Estamos alinhados à política dos EUA', diz Bolsonaro sobre navios iranianos Por causa de sanção americana, a Petrobras não forneceu combustíveis para navios do Irã carregados com milho

COMBUSTÍVEL DA PETROBRAS

'Estamos alinhados' aos EUA, diz Bolsonaro sobre navios iranianos

'Estamos alinhados à política dos EUA', diz Bolsonaro sobre navios iranianos

Por causa de sanção americana, a Petrobras não forneceu combustíveis para navios do Irã carregados com milho


Gustavo Uribe


 BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (21) que o Brasil está alinhado à política dos Estados Unidos de sanção econômica contra o Irã
Na sexta-feira (19), a Petrobras confirmou que não forneceu combustíveis para navios iranianos carregados com milhos no Porto Paranaguá (PR).
Segundo o presidente, que disse não ter conversado sobre o assunto com os Estados Unidos, o governo federal alertou as empresas brasileiras sobre embargos impostos contra o Irã.
O navio iraniano Bavand, ancorado no porto de Paranaguá (PR) - Heuler Andrey -19.jul.19/AFP
"Sabe que nós estamos alinhados à política deles. Então, fazemos o que tem de fazer”, disse.
O embargo visa atingir o setor petrolífero iraniano, o que atrapalhou o reabastecimento dos navios, com a Petrobras recusando-se a vender combustível por temer represálias ao violar as regras americanas.
Os iranianos são os maiores importadores de milho do Brasil e também estão entre os principais compradores de soja e carne bovina. Embora alimentos não sejam o foco das sanções dos EUA, o caso levanta alguma preocupação sobre as exportações do agronegócio ao país persa.
A Eleva, responsável pela carga dos navios, afirma em nota que "como prevê a legislação norte-americana, alimentos e remédios não podem sofrer sanções, pois são 'exceção humanitária'". Diz ainda que o "fornecimento de combustível seria para uma empresa brasileira de exportação que não está sujeita à sanção dos EUA".
O navio Bavand já carregou cerca de 50 mil toneladas de milho, em maio, no porto catarinense de Imbituba, enquanto o Termeh deveria chegar em meados de julho ao local para carregar 66 mil toneladas do cereal, segundo informações de agentes do setor portuário.
Ao menos um outro navio iraniano, o Daryabar, que está na mesma lista de sanções, carregou milho em Imbituba em junho e partiu, segundo documento de agência marítima, que aponta também que outra embarcação do Irã sancionada, a Ganj, deve carregar o produto em agosto.

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