Campanha Baldes de entulho ou arroz alertam para outros problemas


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Baldes de entulho ou arroz alertam para outros problemas

Baldes de entulho ou arroz alertam para outros problemas


O desafio do Balde de Água Gelada ganhou outra vida: em vez de gelo, entulho, para chamar a atenção para destruição em Gaza; ou arroz, para alertar o mundo para a fome.

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Baldes de entulho ou arroz alertam para outros problemas

por Patrícia Jesus
Baldes de entulho ou arroz alertam para outros problemas
O desafio do Balde de Água Gelada ganhou outra vida: em vez de gelo, entulho, para chamar a atenção para destruição em Gaza; ou arroz, para alertar o mundo para a fome.
"Tenho de fazer algo para alertar todo o mundo sobre Gaza", explica Ayman al Aloiul, o jornalista palestiniano que começou uma nova versão do popular desafio do Balde de Água Gelada, mas com entulho. O campanha do Ice Bucket Challenge, assim se chama em inglês, foi lançada para ajudar uma associação norte-americana de doentes de esclerose lateral amiotrófica (ELA) e chamar a atenção para a doença. Ayman al Aloiul agarrou na ideia para chamar a atenção para destruição causa pela ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Não foi o único: na Índia, os baldes estão cheios de arroz, mas a ideia não é despejá-los e sim dar o arroz a quem precisa. A campanha foi lançada no fim de semana pela jornalista Manju Latha Kalanidhi, que procurava uma alternativa "local" ao desafio do Balde de Água Gelada.
Em Portugal o desafio tem mantido as características que o tornaram popular e a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) apela à adesão do público em geral à campanha, para angariação de fundos para apoio aos doentes portugueses. A APELA já recebeu 25 mil euros, enquanto a associação norte-americana angariou uns impressionantes 60 milhões de euros.
Apesar do sucesso, a iniciativa não se livra de críticas. Habitantes de Henan, uma região chinesa que atravessa uma seca, protestaram contra o desafio, para desincentivar os compatriotas. Na internet, onde a campanha se tornou viral, as críticas ao desperdício de água multiplicam-se e ganham adeptos. Outros condenam o uso de animais nos testes de novos tratamentos para a ELA, como a atriz Pamela Anderson e a cantora Grimes. E nos EUA líderes católicos proibiram algumas escolas de fazer doações à associação, porque esta faz experiências com células estaminais embrionárias, diz o jornal britânico Guardian.
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