12/08/2013 - 14:53
BUDAPESTE (AFP)
O húngaro Laszlo Csatary, 98 anos, um dos principais criminosos
de guerra nazistas, morreu em um hospital de Budapeste à espera de um
julgamento pela deportação de milhares de judeus.
"Morreu na manhã de sábado no hospital onde recebia tratamento por problemas de intestino e finalmente sofreu uma pneumonia", afirmou o advogado Gabor Horvath.
Csatary foi durante anos o criminoso de guerra nazista mais procurado no mundo pelo Centro Simon Wiesenthal de Jerusalém, até sua detenção em julho 2012 na capital húngara.
Desde a detenção, o criminoso de guerra nazista estava em residência vigiada em Budapeste, à espera de um julgamento por crimes contra a humanidade.
Csatary era acusado pela justiça húngara de ter participado, durante a Segunda Guerra Mundial, da deportação para campos de extermínio de 12.000 judeus detidos no gueto de Kassa, agora chamado Kosice, na Eslováquia.
Segundo o centro Simon Wiesenthal, o número de judeus deportados foi de 15.700.
Na época, Kassa estava sob a administração da Hungria, aliada da Alemanha nazista.
Condenado à morte à revelia em 1948 em Kosice, cidade da Thecoslováquia na época, o criminoso nazista se refugiou no Canadá, onde viveu com uma identidade falsa e trabalhou no mercado de arte.
Quando as autoridades canadenses descobriram sua verdadeira identidade, em 1995, ele já havia fugido para a Hungria, donde viveu tranquilamente até sua detenção.
Em residência vigiada desde então, foi indiciado em junho por "envolvimento ativo e assistência na deportação" de judeus do gueto de Kassa.
"Agredia frequentemente os judeus diretamente com as mãos ou com um chicote sem nenhum motivo, sem importar a idade, o sexo ou o estado de saúde dos detentos", destacou a promotoria húngara.
Segundo a acusação, também rejeitou os pedidos para abrir janelas nos vagões de trem que transportavam quase 80 homens, mulheres e crianças para as câmaras de gás da Europa ocupada pelos nazistas, principalmente ao campo de Auschwild, na Polônia.
Laszlo Cstary sempre negou as acusações, segundo o advogado.
O caso foi suspenso em 8 de julho, com alegação de que Csatary já havia sido condenado pelos atos recriminados.
Na semana passada, no entanto, a justiça decidiu que o caso poderia prosseguir, depois que a promotoria apelou com sucesso contra a suspensão.
O tribunal de Kosice comutou oficialmente a pena de morte para prisão perpétua em abril e abriu caminho para a extradição solicitada por Bratislava.
O tribunal eslovaco examinaria o caso em 26 de setembro.
"Nunca acreditamos que Csatary viveria o suficiente para ser julgado", afirmou Lucia Kollarova, porta-voz da Federação Eslovaca das Comunidades Judaicas à AFP.
Nos últimos anos, as autoridades europeias intensificaram os esforços para julgar as pessoas envolvidas no Holocausto.
O ex-guarda do campo de Sobibor John Demjanjuk, condenado em 2011 a cinco anos de prisão e que morreu em 2012 com 91 anos, compareceu de cadeira de rodas ou de maca ao julgamento, condições que algumas pessoas denunciaram como puro teatro.
O caso criou um precedente na Alemanha, porque o fato de ter trabalhado em um campo de concentração era suficiente para considerar Demjanjuk culpado de cumplicidade de assassinatos.
O Estado alemão estuda atualmente quase 50 casos.
Em maio, Hans Lipschis, de 93 anos, foi detido na Alemanha como suspeito de cumplicidade nos assassinatos cometidos no campo de Auschwitz, onde teria sido guarda.
Lipschis negou as acusações e disse que foi apenas um cozinheiro. COPIADO http://www.afp.com/
"Morreu na manhã de sábado no hospital onde recebia tratamento por problemas de intestino e finalmente sofreu uma pneumonia", afirmou o advogado Gabor Horvath.
Csatary foi durante anos o criminoso de guerra nazista mais procurado no mundo pelo Centro Simon Wiesenthal de Jerusalém, até sua detenção em julho 2012 na capital húngara.
Desde a detenção, o criminoso de guerra nazista estava em residência vigiada em Budapeste, à espera de um julgamento por crimes contra a humanidade.
Csatary era acusado pela justiça húngara de ter participado, durante a Segunda Guerra Mundial, da deportação para campos de extermínio de 12.000 judeus detidos no gueto de Kassa, agora chamado Kosice, na Eslováquia.
Segundo o centro Simon Wiesenthal, o número de judeus deportados foi de 15.700.
Na época, Kassa estava sob a administração da Hungria, aliada da Alemanha nazista.
Condenado à morte à revelia em 1948 em Kosice, cidade da Thecoslováquia na época, o criminoso nazista se refugiou no Canadá, onde viveu com uma identidade falsa e trabalhou no mercado de arte.
Quando as autoridades canadenses descobriram sua verdadeira identidade, em 1995, ele já havia fugido para a Hungria, donde viveu tranquilamente até sua detenção.
Em residência vigiada desde então, foi indiciado em junho por "envolvimento ativo e assistência na deportação" de judeus do gueto de Kassa.
"Agredia frequentemente os judeus diretamente com as mãos ou com um chicote sem nenhum motivo, sem importar a idade, o sexo ou o estado de saúde dos detentos", destacou a promotoria húngara.
Segundo a acusação, também rejeitou os pedidos para abrir janelas nos vagões de trem que transportavam quase 80 homens, mulheres e crianças para as câmaras de gás da Europa ocupada pelos nazistas, principalmente ao campo de Auschwild, na Polônia.
Laszlo Cstary sempre negou as acusações, segundo o advogado.
O caso foi suspenso em 8 de julho, com alegação de que Csatary já havia sido condenado pelos atos recriminados.
Na semana passada, no entanto, a justiça decidiu que o caso poderia prosseguir, depois que a promotoria apelou com sucesso contra a suspensão.
O tribunal de Kosice comutou oficialmente a pena de morte para prisão perpétua em abril e abriu caminho para a extradição solicitada por Bratislava.
O tribunal eslovaco examinaria o caso em 26 de setembro.
"Nunca acreditamos que Csatary viveria o suficiente para ser julgado", afirmou Lucia Kollarova, porta-voz da Federação Eslovaca das Comunidades Judaicas à AFP.
Nos últimos anos, as autoridades europeias intensificaram os esforços para julgar as pessoas envolvidas no Holocausto.
O ex-guarda do campo de Sobibor John Demjanjuk, condenado em 2011 a cinco anos de prisão e que morreu em 2012 com 91 anos, compareceu de cadeira de rodas ou de maca ao julgamento, condições que algumas pessoas denunciaram como puro teatro.
O caso criou um precedente na Alemanha, porque o fato de ter trabalhado em um campo de concentração era suficiente para considerar Demjanjuk culpado de cumplicidade de assassinatos.
O Estado alemão estuda atualmente quase 50 casos.
Em maio, Hans Lipschis, de 93 anos, foi detido na Alemanha como suspeito de cumplicidade nos assassinatos cometidos no campo de Auschwitz, onde teria sido guarda.
Lipschis negou as acusações e disse que foi apenas um cozinheiro. COPIADO http://www.afp.com/
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