Brasil não precisa do Escola sem Partido, defende ministro da Educação

O ministro da Educação, Rossieli SoaresBrasil não precisa do Escola sem Partido, defende ministro da Educação


O país já tem canais de denúncia e não precisa de uma lei como a do Escola sem Partido, afirmou o ministro da Educação, Rossieli Soares. Em entrevista à Agência Brasil, Soares defendeu que estudantes e famílias procurem primeiro a escola e, se necessário, as secretarias de Educação, caso haja problemas na sala de aula.
“Acho que não pode ter na escola partidarização. Acho que a escola ou universidade não pode ser partidarizada, mas não precisamos ter uma lei para isso. Já é proibido utilizar estruturas públicas, por exemplo, para propaganda política. A discussão da liberdade de cátedra do professor tem que continuar existindo, respeitando as regras que temos. Já existe uma série de leis [sobre isso]”, disse.
A comissão especial da Câmara tinha convocado reunião hoje (quarta, 31) para discutir e votar o novo texto do relator, o deputado Flavinho (PSC-SP). A reunião foi remarcada para a próxima semana. Caso o Projeto de Lei 7.180/2014, conhecido como Escola sem Partido seja aprovado pela comissão, poderá seguir para análise do Senado Federal. O projeto é uma das bandeiras do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para a educação.
Após a eleição de Bolsonaro, baseando-se nas ideias do projeto, a deputada eleita estadual de Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), chegou a recomendar que estudantes gravassem aulas e fizessem denúncias sobre professores que manifestassem opiniões políticas contrárias a Bolsonaro. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou ontem (30) com ação na Justiça contra a deputada estadual.
“Entendo que, se existe qualquer fato que incomode, seja ideologia partidária que porventura o professor exponha, seja de direita, seja de esquerda, tanto faz, ou qualquer problema que ocorra na escola, é muito importante que a família e o estudante procurem a própria escola primeiro”, disse Rossieli Soares.
Para o ministro, caso o problema não seja resolvido, as secretarias municipais ou estaduais devem ser acionadas. “É legítimo que, se houver algum caso que a secretaria não consiga resolver, o estudante e família possam procurar outras autoridades. Mas é necessário que se possa respeitar e observar os canais dentro do meio educacional”.
Escola sem Partido
Projetos de lei com conteúdos semelhantes tramitam tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. A proposta é incluir entre os princípios do ensino o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa.
Os projetos são polêmicos. Por um lado, os defensores dizem que professores e autores de materiais didáticos vêm se utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas.
Já os críticos dizem que as leis atuais já impedem qualquer tipo de abuso por parte dos professores e que um projeto como o Escola sem Partido vai gerar insegurança nas salas de aulas e perseguição aos docentes. Especialistas apontam que, em várias experiências semelhantes ocorridas nos Estados Unidos, a neutralidade exigida aos professores não foi traduzida em uma neutralidade no ensino em si, mas os estudantes com opiniões mais fortes prevaleciam com relação à opinião dos mais fracos, não eliminando a doutrinação.
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STF mantém suspensão de ações policiais em universidades para censurar manifestações

STF. Julgamento de plenário serviu para que os ministros do STF fizessem enfática defesa das liberdades de cátedra e expressãoSTF mantém suspensão de ações policiais em universidades para censurar manifestações


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, em julgamento realizado nesta quarta-feira (31), confirmar a liminar que suspendeu ações policiais em escolas de ensino superior às vésperas do segundo turno da eleição, no último domingo (28). Da lavra da ministra Cármen Lúcia, a decisão preliminar, expedida no sábado (27), foi uma reação às decisões da Justiça eleitoral que permitiram a forças de segurança coibir manifestações de viés partidário. Em alguns casos, os atos tinham natureza político-ideológica, sem infração à legislação eleitoral.
Como este site mostrou na semana passada, a pretexto de fiscalização eleitoral nas universidades públicas, as ações policiais acabaram por configurar censura e atentado à liberdade de cátedra, segundo associações de professores Brasil afora. Em cumprimento às determinações da Justiça eleitoral, policiais e seguranças das próprias universidades recolheram panfletos, manifestos e outros materiais confeccionados pela comunidade acadêmica, que reclama de ameaça à liberdade de expressão. Houve casos de falsos agentes realizando operações contra a livre manifestação.
No julgamento de hoje, o STF fez defesa enfática da liberdade de expressão e da autonomia universitária, preceitos inscritos na Constituição Federal. Último a votar, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, lembrou que a universidade é o espaço, por excelência, da livre troca de ideia e da persuasão racional.
"O alto significado que o direito de reunião assume na sociedade democrática teve o primeiro precedente firmado em 1919. E foi acentuado no julgamento da ADI [ação direta de inconstitucionalidade] 1969, quando o STF declarou inconstitucional decreto do Distrito Federal que vedava manifestação em alguns locais públicos", observou o decano.
"Desrespeito ao direito de reunião por parte do Estado e seus agentes traduz compreensão de gesto de arbítrio e inquestionável transgressão das liberdades", acrescentou.
Cármen Lúcia leu seu relatório no início da sessão plenária e anotou: "As medidas questionadas destoam e afastam-se de quaisquer dos princípios garantidores da democracia. É dever do STF, especificamente, a guarda da Constituição. Qualquer ato estatal contra a liberdade de manifestação é afrontoso, sobretudo na área do ensino universitário".
Antes, já havia feito firme reprimenda às ações policiais. "A única força legitimada para invadir universidades é a das ideias, livres e plurais. Qualquer outra que ali ingresse é tirana, e tiraria é o exato contrário da democracia", acrescentou a magistrada.
Excessos
Depois das decisões proferidas pelos juízes eleitorais em diferentes lugares do país, tribunais regionais eleitorais (TRE's) passaram a dizer que decisões, em caráter individual, prestaram-se a coibir a propaganda eleitoral irregular. Os tribunais afirmaram ainda que foram acionados por eleitores denunciantes e pelo próprio Ministério Público Eleitoral (MPE).
Mas há relatos de denúncias sem fundamentação, para atingir manifestações sem qualquer viés partidário, e ainda falsos agentes se passando por fiscais da lei. Em diversos casos, faixas e bandeiras com dizeres contra o fascismo, sem nomear candidatos, foram retirados ou tiveram proibida sua exposição nos prédios de universidades.
Um diretor de faculdade chegou a ser ameaçado de prisão caso insiste na exibição do material contra o fascismo. Aulas com temáticas diversas foram canceladas e a exibição de filmes foi proibida por ordem judicial, em flagrantes episódios de infração à liberdade de cátedra.
"Como uma decisão judicial pode proibir a ocorrência de uma aula que ainda ia ocorrer? A Constituição, no caso da liberdade de reunião, é muito clara no sentido de que não exige a prévia comunicação", reclamou em seu voto o ministro Alexandre de Moraes.


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Parlamentares ambientalistas repudiam incorporação da pasta do Meio Ambiente à da Agricultura

Parlamentares ambientalistas repudiam incorporação da pasta do Meio Ambiente à da Agricultura


Mais um grupo de representatividade manifestou repúdio nesta quarta-feira (31) ao anúncio do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sobre a incorporação do Ministério do Meio Ambiente à pasta da Agricultura. Por meio de nota (veja abaixo), a Frente Parlamentar Ambientalista, grupo que atualmente reúne 228 deputados e 16 senadores, diz que o futuro governo atua em favor do agronegócio em detrimento da biodiversidade.
"Sob pretexto de racionalizar a estrutura administrativa do Estado, o novo governo pretende subordinar a política ambiental aos interesses do agronegócio, enfraquecendo e reduzindo a autonomia de órgãos fundamentais como o Ibama e o ICM-BIO", diz trecho da nota assinada pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
Encabeçado por Molon e pelo coordenador da Frente, Sarney Filho (PV-MA), o grupo de 244 parlamentares foi representado em coletiva de imprensa concedida há pouco no Salão Verde da Câmara, ao lado do plenário. Veja no vídeo abaixo.

Como o Congresso em Foco mostrou mais cedo, o anúncio de fusões de ministérios tem enfrentado rejeição crescente antes mesmo do início formal da gestão Bolsonaro. Além da incorporação do Meio Ambiente – que, para ambientalistas, na prática representará sua extinção –, as críticas abarcam a reunião em um superministério de toda a área de infraestrutura e a criação de uma ampla pasta da Economia, que englobará Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Em comum às críticas, está a preocupação com uma eventual perda de prioridade do futuro governo para essas áreas. A equipe de Bolsonaro ainda estuda outras fusões, como a reincorporação do Ministério da Cultura pela Educação.
O Ministério do Meio Ambiente divulgou nota, nesta quarta-feira (31), contra a mudança. "Recebemos com surpresa e preocupação o anúncio da fusão com o Ministério da Agricultura", informa a pasta. "Os dois órgãos são de imensa relevância nacional e internacional e têm agendas próprias, que se sobrepõem apenas em uma pequena fração de suas competências. Exemplo claro disso é o fato de que dos 2.782 processos de licenciamento tramitando atualmente no Ibama, apenas 29 têm relação com a agricultura", diz o órgão.
Os parlamentares ambientalistas informa que, caso não haja recuo na ideia de incorporação, a questão será judicializada. "Iremos lutar com medidas legislativas e judiciais para impedir este retrocesso sem precedentes para o desenvolvimento sustentável brasileiro", acrescenta o grupo.

Leia a nota:
A Frente Parlamentar Ambientalista manifesta total repúdio à proposta do presidente eleito de incorporar o Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura.
Tal iniciativa demonstra falta de visão estratégica sobre um tema tão caro aos brasileiros.
Sob pretexto de racionalizar a estrutura administrativa do Estado, o novo governo pretende subordinar a política ambiental aos interesses do agronegócio, enfraquecendo e reduzindo a autonomia de órgãos fundamentais como o Ibama e o ICM-BIO.
Além disso, pode prejudicar nossa economia ao criar dificuldades para entrada de produtos brasileiros em mercados relevantes.
Nesse sentido, a Frente Ambientalista tentará demover o governo eleito de dar continuidade a esta proposta.
Caso não haja recuo, iremos lutar com medidas legislativas e judiciais para impedir este retrocesso sem precedentes para o desenvolvimento sustentável brasileiro.
Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista


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Raquel Dodge decide não denunciar Temer por suspeita de receber propina da Odebrecht. << Temer atuou por interesses de empresas portuárias, diz Funaro; veja o vídeo << Temer tinha poder decisório no “quadrilhão” do PMDB e recebeu R$ 31,5 milhões, diz PF

Temer e sua filha Maristela estão entre os investigadosRaquel Dodge decide não denunciar Temer por suspeita de receber propina da Odebrecht



A Procuradora-Geral de República, Raquel Dodge, pediu para o ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, suspender o inquérito que investiga se o presidente Michel Temer (MDB) recebeu vantagem indevida, ou propina, da Odebrecht. Vencia hoje (quarta, 31) o prazo para apresentação de denúncia por parte da PGR.
Fachin tinha dado o prazo de 15 dias para a procuradora decidir se denunciaria o presidente. Dodge, então, pediu suspensão do pedido até o fim do mandato de Temer e o ministro determinou que, depois de encerrado o mandato, o processo siga para o Ministério Público Federal em São Paulo.
"Defiro o pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República, determinando a suspensão temporária do trâmite destes autos em relação ao Presidente da República, Michel Miguel Elias Temer Lulia, até o término do seu mandato. Com o término do mandato presidencial, dê-se imediata vista dos autos ao Ministério Público Federal", escreveu Fachin na decisão.
O caso
O inquérito da Polícia Federal aponta indícios de que o presidente recebeu R$ 1.438.000,00 por intermédio do coronel João Baptista Lima Filho. Ainda segundo o relatório, o repasse foi solicitado pelo ministro Moreira Franco a executivos da empreiteira. Mas há outras suspeitas que pesam contra Temer e sua relação com a Odebrecht.
De acordo com reportagem da revista Veja de agosto de 2016, documentos revelam detalhes sobre um jantar realizado em maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial do então vice-presidente. Na ocasião, Temer recebeu o atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente da maior empreiteira do país, para quem pediu "apoio financeiro".
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, aceitou colaborar tendo em vista a dimensão do partido presidido à época por Temer, além do próprio cargo ocupado pelo peemedebista. Assim, o empresário fez repasses entre agosto e setembro de 2014 que somaram R$ 10 milhões, em dinheiro vivo. Deste total, R$ 6 milhões foram para Padilha e os R$ 4 milhões restantes tiveram como destinatário o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, então candidato ao governo de São Paulo e apontado como o responsável pela articulação do jantar no Jaburu.

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Mulheres negras estão 50% mais vulneráveis ao desemprego, mostra pesquisa do Ipea

Mulheres negras estão 50% mais vulneráveis ao desemprego, mostra pesquisa do Ipea


SÃO PAULO (Reuters) - Mulheres negras estão 50 por cento mais suscetíveis ao desemprego do que outros grupos, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quarta-feira.
O estudo, que utiliza como base dados da Pnad Contínua, mostra que, a cada 1 ponto percentual a mais na taxa de desemprego de uma unidade federativa, a desocupação de mulheres negras daquela mesma unidade sofre, em média, um aumento de 1,5 ponto percentual.
Além disso, entre o segundo trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2017, mulheres negras representaram a fatia com maior aumento absoluto na taxa de desemprego, uma variação de 8,8 pontos percentuais. O instituto distingue os dados entre homens brancos, homens negros, mulheres brancas e mulheres negras.
Segundo o Ipea, a taxa de desemprego entre mulheres negras é 80 por cento superior àquela encontrada antes do início da recessão de 2015-2016.
Entre homens brancos, a variação no período foi de 4,6 pontos percentuais. Entre negros do sexo masculino, o desemprego cresceu 7 pontos percentuais no mesmo intervalo de tempo. A disparidade ocorre desde antes da queda do PIB em 2015-2016.
“Os resultados indicam que a resposta da taxa de desemprego dos grupos durante a recessão não foi alterada”, diz trecho do estudo.
“A recessão não afetou de maneira heterogênea a sensibilidade dos grupos socioeconômicos ao aumento da taxa de desemprego.”
Na avaliação do Ipea, não foram encontrados discrepâncias muito grandes no comportamento da taxa de desemprego quando comparadas as mulheres brancas e negras, há uma pequena diferença de 0,2 ponto percentual na desocupação mas “não é significativa do ponto de vista estatístico”.
“O mesmo pode ser dito em relação à diferença entre as mulheres brancas e os homens”, diz um trecho do estudo.
“Não há diferença de resposta entre os dois grupos masculinos.”
Ao investigar como o desempenho da economia afeta cada um dos grupos de diferentes idades e cor da pele, o Ipea aponta que períodos de maior dificuldade econômica, como a recessão de 2015-2016 afetam tanto “o número de pessoas que passam a buscar emprego quanto...o tempo em que os desempregados se mantêm nessa condição”.
“Assim mesmo, é possível notar um padrão de heterogeneidade entre os grupos semelhante ao verificado para a taxa de desemprego, isto é, com as mulheres negras experimentando um resultado mais adverso que os homens brancos, o mesmo se passando na comparação dos jovens com os adultos.”

FAIXA ETÁRIA

Jovens de 18 a 29 anos estão entre os mais afetados, com uma relação de 1,7 em relação à taxa geral de desemprego. Ou seja, a cada um ponto percentual de aumento na taxa de desemprego, há um avanço de 1,7 ponto percentual na desocupação desta faixa etária. Na faixa etária de 30 a 64 anos, a relação é de 0,7 ponto percentual, segundo o Ipea.
“Conhecer em que medida as oscilações da economia afetam o desemprego dos diferentes grupos socioeconômicos é uma tarefa importante, pois permite que se (re)desenhe a política pública de forma mais adequada às heterogeneidades desses grupos no mercado de trabalho”, afirma a pesquisa.
“Embora haja alguma heterogeneidade entre os grupos nas respostas às mudanças nas condições do mercado de trabalho em geral, essa heterogeneidade não se altera de forma expressiva em momentos de recessão.”
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Bolsonaro é quem vai definir possibilidade de votar Previdência este ano, diz Onyx. Ainda não está decidida fusão de Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, diz Nabhan Garcia

Bolsonaro é quem vai definir possibilidade de votar Previdência este ano, diz Onyx



BRASÍLIA (Reuters) - O futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai definir sobre a possibilidade de votação de uma reforma da Previdência ainda este ano.
“É o presidente que vai decidir”, disse ele, em rápida entrevista após participar de um evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília.
Onyx não respondeu sobre a formação do superministério de infraestutura. Disse apenas que começa a partir desta quarta-feira às 16h a “estruturação da transição”.
O deputado se reúne nesta tarde com o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
“Até que tudo esteja constituído é um período de poucas palavras e muito trabalho para que a gente possa depois apresentar muitas ações para mudar o Brasil”, disse Onyx.
“Daqui até a próxima terça vamos falar muito pouco porque temos muito trabalho pela frente”, acrescentou.
Bolsonaro deve viajar a Brasília na próxima terça-feira, quando é esperado que se reúna com o presidente Michel Temer.
Reportagem de Ricardo Brito

Ainda não está decidida fusão de Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, diz Nabhan Garcia




(Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro ainda não decidiu se vai juntar os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, disse seu aliado Luiz Antônio Nabhan Garcia nesta quarta-feira, um dia após o futuro chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmar que as pastas seriam unificadas.
“Existe a possibilidade de seguirem separados e existe a possibilidade de seguirem com uma fusão. Não tem nada decidido ainda, pelo menos foi o que o presidente me disse”, declarou Nabhan Garcia a jornalistas no Rio de Janeiro, após se reunir com Bolsonaro.
Nabhan Garcia é líder da União Democrática Ruralista (UDR), entidade que se notabiliza pela defesa da propriedade rural e combate a movimentos de sem-terra, como o MST.
Na terça-feira, Onyx anunciou que as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente seriam unificadas sob um único ministério, depois de Bolsonaro ter afirmado que estaria aberto à sugestão de setores do agronegócio que defendiam a manutenção da separação das duas pastas.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, posicionou-se de maneira frontalmente contrária à proposta de fusão das pastas, afirmando que a decisão “trará prejuízos incalculáveis ao agronegócio brasileiro”.
O atual ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, também criticou a medida. Em nota, disse que o superministério teria “dificuldades operacionais” que poderiam prejudicar as duas agendas e resultar em retaliação comercial por parte de países importadores de produtos agropecuários.
Por Tatiana Ramil, em São Paulo
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Trump hits election trail with threat of troop surge on Mexico border

Trump hits election trail with threat of troop surge on Mexico border

AFP / SAUL LOEBUS President Donald Trump boards Air Force One on October 31, 2018, as he travels to Estero, Florida, for a campaign rally
President Donald Trump took his pre-election anti-immigration rhetoric to new heights Wednesday with a stunning threat to deploy as many as 15,000 soldiers on the Mexican border -- equal to the size of the US contingent in Afghanistan.
Brushing aside accusations that his divisive rhetoric on immigration is stoking extremism, Trump made the announcement before flying to Florida for the frantic last stage of campaigning ahead of next Tuesday's midterm elections.
He will host a grueling 11 rallies across eight states in the next six days, starting with Wednesday night in Estero, Florida.
Trump hopes to fire up core Republican voters and spur the party to retain dominance of both chambers of Congress. Democrats are threatening to light a fire under Trump's feet if they win even partial control, raising the specter of ever more brutal Washington politics.
At the core of Trump's message to his raucous, adoring supporters is the now near daily warning that America is literally under attack from an "invasion" of illegal immigrants and that Democrats would throw open the borders.
On Tuesday, Trump announced that more than 5,000 active duty soldiers were being sent.
That was already highly unusual, but on Wednesday, he told reporters at the White House: "We'll do up to anywhere between 10 and 15,000 military personnel."
AFP / MANDEL NGANUS President Donald Trump, pictured speaking to the press at the White House on October 31, 2018, is due to host a grueling 11 rallies across eight states in six days
Trump frequently describes illegal immigrants -- a tiny minority of whom have formed groups to attempt walking hundreds of miles to the US border -- as "rapists" and "thugs."
"It's a dangerous group of people," Trump said of the latest group of a few thousand migrants, who are still deep inside Mexico, far from their goal. "They're not coming into our country."
The situation, according to the Department of Homeland Security, is "an unprecedented crisis."
However, the department's own figures show that the number of illegal immigrants intercepted in 2018 was only 400,000, a mere 25 percent of the 1.6 million figure in 2000.
- Shooter inspired by Trump? -
The president has reveled in his anti-immigrant rhetoric for months.
At his "Make America Great Again" rallies, like the one taking place in Estero on Wednesday, Trump leads supporters in chanting "build the wall" -- a reference to his so-far unrealized dream of erecting a partition along the entire US-Mexican frontier.
But the nationalist -- or what critics say is the racist-tinged -- policy was engulfed in deep controversy last week when an alleged anti-Semitic fanatic gunned down 11 people in a Pittsburgh synagogue.
According to US news reports, the shooter had taken inspiration from Trump's speeches in his stated desire to fight for white people. Similarly, a Florida man arrested last week on charges of mailing homemade bombs to more than a dozen Trump opponents was an ardent supporter of the president.
The alarming escalation of extremist politics threw Trump on the defensive, with opponents claiming that he had helped create an atmosphere in which the two attackers felt comfortable to carry out their plans.
AFP/File / Brendan SmialowskiA firestorm of protest raged around US President Donald Trump's visit to Pittsburgh, Pennsylvania on October 30, 2018, following a deadly anti-Semitic massacre
On Tuesday, Trump made a politically tricky visit to Pittsburgh, accompanied by his wife Melania, Orthodox Jewish son-in-law Jared Kushner and daughter Ivanka.
Trump played the traditional presidential role of healer-in-chief at the Tree of Life synagogue, laying memorial stones and spending more than an hour at a nearby hospital with the widow of one of the slain.
The experience was "very humbling and very sad," Trump said.
Opponents and noisy groups of local protesters said however he shouldn't even have come.
Starkly illustrating the controversy, there wasn't anyone available, beyond the local air force base commander and his wife, to meet the president on arrival from Washington.
Pittsburgh's mayor was among those who suggested that Trump stay away.
- Brushing off, doubling down -
AFP/File / SAUL LOEBUS President Donald Trump, pictured with First Lady Melania and Rabbi Jeffrey Myers during a controversial visit to Pittsburgh, Pennsylvania on October 20 2018, "wanted to show his respect on behalf of the entire country," according to the White House
White House spokeswoman Sarah Sanders pointed out that Trump "was also asked to come by some" and insisted that he'd gone to "represent the country in this moment."
Certainly Trump was back in fighting mood on Wednesday, tweeting that he and Melania "were treated very nicely yesterday in Pittsburgh."
"Small protest was not seen by us, staged far away," he said. "The Fake News stories were just the opposite-Disgraceful!"
He then explored his latest eye-catching plan for curtailing immigration: removal of a constitutionally protected right to citizenship for anyone born on US soil.
The automatic right, which is also given in neighboring Canada and Mexico, has been criticized as outmoded, providing a loophole for the children of illegal immigrants.
"The World is using our laws to our detriment. They laugh at the Stupidity they see!" he tweeted.
However, the nature and timing of Trump's proposal -- first aired Tuesday -- has been controversial, particularly given his insistence that he can personally overrule something so far protected by the constitution.
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Octubre vuelve a golpear a los inversores en los mercados internacionales


Octubre vuelve a golpear a los inversores en los mercados internacionales

 
AFP/Archivos / Bryan R. SmithLos inversores sufren en octubre, un mes en el que tradicionalmente los índices suelen arrojar bajas
Pese al fin de mes en positivo este miércoles en las bolsas de valores de Shanghái, Nueva York, París y Fráncfort, el mes de octubre, conocido por dar dolores de cabezas a los inversores, no fallará este año a su reputación.
Unas pocas horas antes del final de un mes particularmente volátil en todo el mundo, el amplio índice S&P 500 en Wall Street registraba un descenso mensual del 6,9%, su mayor baja en un mes desde 2011.
El índice MSCI World, que pondera a los mercados de acciones de 23 países desarrollados en todo el mundo, cayó más del 8% en el décimo mes del año, registrando su peor caída mensual en seis años.
En París, el índice CAC 40 cedió más del 7,28%, una baja que no ocurría desde agosto de 2015, mientras que Londres cayó 5,09% y la Bolsa de Fráncfort, 6,53%, su peor mes desde 2016.
En China, el índice compuesto de Hang Seng en Hong Kong se desplomó más del 10%, en su mes menos afortunado en casi tres años.
La caída de este otoño, según Patrick O'Hare, analista jefe de mercado de Briefing, también provocó que los mercados bursátiles globales subieran al cierre el martes, según la compañía estadounidense S&P Dow Jones Indices.
Como el temor que ya había afectado a los inversores en febrero, esta vez, la inquietud se produjo cuando la Reserva Federal estadounidense sugirió que sus aumentos de tasas podrían acelerarse. Ahora, se espera un nuevo ajuste, el cuarto en el año, en diciembre.
El impacto de esta medida sobre el crecimiento es motivo de preocupación, como también lo es el estancamiento comercial entre Washington y Pekín.
Numerosas empresas estadounidenses han citado los aranceles estadounidenses y chinos como un lastre en sus perspectivas de crecimiento durante la temporada de resultados trimestrales.
Esto a menudo ha afectado a los índices de los mercados de valores, como Caterpillar, que colapsó un 20% durante el mes.
Pero la caída de los índices mundiales debe ponerse en perspectiva: a fines de septiembre, el S&P 500 en Wall Street había reanudado su carrera hacia valores históricos.
Al mismo tiempo, el índice MSCI World alcanzó niveles sin precedentes en enero.
En términos más generales, la caída de octubre reedita un mes que ha causado pesadillas a los inversores, con bajas memorables del S&P 500: -17% en 2008, y -22% en 1987.
"Un mercado tan eficiente como el S&P no debería ser estacional, y sin embargo, debe decirse que este es el caso: el crecimiento promedio del S&P (500) en octubre es solo de 0,5%, o 7 puntos por debajo del crecimiento mensual promedio registrado por el S&P desde 1928", dijo Shamik Dhar, economista jefe del Grupo de Gestión de Inversiones BNY Mellon.

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