01/01/2014 - 19:38
Nova York (AFP)
O democrata de esquerda Bill de Blasio assumiu a prefeitura de Nova
York nesta quarta-feira prometendo mudanças radicais na maior cidade dos
Estados Unidos, especialmente no combate à desigualdade.
Bill de Blasio, 52 anos, que sucede o milionário republicano Michael Bloomberg, prestou juramento no primeiro minuto após a meia-noite em frente a sua pequena casa, no bairro do Brooklyn, ao lado de sua esposa, Chirlane McCray, e de seus dois filhos adolescentes - que participaram ativamente da campanha.
"Este é o início de uma caminhada que nós iremos percorrer juntos", disse De Blasio, prestando juramento perante o procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman. Ele também insistiu numa "mudança da qual todos nós precisamos". "Muitas coisas importantes nos aguardam", disse o prefeito durante um breve discurso, antes de mandar um beijo para uma dezena de militantes que se reuniu em frente a sua residência.
A modéstia da posse de De Blasio contrasta com a de Bloomberg, nos idos de 2002. Ele escolheu a praça Times Square, e prestou juramento a 00H01 em meio a confetes e uma multidão que lotava o local. Uma forma de mostrar, na época, que a cidade - ainda abalada pelos eventos do 11 de Setembro - estaria segura em suas mãos.
Esta cerimônia de posse noturna é tradicionalmente seguida de outra - mais formal - nas escadas da sede da prefeitura, ao meio-dia.
De Blasio, primeiro democrata a governar a cidade em quase 20 anos, desperta grandes esperanças no seio na esquerda norte-americana. Ele deverá prestar um novo juramento após o meio-dia (15H00 de Brasília) diante do ex-presidente Bill Clinton, com quem o prefeito trabalhou no ministério da Habitação.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, cuja campanha para o Senado em 2000 foi dirigida por De Blasio, também deverá comparecer à posse.
As maiores desigualdades do país
Decididamente à esquerda, insistindo na vontade de colocar em prática
uma administração progressista, De Blasio, um gigante de 1,95m de
altura, antigo conselheiro municipal pelo Brooklyn, prestou juramento
sobre uma bíblia que pertenceu ao presidente Franklin Delano Roosevelt
(1882-1945), pai do New Deal.
"Tudo isso é muito gratificante, eu sinto o peso desta tarefa mas,ao mesmo tempo, tudo isso também me é muito familiar", declarou na terça-feira.
De Blasio foi eleito no último 5 de novembro com impressionantes 73% dos votos, numa prova de que os nova-iorquinos queriam, de fato, colocar um termo nos 12 anos de administração Bloomberg.
Durante seus três mandatos, a cidade se transformou: tornou-se mais segura, mais verde, ficou em melhor forma. Mas os críticos acusam Bloomberg - um magnata com raízes no mercado financeiro - de ter governado sobretudo para os ricos, numa Nova York onde a taxa de desigualdade está entre as maiores do país.
Ao mesmo tempo em que a 'Big Apple' conta com cerca de 400.000 milionários e 3.000 multi-milionários, mais de 21,2% dos nova-iorquinos estão abaixo da linha da pobreza e mais de 52.000 pessoas não têm domicílio fixo, vivendo em abrigos da prefeitura.
De Blasio, pró-sandinista durante seus anos universitários, criticou ainda nesta terça-feira este "conto de duas cidades", dizendo-se "determinado a encontrar soluções viáveis". Ele disse ser a favor de um salário mínimo horário de 10 dólares (que passou a ser, nesta quarta-feira, de 8 dólares no estado de Nova York).
Ele também prometeu cobrar mais impostos dos nova-iorquinos que ganham mais de 500.000 dólares ao ano, para financiar jardins de infância gratuitos para todos a partir dos 4 anos de idades.
Com sua família multirracial, o novo prefeito também traz grandes esperanças para as comunidades hispânicas e negras - que representam 28,6% e 25,5% da população da cidade, respectivamente.
COPIADO http://www.afp.com/
Bill de Blasio, 52 anos, que sucede o milionário republicano Michael Bloomberg, prestou juramento no primeiro minuto após a meia-noite em frente a sua pequena casa, no bairro do Brooklyn, ao lado de sua esposa, Chirlane McCray, e de seus dois filhos adolescentes - que participaram ativamente da campanha.
"Este é o início de uma caminhada que nós iremos percorrer juntos", disse De Blasio, prestando juramento perante o procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman. Ele também insistiu numa "mudança da qual todos nós precisamos". "Muitas coisas importantes nos aguardam", disse o prefeito durante um breve discurso, antes de mandar um beijo para uma dezena de militantes que se reuniu em frente a sua residência.
A modéstia da posse de De Blasio contrasta com a de Bloomberg, nos idos de 2002. Ele escolheu a praça Times Square, e prestou juramento a 00H01 em meio a confetes e uma multidão que lotava o local. Uma forma de mostrar, na época, que a cidade - ainda abalada pelos eventos do 11 de Setembro - estaria segura em suas mãos.
Esta cerimônia de posse noturna é tradicionalmente seguida de outra - mais formal - nas escadas da sede da prefeitura, ao meio-dia.
De Blasio, primeiro democrata a governar a cidade em quase 20 anos, desperta grandes esperanças no seio na esquerda norte-americana. Ele deverá prestar um novo juramento após o meio-dia (15H00 de Brasília) diante do ex-presidente Bill Clinton, com quem o prefeito trabalhou no ministério da Habitação.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, cuja campanha para o Senado em 2000 foi dirigida por De Blasio, também deverá comparecer à posse.
As maiores desigualdades do país
Bill de Blasio é empossado como prefeito de Nova York em 1 de janeiro de 2014, na prefeitura da cidade, em Manhattan
"Tudo isso é muito gratificante, eu sinto o peso desta tarefa mas,ao mesmo tempo, tudo isso também me é muito familiar", declarou na terça-feira.
De Blasio foi eleito no último 5 de novembro com impressionantes 73% dos votos, numa prova de que os nova-iorquinos queriam, de fato, colocar um termo nos 12 anos de administração Bloomberg.
Durante seus três mandatos, a cidade se transformou: tornou-se mais segura, mais verde, ficou em melhor forma. Mas os críticos acusam Bloomberg - um magnata com raízes no mercado financeiro - de ter governado sobretudo para os ricos, numa Nova York onde a taxa de desigualdade está entre as maiores do país.
Ao mesmo tempo em que a 'Big Apple' conta com cerca de 400.000 milionários e 3.000 multi-milionários, mais de 21,2% dos nova-iorquinos estão abaixo da linha da pobreza e mais de 52.000 pessoas não têm domicílio fixo, vivendo em abrigos da prefeitura.
De Blasio, pró-sandinista durante seus anos universitários, criticou ainda nesta terça-feira este "conto de duas cidades", dizendo-se "determinado a encontrar soluções viáveis". Ele disse ser a favor de um salário mínimo horário de 10 dólares (que passou a ser, nesta quarta-feira, de 8 dólares no estado de Nova York).
Ele também prometeu cobrar mais impostos dos nova-iorquinos que ganham mais de 500.000 dólares ao ano, para financiar jardins de infância gratuitos para todos a partir dos 4 anos de idades.
Com sua família multirracial, o novo prefeito também traz grandes esperanças para as comunidades hispânicas e negras - que representam 28,6% e 25,5% da população da cidade, respectivamente.
COPIADO http://www.afp.com/
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