Temer recebe governadores e deputados enquanto Câmara discute denúncia
Previsão é de que o presidente acompanhe a votação em seu gabinete no Palácio do Planalto. Deputados começaram a discutir a acusação da PGR às 9h desta quarta (2).
Na manhã em que a Câmara dos Deputados abriu sessão para analisar a denúncia de corrupçãoapresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer se reuniu nesta quarta-feira (2), em diferentes audiências, com quatro ministros, dois governadores e 19 deputados.
Até
o momento, a previsão é de que o presidente da República acompanhe
a votação em seu gabinete no Palácio do Planalto. Caso a sessão
avance ao longo da noite, existe a possibilidade de ministros
seguirem com o presidente para o Palácio do Jaburu ou para o Palácio
da Alvorada.
Confiante
na vitória na Câmara, o presidente já discute, inclusive, um
pronunciamento para ser divulgado após
o resultado final da votação, apurou a colunista do G1 Andréia
Sadi.
Temer
chegou nesta quarta ao Planalto por volta das 9h30. O primeiro
compromisso oficial do dia do presidente foi com o ministro da
Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, e o governador do Rio Grande
do Norte, Robinson Faria, ambos do PSD, partido da base do governo.
Em
seguida, Temer recebeu o deputado Zé Silva (SD-MG) e os ministros
Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Eliseu
Padilha (Casa Civil).
A
agenda oficial ainda registra compromissos até as 11h30, com
encontros com o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, e o
deputado Jaime Martins (PSD-MG).
O G1 apurou
que Temer reservou o restante do dia para conversas de última hora
com parlamentares. Ele já foi informado que o PSDB vai orientar a
bancada para aceitar a denúncia, mas aposta em uma forte divisão na
bancada tucana.
O
presidente da República foi
denunciado em junho por corrupção passiva pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A Câmara discute
nesta quarta se
autoriza o Supremo Tribunal Federal (STF) a apreciar a acusação, o
que exige os votos de, ao menos, 342 dos 513 deputados.
Monitoramento do Planalto
Os mapas da votação seguem sendo atualizados
por deputados aliados e ministros e indicam que o presidente terá os
votos necessários para barrar a denúncia.
Para
virar votos e tentar convencer indecisos, o governo exonerou
nesta quarta 10 dos 12 ministros que
são deputados. As exceções foram Ricardo Barros (Saúde) e Raul
Jungmann (Defesa).
Nesta
terça (1º), o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia dito
que apenas
Jungmann não retornaria ao
parlamento porque está envolvido na operação de segurança do Rio
de Janeiro.
Na
véspera da votação, Temer afirmou, após uma solenidade no Palácio
do Planalto, que está
confiante na vitória.
O presidente ainda usou
sua conta no Twitter para
divulgar que os saques das contas inativas do FGTS repassaram cerca
de R$ 43 bilhões a mais de 25 milhões de pessoas.
Corpo a corpo
A terça foi de corpo-a-corpo do presente com
deputados, em especial os indecisos. Ao longo do dia, a agenda de
Temer registrou audiências com 31 deputados, mais a bancada feminina
da Câmara.
O presidente também participou de um almoço e
um jantar com parlamentares. O almoço foi na sede da Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA), com a presença de mais de 50
deputados.
Temer
foi ao
almoço dos ruralistas depois
de um agrado ao setor, com a publicação da medida provisória
que alivia
dívidas previdenciárias de produtores rurais e
reduz a alíquota paga por eles ao Fundo de Assistência ao
Trabalhador Rural (Funrural).
A partir da regularização da dívida, a equipe
econômica espera arrecadar R$ 2 bilhões em 2017. Contudo, o governo
calcula que há entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões em pagamentos
atrasados do Funrural.
À
noite, Temer participou
de um jantar de confraternização oferecido
pelo deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que é vice-presidente da
Câmara. Como o elevador do edifício estava travado, o presidente
precisou ir da garagem ao quinto andar pela escada.
copiado http://g1.globo.com/politica/notic
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