Analistas Ameaças globais exigem resposta global
Ameaças globais,
como o Ébola ou a emergência de movimentos extremistas como o Boko Haram
e o Estado Islâmico, requerem uma resposta global, defenderam hoje em
Marraquexe os participantes no debate inaugural da 3.ª edição dos
Diálogos Atlânticos.
Mundo
Lusa
Compunham o painel deste encontro anual promovido pelo
German Marshall Fund, dos Estados Unidos, e pela fundação sem fins
lucrativos do grupo marroquino OCP, que decorre na histórica cidade
marroquina até domingo, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol
Miguel Ángel Moratinos, o embaixador marroquino Youssef Amrani, a
ex-Presidente da Costa Rica Laura Chinchilla e Esther Diane Brimmer,
professora da Universidade George Washington.
"A comunidade atlântica não sabe o que se passa no seu espaço,
logo não tem controlo, porque não há comunicação - e isso é um
problema", sublinhou o ex-MNE espanhol, acrescentando: "São 54 países,
estive a contá-los".
"Espero que possamos encontrar algumas respostas ao longo destes três dias: vamos provar que Cristóvão Colombo estava certo ao parar na República Dominicana e não continuar à procura da Índia", indicou.
O diplomata marroquino foi contundente: "Temos uma ameaça global, precisamos de uma resposta global".
"Precisamos de ação concertada e pragmática para enfrentar os problemas, precisamos de segurança, de desenvolvimento económico - com desemprego e pobreza, não se consegue vencer o terrorismo", observou.
Subordinado ao tema "A nova equação Atlântica: convergência, cooperação e parcerias", o debate incidiu primeiro sobre os principais obstáculos a essa resposta global e o primeiro foi logo apontado: é necessário definir uma agenda global, que todos tenham perceção dos problemas que enfrentam e partilhem a mesma perceção de quais são esses problemas.
Tanto Youssef Amrani quanto a académica norte-americana Esther Diane Brimmer sustentaram que a confiança entre os países da comunidade Atlântica é um fator essencial, mas Brimmer acrescentou que "é preciso trabalhar na construção dessa confiança".
"A minha preocupação - explicou - é que tenhamos diferentes percepções e, logo, demos diferentes respostas aos mesmos desafios, como o uso da força militar, e penso que necessitamos de trabalhar muito mais na conjugação dessas percepções".
Quanto ao papel da NATO, todos os oradores partilham da opinião de que esta deveria deixar de ser apenas a Organização do Tratado do Atlântico Norte e estender-se ao Atlântico Sul, mas também aí referiram a existência de obstáculos.
"Ou ultrapassamos, todos juntos, a barreira política e ideológica do passado e entendemos que agora vivemos num mundo global, sem divisões entre norte e sul, ou então não seremos bem sucedidos", argumentou Moratinos.
Amrani concordou, afirmando existir "a necessidade de remodelar o universo da NATO, com um novo conceito estratégico de segurança, com os países do Atlântico Sul".
Concluindo que a maior oportunidade para a comunidade Atlântica é a cooperação e inquirido sobre qual o maior obstáculo a essa cooperação, o painel referiu as divergências de prioridades e frisou que, para aumentar essa cooperação, a agenda global tem de ser revista e é preciso chegar-se a acordo sobre quais são as prioridades.
"É a luta contra a pobreza? O tráfico de droga? A corrupção?", perguntou o moderador.
E a ex-chefe de Estado da Costa Rica respondeu: "É o comércio a maior prioridade, porque cria oportunidade para a prosperidade dos nossos países".
O diplomata marroquino retorquiu: "O comércio sem confiança não vale nada. A educação é o mais importante, temos de investir na educação em África, para criar empregos".
Por fim, todos concordaram que comércio, investimento, saúde e educação devem ser os quatro pilares eleitos pela comunidade Atlântica para ultrapassar os obstáculos que atualmente enfrentam.
copiado http://www.noticiasaominuto.com
"Espero que possamos encontrar algumas respostas ao longo destes três dias: vamos provar que Cristóvão Colombo estava certo ao parar na República Dominicana e não continuar à procura da Índia", indicou.
O diplomata marroquino foi contundente: "Temos uma ameaça global, precisamos de uma resposta global".
"Precisamos de ação concertada e pragmática para enfrentar os problemas, precisamos de segurança, de desenvolvimento económico - com desemprego e pobreza, não se consegue vencer o terrorismo", observou.
Subordinado ao tema "A nova equação Atlântica: convergência, cooperação e parcerias", o debate incidiu primeiro sobre os principais obstáculos a essa resposta global e o primeiro foi logo apontado: é necessário definir uma agenda global, que todos tenham perceção dos problemas que enfrentam e partilhem a mesma perceção de quais são esses problemas.
Tanto Youssef Amrani quanto a académica norte-americana Esther Diane Brimmer sustentaram que a confiança entre os países da comunidade Atlântica é um fator essencial, mas Brimmer acrescentou que "é preciso trabalhar na construção dessa confiança".
"A minha preocupação - explicou - é que tenhamos diferentes percepções e, logo, demos diferentes respostas aos mesmos desafios, como o uso da força militar, e penso que necessitamos de trabalhar muito mais na conjugação dessas percepções".
Quanto ao papel da NATO, todos os oradores partilham da opinião de que esta deveria deixar de ser apenas a Organização do Tratado do Atlântico Norte e estender-se ao Atlântico Sul, mas também aí referiram a existência de obstáculos.
"Ou ultrapassamos, todos juntos, a barreira política e ideológica do passado e entendemos que agora vivemos num mundo global, sem divisões entre norte e sul, ou então não seremos bem sucedidos", argumentou Moratinos.
Amrani concordou, afirmando existir "a necessidade de remodelar o universo da NATO, com um novo conceito estratégico de segurança, com os países do Atlântico Sul".
Concluindo que a maior oportunidade para a comunidade Atlântica é a cooperação e inquirido sobre qual o maior obstáculo a essa cooperação, o painel referiu as divergências de prioridades e frisou que, para aumentar essa cooperação, a agenda global tem de ser revista e é preciso chegar-se a acordo sobre quais são as prioridades.
"É a luta contra a pobreza? O tráfico de droga? A corrupção?", perguntou o moderador.
E a ex-chefe de Estado da Costa Rica respondeu: "É o comércio a maior prioridade, porque cria oportunidade para a prosperidade dos nossos países".
O diplomata marroquino retorquiu: "O comércio sem confiança não vale nada. A educação é o mais importante, temos de investir na educação em África, para criar empregos".
Por fim, todos concordaram que comércio, investimento, saúde e educação devem ser os quatro pilares eleitos pela comunidade Atlântica para ultrapassar os obstáculos que atualmente enfrentam.
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