Anders Fogh Rasmussen NATO cria bases no leste da Europa para controlar russos Intensos combates e numerosas baixas entre separatistas


Anders Fogh Rasmussen
Rasmussen abandona a liderança da NATO no final de setembro

NATO cria bases no leste da Europa para controlar russos


A NATO vai criar novas bases no leste da Europa como resposta à crise na Ucrânia e para conter um potencial conflito com a Rússia, disse ontem o secretário-geral da organização.
  • Intensos combates e numerosas baixas entre separatistas
    Anders Fogh Rasmussen

    NATO cria bases no leste da Europa para controlar russos

    por Ana Meireles
    Rasmussen abandona a liderança da NATO no final de setembro
    Rasmussen abandona a liderança da NATO no final de setembro Fotografia © REUTERS/Yves Herman
    A NATO vai criar novas bases no leste da Europa como resposta à crise na Ucrânia e para conter um potencial conflito com a Rússia, disse ontem o secretário-geral da organização.
    Anders Fogh Rasmussen referiu, em declarações ao jornal The Guardian, esperar que na cimeira da próxima semana, em Cardiff (País de Gales), se resolvam as divisões dentro dos 28 países da NATO e que se chegue a um acordo sobre o envio de homens para as fronteiras da Rússia. Até agora a única base existente no leste da Europa fica na Polónia.
    De acordo com este responsável, outro dos objetivos é aumentar a segurança da Ucrânia, modernizar as suas forças armadas e ajudar o país a combater a ameaça russa.
    "Vamos adotar o que chamamos um plano de ação de prontidão com o objetivo de conseguir atuar rapidamente neste novo ambiente de segurança na Europa. Já temos uma coisa chamada força de resposta da NATO, cujo objetivo é ser capaz de ser acionada com rapidez se necessário. Agora, a nossa intenção é desenvolver o que eu chamo ponta de lança, com uma força de resposta em muito, muito elevada prontidão", explicou o antigo primeiro-ministro dinamarquês ao jornal britânico.
    A Polónia e os três estados bálticos que pertenciam à União Soviética - Lituânia, Estónia e Letónia - têm sido bastante ativos em chamar a atenção para a ameaça russa e têm pedido uma maior intervenção da NATO.
    No entanto, a criação de bases permanentes no leste da Europa não é consensual, com países como Espanha, França e Itália a mostrarem-se contra, e Estados Unidos e Reino Unido a favor. De acordo com uma fonte da organização ouvida pelo The Guardian, a Alemanha está indecisa, mas não quer provocar a Rússia.

    "O objetivo é que um potencial agressor saiba que se pensar em atacar um aliado da NATO irá enfrentar não só soldados desse país mas também tropas da NATO. E isso é que é importante", sublinhou Rasmussen.
    Este "potencial agressor" neste momento tem um nome: a Rússia, liderada por Vladimir Putin, que chegou a ser considerada um "parceiro estratégico" da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
    "É seguro dizer que ninguém esperava que a Rússia arrebatasse terra pela força. Assistimos também a uma notável mudança na abordagem e capacidade militar russa desde, por exemplo, a guerra na Geórgia, em 2008. Temos visto os russos a melhorar a sua capacidade de agir rapidamente. Eles podem dentro de um muito, muito curto espaço de tempo converter um grande exercício militar numa operação ofensiva", disse o secretário-geral da NATO em entrevista ao The Guardian e outros cinco jornais europeus.
    Rasmussen afirmou ainda que a Rússia concentrou milhares nas fronteiras com o leste da Ucrânia e tem disparado artilharia contra território ucraniano. "Temos relatos de várias fontes que mostram um animado envolvimento da russo em destabilizar o leste da Ucrânia. Temos visto artilharia a disparar através da fronteira e também dentro da Ucrânia. Temos visto uma escalada militar russa ao longo da fronteira. Muito claramente, a Rússia está envolvida na desestabilização do leste da Ucrânia... Vemos uma sofisticada combinação de guerra tradicional misturada com informações e, principalmente, com operações de desinformação. Será preciso mais do que a NATO para combater efetivamente esse tipo de guerra híbrido", referiu o dinamarquês, que será substituído a 1 de outubro pelo norueguês Jens Stoltenberg à frente da organização.
       copiado  http://www.dn.pt

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