Em homenagem a Mandela, Obama e Raúl Castro se cumprimentam

Em gesto inédito, Obama e 
Raúl Castro apertam as mãos (Chip Somodevilla/Getty Images) Em gesto inédito, Obama e
Raúl Castro apertam as mãos

Cumprimento foi durante tributo a Mandela.
 
10/12/2013 10h01 - Atualizado em 10/12/2013 13h42


Aperto de mão entre cubano e americano foi antes do discurso de Obama.
Funcionário americano disse que foi 'sinal'; site cubano celebrou iniciativa.

Do G1, em São Paulo
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O presidente americano, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, cumprimentam-se com um aperto de mãos na chegada ao estádio Soccer City (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)O presidente americano, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, cumprimentam-se com um aperto de mãos na chegada ao estádio Soccer City (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
O presidente dos EUA, Barack Obamax, apertou a mão do presidente de Cubax, Raúl Castrox, nesta terça-feira (10), durante ato em homenagem a Nelson Mandelax.
O gesto é inédito entre os presidentes, de dois países que têm sido rivais ao longo de mais de meio século.
Raúl Castro sorriu quando Obama apertou sua mão, a caminho do púlpito onde fez um emocionado discurso em homenagem a Mandela. Os dois trocaram algumas palavras.
Um funcionário do governo dos EUA disse à France Presse que o aperto de mão com o sucessor de Fidel Castro foi uma "nova demonstração" da vontade da administração Obama de se aproximar dos inimigos dos EUA, entre eles Cuba.
Site cubano comemora
O site oficialista cubano Cuba Debate celebrou o aperto de mão.
"Obama saúda Raúl: que esta imagem seja o início do fim das agressões dos EUA a Cuba", diz a legenda da foto no site.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseffx, que também discursou na cerimônia, presenciou a cena de perto.
Observado por Dilma, os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, se cumprimentam nesta terça-feira (10) em homenagem a Mandela (Foto: Reuters)Observados por Dilma, os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, se cumprimentam nesta terça-feira (10) em homenagem a Mandela (Foto: Reuters)
Contexto
Washington rompeu relações diplomáticas com Havana em 1961, após a chegada ao poder de Fidel Castro, em 1959, e a nacionalização de propriedades americanas na ilha.
Um embargo dos Estados Unidosx foi imposto em 1962, sob a administração de John F. Kennedy, e segue em vigor até hoje, apesar da desaprovação de boa parte da comunidade internacional.
Os dois países mantêm seções consulares de interesse que atuam como embaixadas.
Em 9 de novembro, falando a uma comunidade anti-Castro em Miami, Obama considerou que os Estados Unidos deveriam rever a sua política em relação a Cuba, mantendo o objetivo de ajudar a liberalizar a ilha.
"Temos que ter em mente que quando (Fidel) Castro chegou ao poder, eu tinha acabado de nascer. É tolice acreditar que as medidas implementadas em 1961 ainda são eficazes hoje, na era da Internet e do Google', disse na época.
Cubano-americanos fortemente contrários a Castro compõem uma parcela considerável de eleitores e possíveis doadores na Flórida, um estado chave onde as eleições americanas podem ser decididas.
Como candidato presidencial, Obama foi taxado tanto de ingênuo quanto de perigoso por rivais de ambos os partidos por sugerir que, como presidente, estaria disposto a dialogar com inimigos sem pré-condições.
Mas a habilidade de Obama em rastrear e matar o terrorista Osama bin Laden e uma série de ataques de drones o distanciaram das acusações de fraqueza em política externa e segurança.
Não está claro se o aperto de mãos desta terça-feira contribuirá para descongelar significativamente as relações. Em 2000, o então presidente Bill Clinton apertou a mão de Fidel Castro na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
No entanto, não foi feita nenhuma imagem do momento, e a Casa Branca negou inicialmente que ele tivesse ocorrido.
COPIADO http://g1.globo.com

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