Acusado de corrupção Câmara alcança quórum para votar denúncia contra Michel Temer Advogado diz que Temer não é facínora e pede mais 1 ano e meio Maia diz que há condições de votar e "encerrar assunto" até a noite Oposição diz que só marca presença em votação se houver quórum

Acusado de corrupçãoCâmara alcança quórum para votar denúncia contra Michel Temer

  • Advogado diz que Temer não é facínora e pede mais 1 ano e meio
  • Maia diz que há condições de votar e "encerrar assunto" até a noite
  • Oposição diz que só marca presença em votação se houver quórum

    Câmara alcança quórum de 342 deputados para votar denúncia contra Temer

    Com 346 deputados registrando presença no plenário às 12h35, a Câmara dos Deputados alcançou, no início da tarde desta quarta-feira (2), o quórum mínimo para dar início à votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), segundo a mesa diretora da Casa.
    A votação, no entanto, ainda não foi iniciada. Os deputados analisam requerimentos para encerrar a fase de debates da sessão. 
    O quórum foi atingido apesar da estratégia da oposição de não registrar presença. A estratégia é a de forçar que deputados da base do governo tenham que participar da votação. Como os deputados terão que declarar o voto no microfone, a oposição espera com isso constranger os indecisos a votarem a favor da denúncia. Parlamentares da oposição solicitaram, fazendo uso do microfone em plenário, que a votação seja adiada para o início da noite.
    A sessão foi iniciada às 9h. O relator do parecer contrário à denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), e o advogado de Temer, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, tiveram 25 minutos para se manifestar no plenário.
    A Câmara decide nesta quarta-feira sobre a autorização para que o STF (Supremo Tribunal Federal) possa analisar a denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB) apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
    Se a Câmara der aval ao processo e o Supremo receber a denúncia, Temer se torna réu e fica afastado temporariamente do cargo. Se condenado, ele pode perder o mandato.
    O presidente passou a ser investigado a partir das delações premiadas da JBS. O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo, gravou sem o conhecimento de Temer uma conversa com o presidente no palácio do Jaburu, em 7 de março.
    No diálogo, Temer aparentemente indica Rocha Loures como seu homem de confiança com quem Joesley poderia tratar de interesses da JBS no governo.
    Posteriormente, Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo da JBS, com quem, segundo as investigações da Procuradoria, teria negociado propina que poderia chegar ao valor de R$ 38 milhões.
    Para a Procuradoria, Rocha Loures atuou como um intermediário de Temer, tanto na negociação quanto no recebimento da propina.

    A DENÚNCIA CONTRA TEMER NA CÂMARA

    O que diz o presidente

    Temer tem negado as acusações contra ele. O presidente chegou a afirmar que a denúncia seria uma peça de "ficção", baseada em "ilações" feitas pela Procuradoria.
    A defesa de Temer contratou o perito Ricardo Molina, que elaborou um laudo afirmando que o áudio de Joesley Batista não poderia ser usado como prova, por conter uma série de interrupções que não permitem reconstituir o diálogo por inteiro, além de não ser possível garantir que a gravação não foi editada.
    Perícia realizada pela Polícia Federal afirmou que o áudio não tem sinais de edição e que as interrupções são compatíveis com o sistema do gravador utilizado, que para e retoma a gravação ao detectar som no ambiente.
    A defesa de Rocha Loures tem dito que o recebimento da mala de dinheiro "segundo afirmam, decorreu de armação de Joesley Batista", afirmou o advogado Cezar Bitencourt, em nota.
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