Mandato e obrigações dos responsáveis pelo desarmamento químico da Síria

01/10/2013 - 16:28

Mandato e obrigações dos responsáveis pelo desarmamento químico da Síria


Damasco (AFP)
Os inspetores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que viajam nesta terça-feira a Damasco, deverão supervisionar a destruição do arsenal químico de um país afundado em plena guerra civil.
Abaixo, uma breve explicação de seu mandato e obrigações.
MANDATO
Os inspetores da OPAQ têm a missão de "ajudar a Síria a cumprir suas obrigações ante a Convenção" sobre armas químicas de 1993, que a Síria se comprometeu a respeitar, segundo um funcionário da OPAQ cuja identidade não foi revelada por motivos de segurança.
Portanto, os inspetores viajam à Síria para supervisionar que Damasco destrua suas armas químicas até meados de 2014, mas não para destruí-las eles mesmos.
O Estado sírio deverá financiar a destruição, embora a OPAQ tenha convocado a comunidade internacional a colocar dinheiro em seus bolsos. O presidente Bashar al-Assad afirma que a destruição custará cerca de um bilhão de dólares.
Segundo os especialistas, a Síria possuiria mais de mil toneladas de armas químicas, das quais 300 toneladas seriam de gás mostarda.
OS INSPETORES
O primeiro grupo enviado pela OPAQ está formado por vinte inspetores, que devem começar a trabalhar na tarde desta terça-feira em uma reunião com seus interlocutores sírios.
Segundo o funcionário da OPAQ, é difícil prever exatamente quantos especialistas participarão da missão: "neste momento, o mais preciso que podemos dizer é: várias dezenas".
Os inspetores da OPAQ são voluntários e entre eles há ex-militares especializados em armas químicas, químicos, engenheiros químicos e especialistas paramédicos.
Um "grupo consultivo" que inclui um representante sírio agirá de forma paralela em Haia, onde se encontra a sede da OPAQ.
ETAPAS/MÉTODOS
Os inspetores verificarão, em primeiro lugar, os locais identificados em uma lista entregue por Damasco à OPAQ.
A inspeção deve terminar antes do fim do mês. As análises serão realizadas em terra, embora "não alcancem o nível que poderia ser conseguido em laboratório", segundo um funcionário da OPAQ.
A prioridade será assegurar que os locais de produção de armas fiquem inutilizáveis no fim de outubro ou no início de novembro.
Para isso, serão colocados em uso métodos expeditivos, que dependerão de cada situação. "Destruir algo com um maço", "dirigir sobre algo com um tanque" ou "utilizar explosivos" são algumas das possíveis técnicas, segundo o funcionário da OPAQ.
Como estes métodos não são necessariamente compatíveis com a Convenção sobre armas químicas, posteriormente serão empregadas outras técnicas mais duradouras para terminar o processo de destruição dos locais de produção e dos arsenais de armas químicas.
SEGURANÇA
Um comboio de veículos da ONU na fronteira entre o Líbano e a Síria.
A missão de desarmamento químico da Síria é extremamente ambiciosa e perigosa: pela primeira vez em sua história, a OPAQ levará diante uma missão em um país em plena guerra civil.
Em virtude da Convenção sobre armas químicas, a Síria tem a obrigação de garantir a segurança dos especialistas da OPAQ durante sua missão.
O funcionário da OPAQ declarou que a missão conta com uma avaliação dos riscos levada adiante por uma comissão da ONU criada ad hoc.
      copiado http://www.afp.com

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