Petrobras privatiza BR Distribuidora Governo libera FGTS para aquecer economia

Petrobras privatiza BR Distribuidora

AFP / MIGUEL ROJO(Arquivo) A Petrobras aprovou a privatização da BR Distribuidora, sua filial para a distribuição de derivativos de petróleo, em uma operação que deve permitir levantar pelo menos R$ 8,5 bilhões
A Petrobras aprovou, na manhã desta quarta-feira (24), a privatização da BR Distribuidora, sua filial para a distribuição de derivativos de petróleo, em uma operação que deve permitir levantar pelo menos R$ 8,5 bilhões.
Após essa operação, a parte controlada pelo Estado brasileiro na BR Distribuidora cairá de 71,25% para 41,25% e poderá cair para 37,5%, se um lote adicional de ações for colocado à venda. Neste caso, a arrecadação aumentará para R$ 9,6 bilhões.
"O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda de 291.250.000 ações, além de 58.250.000 ações adicionais, ao preço de 24,50 reais, totalizando uma operação de 8.562.750.000,00 reais", informou a empresa em um comunicado.
Essa colocação corresponde a 30% do capital da BR Distribuidora, a maior rede de postos de combustíveis do Brasil, que controla quase um terço do mercado nacional.
A operação faz parte da política de venda de ativos da Petrobras para restaurar suas contas, após ter sido atingida em 2014 por um grave escândalo de corrupção e pela queda nos preços do petróleo.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações da Petrobras eram negociadas no final da manhã com um aumento marginal de 0,04%.
Essa operação é possível em virtude de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu, em junho, a privatização de subsidiárias estatais sem a necessidade de aprovação do Congresso.
Essa decisão permitiu a venda da transportadora de gás TAG, uma subsidiária da Petrobras, por US$ 8,6 bilhões, para um grupo liderado pela francesa Engie.
Em abril, a Petrobras anunciou que planeja vender oito de suas 13 refinarias no Uruguai e concluiu a venda de sua participação em uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, para a US Chevron, por US$ 467 milhões.
A Petrobras registrou em 2018 seu primeiro lucro líquido anual em cinco anos, de R$ 25,8 bilhões.
No primeiro trimestre de 2019, obteve um lucro líquido de cerca de R$ 4,031 bilhões, uma queda de 42% em relação ao mesmo período de 2018, mas um aumento de 92% em relação ao trimestre anterior.

Governo libera FGTS para aquecer economia

Presidencia de Brasil/AFP / MARCOS CORREAO presidente Jair Bolsonaro fala durante encontro com jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto em 19 de julho de 2019, em Brasília.
O governo de Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira a liberação parcial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para aquecer a economia com cerca de 42 bilhões de reais entre 2019 e 2020.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro firmou a medida com a qual espera obter um crescimento econômico adicional de 0,35 ponto em doze meses.
Em dez anos, se espera que a medida ajude a criar três milhões de empregos, com um incremento de 2,5 pontos do PIB per capita.
Segundo Bolsonaro, a medida deverá "acelerar a recuperação" da economia, estimular o consumo das famílias e a atividade econômica do país.
"Estamos dando mais liberdade ao trabalhador para decidir o que fazer com o seu dinheiro", disse o presidente.
Cada trabalhador poderá retirar este ano até 500 reais e um percentual anual variável a partir de 2020 do FGTS.
O valor será ampliado com a liberação parcial de outro fundo de amparo aos trabalhadores: PIS/Pasep.
Em 2017, o então presidente Michel Temer liberou o saque das contas inativas do FGTS.
- "Dinheirinho" para o consumo -
"A gente está facilitando muita coisa emergencial, porque a nossa economia não vai bem. Se bem que já está dando sinais de recuperação e acho que dá para a gente ajudar bastante no corrente ano e entrar um dinheirinho no comércio", declarou Bolsonaro.
A medida pretende dar um impulso a uma economia que após dois anos de recessão (2015-2016) cresceu apenas 1,1% em 2017 e 2018, com 13 milhões de desempregados.
Na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a previsão de crescimento do Brasil para 2019 de 2,1% para 0,8%.
Para o Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, "a medida denota o interesse em estimular a economia brasileira, o problema é a limitação do saque, o que não impacta o PIB como esperado".
"Terá um reflexo, mas não muito importante".




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