual presidente, Mwai Kibaki, um kikuyu.
Em 2006 foi erguida em Nairóbi uma estátua em homenagem a Dedan Kimathi, um dos principais líderes Mau Mau, detido em 1956 e executado na forca no ano seguinte.
Mais de meio século após os incidentes, o governo britânico reconheceu as atrocidades cometidas e anunciou o pagamento de indenizações a idosos deste país africano que foram vítimas de torturas, abusos sexuais e de outras atrocidades.
De 1952 a 1960, os Mau Mau, que costumavam vestir peles de animais e utilizar penteados ao estilo rastafári, semearam o terror entre os colonos europeus.
A maioria pertencia à comunidade kikuyu, a principal do país. Ergueram-se com o lema "Terra e Liberdade" e efetuaram ataques a partir de suas bases na selva para recuperar terras férteis em poder dos colonos brancos.
O assassinato de 32 colonos em 1953 atraiu as atenções, e a indignação, dos países ocidentais.
É difícil estabelecer um registro aproximado das vítimas da repressão. A estimativa mais baixa ronda os 10.000 mortos.
A Comissão de Direitos Humanos do Quênia eleva para 90.000 o número de mortos e a 160.000 o número de detidos sem julgamento em centros onde as execuções, as torturas e os abusos de todo tipo eram comuns.
O Levante Mau Mau é considerado um fator crucial no processo que levou à independência do Quênia em 1963, embora tenha criado profundas divisões entre as comunidades que apoiaram os guerrilheiros e as que permaneceram fiéis à administração colonial.
O movimento foi legalizado apenas em 2003 pelo atual presidente, Mwai Kibaki, um kikuyu.
Em 2006 foi erguida em Nairóbi uma estátua em homenagem a Dedan Kimathi, um dos principais líderes Mau Mau, detido em 1956 e executado na forca no ano seguinte.
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