Em gesto inédito, Obama e
Raúl Castro apertam as mãos
Aperto de mão entre cubano e americano foi antes do discurso de Obama.
O gesto é inédito entre os presidentes, de dois países que têm sido rivais ao longo de mais de meio século.
Raúl Castro sorriu quando Obama apertou sua mão, a caminho do púlpito onde fez um emocionado discurso em homenagem a Mandela. Os dois trocaram algumas palavras.
Um funcionário do governo dos EUA disse à France Presse que o aperto de mão com o sucessor de Fidel Castro foi uma "nova demonstração" da vontade da administração Obama de se aproximar dos inimigos dos EUA, entre eles Cuba.
Site cubano comemora
O site oficialista cubano Cuba Debate celebrou o aperto de mão.
"Obama saúda Raúl: que esta imagem seja o início do fim das agressões dos EUA a Cuba", diz a legenda da foto no site.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseffx, que também discursou na cerimônia, presenciou a cena de perto.
Washington rompeu relações diplomáticas com Havana em 1961, após a chegada ao poder de Fidel Castro, em 1959, e a nacionalização de propriedades americanas na ilha.
Um embargo dos Estados Unidosx foi imposto em 1962, sob a administração de John F. Kennedy, e segue em vigor até hoje, apesar da desaprovação de boa parte da comunidade internacional.
Os dois países mantêm seções consulares de interesse que atuam como embaixadas.
Em 9 de novembro, falando a uma comunidade anti-Castro em Miami, Obama
considerou que os Estados Unidos deveriam rever a sua política em
relação a Cuba, mantendo o objetivo de ajudar a liberalizar a ilha.
"Temos que ter em mente que quando (Fidel) Castro chegou ao poder, eu tinha acabado de nascer. É tolice acreditar que as medidas implementadas em 1961 ainda são eficazes hoje, na era da Internet e do Google', disse na época.
Cubano-americanos fortemente contrários a Castro compõem uma parcela considerável de eleitores e possíveis doadores na Flórida, um estado chave onde as eleições americanas podem ser decididas.
Como candidato presidencial, Obama foi taxado tanto de ingênuo quanto de perigoso por rivais de ambos os partidos por sugerir que, como presidente, estaria disposto a dialogar com inimigos sem pré-condições.
Mas a habilidade de Obama em rastrear e matar o terrorista Osama bin Laden e uma série de ataques de drones o distanciaram das acusações de fraqueza em política externa e segurança.
Não está claro se o aperto de mãos desta terça-feira contribuirá para descongelar significativamente as relações. Em 2000, o então presidente Bill Clinton apertou a mão de Fidel Castro na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
No entanto, não foi feita nenhuma imagem do momento, e a Casa Branca negou inicialmente que ele tivesse ocorrido.
COPIADO http://g1.globo.com
Raúl Castro apertam as mãos
Cumprimento foi durante tributo a Mandela.
- Mandela foi um 'gigante da história', diz Obama
- Para Ban Ki-moon, mundo perdeu um mentor
- Sul-africanos cantam rumo a estádio; ouça
10/12/2013 10h01
- Atualizado em
10/12/2013 13h42
Aperto de mão entre cubano e americano foi antes do discurso de Obama.
Funcionário americano disse que foi 'sinal'; site cubano celebrou iniciativa.
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O
presidente americano, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl
Castro, cumprimentam-se com um aperto de mãos na chegada ao estádio
Soccer City (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
O presidente dos EUA, Barack Obamax, apertou a mão do presidente de Cubax, Raúl Castrox, nesta terça-feira (10), durante ato em homenagem a Nelson Mandelax.Raúl Castro sorriu quando Obama apertou sua mão, a caminho do púlpito onde fez um emocionado discurso em homenagem a Mandela. Os dois trocaram algumas palavras.
Um funcionário do governo dos EUA disse à France Presse que o aperto de mão com o sucessor de Fidel Castro foi uma "nova demonstração" da vontade da administração Obama de se aproximar dos inimigos dos EUA, entre eles Cuba.
Site cubano comemora
O site oficialista cubano Cuba Debate celebrou o aperto de mão.
"Obama saúda Raúl: que esta imagem seja o início do fim das agressões dos EUA a Cuba", diz a legenda da foto no site.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseffx, que também discursou na cerimônia, presenciou a cena de perto.
Observados
por Dilma, os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl
Castro, se cumprimentam nesta terça-feira (10) em homenagem a Mandela
(Foto: Reuters)
ContextoWashington rompeu relações diplomáticas com Havana em 1961, após a chegada ao poder de Fidel Castro, em 1959, e a nacionalização de propriedades americanas na ilha.
Um embargo dos Estados Unidosx foi imposto em 1962, sob a administração de John F. Kennedy, e segue em vigor até hoje, apesar da desaprovação de boa parte da comunidade internacional.
Os dois países mantêm seções consulares de interesse que atuam como embaixadas.
"Temos que ter em mente que quando (Fidel) Castro chegou ao poder, eu tinha acabado de nascer. É tolice acreditar que as medidas implementadas em 1961 ainda são eficazes hoje, na era da Internet e do Google', disse na época.
Cubano-americanos fortemente contrários a Castro compõem uma parcela considerável de eleitores e possíveis doadores na Flórida, um estado chave onde as eleições americanas podem ser decididas.
Como candidato presidencial, Obama foi taxado tanto de ingênuo quanto de perigoso por rivais de ambos os partidos por sugerir que, como presidente, estaria disposto a dialogar com inimigos sem pré-condições.
Mas a habilidade de Obama em rastrear e matar o terrorista Osama bin Laden e uma série de ataques de drones o distanciaram das acusações de fraqueza em política externa e segurança.
Não está claro se o aperto de mãos desta terça-feira contribuirá para descongelar significativamente as relações. Em 2000, o então presidente Bill Clinton apertou a mão de Fidel Castro na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
No entanto, não foi feita nenhuma imagem do momento, e a Casa Branca negou inicialmente que ele tivesse ocorrido.
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