Ativistas da Síria tentam entregar à ONU amostras de vítimas de ataque
Oposição quer provar que governo fez ataque com armas químicas.
23/08/2013 07h52
- Atualizado em
23/08/2013 14h28
Inspetores da ONU estão em hotel perto de Damasco.
Ativistas querem provar que governo fez ataque com armas químicas.
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A oposição acusa as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, de disparar bombas carregadas com gás venenoso antes do amanhecer da quarta-feira, durante uma ofensiva nos subúrbios de Damasco que estão sob controle dos rebeldes.
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O Exército tem atacado a área, conhecida como região de Ghouta, desde
terça-feira à noite com disparos aéreos e de artilharia que dificultam o
acesso aos locais com possíveis evidências do ataque químico.Especialistas em armas químicas dizem que cada hora conta --quanto mais o tempo passa, é mais provável que as evidências sejam acobertadas ou adulteradas.
As autoridades sírias afirmam que as acusações contra suas forças são "ilógicas e fabricadas".
A revolta na Síria contra quatro as décadas de governo da família Assad se transformou em uma guerra civil que já matou mais de 100 mil pessoas em mais de dois anos.
Reino Unido e Rússia
O governo britânico disse nesta sexta-feira (23) que acredita que forças leais ao presidente sírio foram as responsáveis pelo ataque de supostas armas químicas nos subúrbios de Damasco, dizendo que achava que o governo sírio tinha "algo a esconder". "Eu sei que algumas pessoas no mundo gostam de dizer que isso é algum tipo de conspiração provocada pela oposição na Síria", disse o secretário do Exterior britânico, William Hague. "Eu acho que as chances de que seja isso são muito pequenas e por isso acredito que este é um ataque químico realizado pelo regime de Assad."
A Rússia considerou nesta sexta-feira 'inaceitáveis' os pedidos na Europa de uma pressão sobre a ONU e a favor do uso da força contra o regime sírio de Bashar al-Assad após as acusações de um suposto ataque com armas químicas.
"Neste contexto de nova onda de propaganda contra a Síria, acreditamos que os pedidos de algumas capitais europeias de pressão sobre o Conselho de Segurança da ONU e até mesmo sobre o uso da força são inaceitáveis", afirma um comunicado do ministério russo das Relações Exteriores.
O texto destaca que existem indícios de que o ataque foi 'claramente uma provocação' e que as imagens da internet que envolvem o regime foram disponibilizadas antes da operação.
O ministério também acusa os rebeldes de 'impedir' uma investigação objetiva.
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