Veja lista do que já se sabe sobre chacina familiar.'Era orgulho do pai', diz tio sobre menino suspeito

 

08/08/2013 07h
 

Tio-avô de Marcelo não acredita que ele tenha cometido crime: 'Orgulho do pai'

Amigo do adolescente diz: ‘O sonho dele era seguir carreira com os pais’

08/08/2013 às 08h49
Atualizado em 08/08/2013 às 09h48
 Um crime que chocou o país, um suspeito que deixa a cena ainda mais assustadora. Em São Paulo, um casal de policiais foi assassinado: Luís Marcelo e Andréia, junto com eles, a mãe e a tia da mulher. As investigações da PM apontam Marcelo Pesseghini, filho do casal, de apenas 13 anos de idade, como o possível assassino. A suspeita é que o adolescente matou a família, foi à escola no dia seguinte, e, quando voltou para casa, tirou a própria vida.
O Mais Você foi até Brasilândia, bairro em que a família morava, e conversou com vizinhos e amigos do garoto. O programa também ouviu o tio-avô de Marcelo, que perdeu as duas irmãs na tragédia, e preferiu ficar de costas para evitar o assédio: ele não acredita que o adolescente seja o culpado pelo crime.
 “Era uma criança sossegada, eu não acredito que ele tenha feito isso. A polícia está falando. Tem que saber se a criança foi para a escola com o carro dos pais ou alguém trouxe ele para cá. Nunca soube que ele dirigisse. Está todo mundo chocado, chateado com o que aconteceu”, disse o tio.
“Ele era um menino sossegado, estudava, o sonho dele era ser policial quando crescesse, ele sempre dizia isso. Ele tinha roupinha da polícia que o pai deu para ele. Ele era o orgulho do pai e o pai o orgulho dele. A gente não acredita que uma criança seja capacitada de matar cinco pessoas. Eu nunca o vi dirigir. O tamanho do menino nem dava para entrar no carro direito. Era baixinho e gordinho. Filho de polícia, arma de brinquedo sempre tem, né?”, contou o homem.
O que dizem os vizinhos:
Anete Pereira, vizinha
“Era uma família tranquila, a gente não suspeitava de nada”
Irene da Silva, vizinha
“Minha neta é afilhada deles, eles eram gente muito fina, muito boa. Ele era uma criança que nunca tivemos o que pensar. Essa família era muito educada, o menino também”.
Mara Lúcia, Vizinha
“A família toda era gente finíssima. Até agora a ficha não caiu que foi esse menino que fez isso. Um menino de 13 anos, não tem como, eu tenho um de 14 e um de 12. Sou mãe de oito filhos. Não tem como ter a mentalidade de fazer o que ele fez”.
Amigo de Marcelo, de 16 anos
“Era um moleque muito tranquilo, jamais ele ia fazer alguma coisa contra os pais dele. O sonho dele era seguir a carreira dos pais, foi difícil acreditar que aconteceu isso com ele. É difícil acreditar nisso. Espero que não seja ele, eu coloco a mão no fogo por ele. Jamais ele faria isso. A avó dele me considerava como um filho. As famílias eram muito próximas, e eu nem consegui ir ao velório”.
Luciana Cristina, mãe de amigo
Meu filho brincava, jogava videogame com ele, jogava bola. Ele era uma criança caseira, não vinha para a rua, só com os pais. Uma criança normal, nunca demonstrou nada26 - Atualizado em 08/08/2013 10h35

 

Lista reúne perguntas e respostas sobre morte de família de PMs em SP

Casal de PM, filho, avó e tia foram achados mortos na segunda (5).
Polícia diz que garoto de 13 anos matou família e cometeu suicídio.

Do G1 São Paulo
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Com os laudos preliminares da perícia, a Polícia Civil reúne indicativos de que a morte do cinco pessoas ocorrida na segunda-feira (5), na Vila Brasilândia, em São Paulo, tenha sido causada pelo garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos.
Ele é o principal suspeito de matar os pais policiais militares, a avó e a tia-avó, e depois cometer suicídio.

Veja abaixo as principais perguntas já respondidas e as questões em aberto:
  •  
Crime em família de PMs - versão 07/08 (Foto: Arte/G1)
Qual foi a arma da crime?
Laudo preliminar aponta que balas encontradas nos corpos saíram de pistola .40 que estava na mão do garoto. Cada pessoa da família foi executada com um tiro na cabeça.

É possível que pistola permanecesse na mão após suicídio?
Hipótese é apontada como possível por especialistas, pois o movimento de manter a mão fechada seria um reflexo neurológico normal.

Vítimas foram dopadas antes do crime?
Exame toxicológico ainda vai apontar se havia substância estranha nos corpos, mas já foi apontado que a avó e a tia avó tomavam remédios fortes para dormir. Os medicamentos foram encontrados pela polícia ao lado da cama das duas vítimas.

Havia sinal de arrombamento, roubo ou violência?
De acordo com o delegado Itagiba Franco, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), não há indícios de que pessoas estranhas à família tenha entrado na casa.

Quais indícios apontam para a comprovação do suicídio?
Polícia diz que as pegadas do adolescente na casa mostram que, depois que volta da escola, ele vai até a mãe já morta, passa a mão no cabelo dela e depois se mata. Foram encontrados fios de cabelo que seriam da policial militar entre os dedos do filho. O local onde foi encontrado a pistola e o horário das mortes também são indicativos.
Por que luvas foram encontradas no carro somente no dia seguinte?
O delegado Itagiba relatou nesta quarta que uma perícia complementar localizou as luvas no carro da família e três armas na casa dos Pesseghini. As luvas vão passar por perícia para verificar se chegaram a ser usadas no crime.
Por que o primeiro exame não achou resíduo de pólvora na mão do garoto?
Tanto o delegado quanto especialistas afirmam que isso é normal no laudo preliminar. Um dos motivos apontados é a característica da pistola .40, que utiliza a maioria dos gases emitidos na explosão da pólvora para impulsionar os projéteis.

A doença degenerativa que acometia o garoto pode ter influenciado no crime?
A fibrose cística é uma doença genética rara que afeta principalmente as secreções do organismo, que se tornam mais espessas e difíceis de eliminar. Segundo especialistas, a doença não tem nenhuma manifestação relacionada à ocorrência de comportamentos violentos.

Um garoto de 13 anos pode ter cometido um crime de forma premeditada?
A psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia diz que casos de parricídios são raros, mas que atitudes extremas podem vir de pessoas "tranquilas". Um amigo do garoto disse, segundo a polícia, que ele já tinha falado em matar os pais e fugir para ser "matador de aluguel".
Qual teria sido a sequência de ação do assassino?
Os exames apontam a sequência de mortes na residência na Rua Dom Sebastião. Primeiro foi morto o pai do jovem, depois a mãe e, em seguida, a avó dele, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos.

Há suspeita de envolvimento de PMs ou retaliação por denúncias?
O comandante do 18º Batalhão da PM, coronel Wagner Dimas, disse que a policial militar Andréia Pesseghini colaborou com informações para uma investigação contra colegas que participavam de roubo de caixas eletrônicos. Entretanto, a corporação disse que não há registro oficial da denúncia ou da investigação. Dimas disse que ela não teria sido ameaçada por causa da colaboração.
Por que os tiros não foram ouvidos por vizinhos ou mesmo pelas vítimas em tempo de uma reação?
Segundo o delegado Itagiba Franco, as vítimas dormiam "profundamente" quando foram baleadas, com exceção da mãe, a cabo Andréia Regina Pesseghini, que foi encontrada agachada sobre os joelhos. Nesta quinta-feira (8), deverão ser ouvidas no DHPP testemunhas que podem ter ouvido os tiros.
Por que apenas a mãe foi encontrada em posição diferente das demais vítimas, agachada sobre as penas flexionadas?
Inicialmente, cogitou-se a hipótese de que a cabo Andréia Pesseghini teria sido subjuda antes de ser assassinada. Mas há também a possibilidade de ela ter sido baleada após se debruçar sobre o corpo do marido, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, o primeiro que pode ter sido morto.

Onde e como o adolescente aprendeu a atirar?
Para a polícia, o fato de o pai e a mãe serem policiais militares teria facilitado, mediante observação, aprender a lidar com armas.
Qual seria a motivação dos assassinatos?
O desejo de matar os pais teria sido manifestada pelo garoto Marcelo Pesseghini em conversas com o melhor amigo dele, segundo Itagiba Franco. De acordo com o delegado, casos de filhos matarem os pais são raros, mas acontecem.
   COPIADO  http://g1.globo.com

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