Ex-presidente do Paquistão Musharraf levado de urgência para o hospital


Ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf, à saída do tribunal, numa das vezes que compareceu perante a justiça


O ex-Presidente paquistanês Pervez Musharraf foi hoje transportado de urgência para um hospital militar, após sofrer um "problema cardíaco" a caminho do tribunal onde está a ser julgado por "alta traição"...

Ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf, à saída do tribunal, numa das vezes que compareceu perante a justiça Fotografia © Reuters
O ex-Presidente paquistanês Pervez Musharraf foi hoje transportado de urgência para um hospital militar, após sofrer um "problema cardíaco" a caminho do tribunal onde está a ser julgado por "alta traição", informou a polícia.
Pervez Musharraf, 70 anos, foi chamado a comparecer diante de um tribunal especial para uma audiência do seu julgamento, depois de ter falhado duas sessões anteriores devido a ameaças à sua segurança.
"Ele foi levado para o Instituto de Cardiologia das Forças Armadas após ter tido um problema cardíaco", disse o polícia Jan Mohammad, diante do tribunal em Islamabad.
Musharraf, que chegou ao poder em 1999 com um golpe de Estado e foi destituído no verão de 2008, devia ter comparecido em dezembro, pela primeira vez, diante de um tribunal especial, mas a audiência foi adiada após a descoberta de explosivos na estrada pela qual devia passar a viatura que transportaria o ex-Presidente.
Musharraf é acusado em quatro grandes processos relativos ao período em que esteve no poder. Num desses processos é acusado de ter ordenado o assassínio da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 2007.
O processo de traição está relacionado com a imposição do estado de emergência em 2007, quando Musharraf suspendeu a Constituição e o parlamento e afastou os juízes do Supremo que declararam as suas medidas inconstitucionais e ilegais.
Depois de ser destituído, em 2008, o general exilou-se no Reino Unido, regressando ao Paquistão em março passado para se candidatar às eleições gerais de maio seguinte, mas foi acusado e colocado sob prisão domiciliária e impedido de se candidatar.
Em novembro, Musharraf obteve a liberdade condicional no único processo que ainda determinava a sua detenção, relativo ao ataque contra islamitas refugiados na Mesquita Vermelha de Islamabad, em 2007, que fez mais de 80 mortos.
COPIADO  http://www.dn.pt/

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