acervo abandonado
há 3 anos
Livros estão em caixas de papelão
Biblioteca comunitária em Nísia Floresta não tem onde funcionar.
Prédio cedido pela prefeitura foi devolvido, mas continua fechado.
Prédio cedido pela prefeitura foi devolvido, mas continua fechado.
01/10/2013 11h44
- Atualizado em
01/10/2013 12h06
Biblioteca comunitária em Nísia Floresta não tem onde funcionar.
Prédio cedido pela prefeitura foi devolvido, mas continua fechado.
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Livros tiveram que ser guardados de forma improvisada (Foto: Marcos Rodrigues)
São cerca de 1,5 mil livros armazenados em caixas de papelão e estantes
divididas em locais improvisados. O acervo que por anos atendeu à
comunidade de Campo de Santana, no município de Nísia Floresta,
na Grande Natal, não pode mais ser visitado por crianças e moradores da
região desde 2010. Quem explica o motivo é o professor de educação
física Marcos Aurélio Rodrigues, de 39 anos, que idealizou com amigos um
centro de cultura para atender, em 2007, cerca de 1500 crianças e
jovens da localidade. Três anos depois, a prefeitura pediu o prédio que
havia cedido à comunidade e, desde então, ele está abandonado.“Eles pediram o prédio de volta sem dar explicação. Colocaram os livros na calçada e tivemos que pedir o espaço da casa de um morador para guardá-los", contou o professor. "Disseram que o prédio seria novamente cedido, mas até hoje o imóvel está abandonado. Ele foi invadido. Tem gente morando lá", acrescentou.
Livros foram guardados em casa de moradores
(Foto: Marcos Rosdrigues)
Os livros ficaram guardados em quartos cedidos por moradores. "Uma
parte ainda ficou na minha casa. Doamos muitos para outros projetos
porque é muito triste ficarem se estragando guardados”, afirmou.(Foto: Marcos Rosdrigues)
A secretária de Administração do município, Maria do Rosário Araújo, disse ao G1 que desconhecia a situação. "Eu vou tomar conhecimento dessa situação para saber o que podemos fazer. Isso aconteceu na gestão passada e eu não sabia", afirmou.
O projeto
O professor, junto com outras quatro pessoas, teve a ideia de desenvolver a leitura em Campo de Santana. “Recebemos doação de livros de várias instituições e pessoas. Duas mulheres lá da comunidade fizeram um curso de biblioteconomia no IFRN e catalogaram todos os livros. Eram quase 2,5 mil. Tinha até enciclopédica Barsa”, disse. Durante os finais de semana, o local recebia projetos culturais sobre cordel, poesia e dança, por exemplo.
O imóvel era um antigo posto de saúde que ficou fechado após a abertura de outra unidade básica na região. “Nós reformamos, colocamos estantes, organizamos tudo lá, depois pediram de volta e ele continuou lá fechado. A gente queria poder desenvolver esse trabalho outra vez", conclui Marcos.
copiado http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte
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