Filho do ‘mito’ diz que 1 cabo e 1 soldado bastam para fechar o STF. Veja
Inacreditável, mesmo nestes dias em que a gente não duvida de mais nada, o vídeo postado pelo Diário do Centro do Mundo ( que reproduzo ai final) no qual o deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, diz que, no caso do Supremo Tribunal Federal impugnar a candidatura de seu pai por algum financiamento irregular de campanha, poderiam fechar o STF apenas “com um soldado e um cabo, sem querer desmerecer o soldado e o cabo”.
-Se o STF quiser arguir qualquer coisa, sei lá, “recebeu uma doação ilegal de R$ 100 do José da Silva, impugna a candidatura dele”. Ei não acho isso improvável, não, mas aí vai ter de pagar pra ver. Será que eles vão ter esta força mesmo? O pessoal até brinca lá (lá, onde?): se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe lá, manda um soldado e um cabo – não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não”.
Bolsonaro filho pergunta “o que que é o STF?”. “Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua?”
– Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular a favor do ministro do STF?(bate palmas). Milhões na rua, gritando “solta o Gilmar, solta o Gilmar…”? Com todo o respeito que eu tenho ao excelentíssimo ministro Gilmar Mendes, que deve gozar de imensa credibilidade entre os senhores (da platéia).
No trecho final, ele dá mostras do que pretendem (é manchete de hoje do Estadão) ao enfiarem Sérgio Moro no Supremo:
– É igual soltar o Lula. O Moro peitou um desembargador que está acima dele. Por que? Porque o Moro está com moral pra cacete. Você vai ter de ter um culhão filho da puta pra conseguir reverter uma decisão dele. Quero ver quem vai dar o contrário…
Estarrecedor, mas parece que já escolheram o cabo que vão mandar para cumprir a “missão” de fechar o STF.
O incrível CD ‘grátis’ de R$118,64 por unidade patrocinado pelo dono da Havan
A Lei Rouanet, seria, segundo os bolsonaristas, um dos “escândalos” petistas, embora criada Fernando Collor. Com erros e acertos é o único instrumento de financiamento da cultura e seus controles eram muito maiores na era petista do que são hoje, no governo Michel Temer. Mas Bolsonaro tem razão em que há coisas inexplicáveis, ao menos uma envolvendo um de seus mais notórios apoiadores.
Pois este ano, o empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan e apontado pela Folha de S.Paulo como um dos promotores do envio de fake news pelo aplicativo Whatsapp, está “doando” R$ 237 mil reais para a gravação e multiplicação do primeiro CD de um cantor “sertanejo” de nome Edu Souza.
É o que foi proposto formalmente ao Ministério da Cultura através de carta assinada por Jaison Gamba, diretor contábil da Havan, em fevereiro deste ano, caso o Conselho do MinC aprovasse o projeto. Aprovou e os pagamentos, em três parcelas, foram feitos em abril, maio e julho.
O objetivo, descrito na página do Ministério da Cultura, seria gravar e prensar, para distribuição gratuita em shows, dois mil exemplares do disco.
Está tudo aqui na página oficial.
Sem entrar no mérito da qualidade musical do cantor e compositor – que grava 10 músicas, seis de outra pessoa, Joílton Medeiros, que grava vídeos no Youtube sob o nome de Felipe Ferrazzo -, algumas delas com títulos poéticos como “A novinha terrorista” e “É hoje que a gente pira”.
Fico apenas no valor de cada CD: R$ 237.281,28 para 2 mil CDs a serem distribuídos gratuitamente dá, na boa e velha aritmética, R$ 118,64 por unidade. Acho que se trata do CD mais caro do mundo inteiro.
Se o dinheiro viesse do bolso dele, nenhum problema. Mas vai ser todo abatido do imposto devido pela Havan e, portanto, ficam na conta do dinheiro público.
Quem sabe os “bolsominions”, que tratam projetos culturais como se fossem puras e simples picaretagens, se interessam em apurar a história do CD de R$ 118,64 do dono da Havan?
PS. Texto corrigido para situar corretamente a origem da lei
copiado http://www.tijolaco.net/blog/
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