Rússia diz apoiar Cuba 'em tudo' diante da hostilidade dos EUA
AFP / Adalberto ROQUEPrimeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro (centro), o chanceler russo, Sergei Lavrov (esq.), e o historiador cubano Eusebio Leal na inauguração da Estátua da República, no Capitólio Nacional de Havana, em 24 de julho de 2019
A Rússia mantém o apoio a Cuba frente às hostilidades dos Estados Unidos e vai ajudá-la a fortalecer sua economia contra ataques externos - garantiu o chanceler russo, Serguei Lavrov, nesta quarta-feira (24), durante visita à ilha.
"Vamos continuar apoiando Cuba em tudo, não apenas moral, ou políticamente, não apenas por meio do desenvolvimento da cooperação técnico-militar, mas também promovendo ativamente o comércio, projetos econômicos que permitam à economia deste país ser mais firme diante de ataques externos. Acredito que vamos conseguir", disse o ministro russo das Relações Exteriores, após uma reunião com seu homólogo cubano, Bruno Rodríguez.
Lavrov rejeitou as medidas dos Estados Unidos contra a ilha socialista, que endurecem o embargo que Washington aplica desde 1962, complicando as relações comerciais de Havana com o restante do mundo, e asfixiam sua economia.
Entre estas medidas, está a recente ativação do título III da chamada Lei Helms-Burton, que permite acionar em tribunais americanos empresas estrangeiras que administrem bens nacionalizados em Cuba pela Revolução de Fidel Castro.
"Todos os artigos desta lei são ilegais, contradizem o Direito Internacional. Todo o ano se vota (na Assembleia Geral da ONU) contra o embargo. Essa resolução conta com 190 votos todos os anos", afirmou Lavrov.
O governo Donald Trump garante que, com suas medidas, busca uma mudança do sistema de governo em Cuba e, ao mesmo tempo, acusa as autoridades cubanas de perseguirem seus opositores e de apoiarem militarmente a Venezuela de Nicolás Maduro.
Os EUA já aplicaram multas a algumas entidades financeiras que facilitam as operações entre a ilha e o exterior.
"A cooperação de Cuba com Venezuela é e será invariável, com o governo legítimo de Nicolás Maduro e a união cívico-militar de seu povo", declarou o ministro Rodríguez, que agradeceu ao aliado russo pela visita.
Segundo Rodríguez, Rússia e Cuba vão concentrar esforços para enfrentar a "epidemia de medidas coercitivas unilaterais" aplicadas pelos Estados Unidos, "que constituem uma flagrante violação do Direito Internacional, da Carta das Nações Unidas e geram ameaças para a paz e a segurança internacionais".
Para Lavrov, o interesse em longo prazo dos Estados Unidos não deve ser "danificar suas relações com todos, lançando ultimatos, exigindo o pagamento imediato de multas e se apropriar de recursos financeiros (...) Seu interesse deve ser garantir as relações com seus sócios".
Depois de sua visita a Cuba, Lavrov também passará pelo Brasil e pelo Suriname.
Suíça é o país mais inovador do mundo, segundo ranking
AFP/Arquivos / Fabrice COFFRINI(Arquivo) Edifício do Globo de Ciência e Inovação do CERN, perto de Genebra, na Suíça
A Suíça foi considerada o país mais inovador do mundo pelo segundo ano consecutivo, enquanto a Índia fez os maiores avanços entre as principais economias, mostrou um indicador global nesta quarta-feira.
A pesquisa anual Global Innovation Index - compilada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, Universidade de Cornell e INSEAD - classifica 129 economias mundiais em 80 parâmetros incluindo pesquisa, tecnologia e criatividade.
A Suíça foi seguida de perto pela Suécia e Estados Unidos, com Israel completando o top 10.
A Índia, onde foi feito o anúncio, ficou no 52º lugar, mas subiu nos rankings dos últimos anos, afirmou o diretor-geral assistente da OMPI, Naresh Prasad.
O relatório foi feito no momento em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou a previsão de crescimento global e alertou para um 2020 "precário" em meio a tensões comerciais, incerteza contínua e perspectivas crescentes para um Brexit sem acordo.
Os autores do relatório afirmam que gastos com inovação ainda estão crescendo e parecem resilientes, apesar da desaceleração.
No entanto, eles também alertaram para sinais de declínio do apoio público à pesquisa e desenvolvimento em economias ricas, geralmente responsáveis por impulsionar a inovação.
"Em particular, o protecionismo que afeta os setores intensivos em tecnologia e fluxos de conhecimento traz riscos às redes globais de inovação e à difusão da inovação", disse o relatório.
"Se não forem contidos, esses novos obstáculos ao comércio internacional, ao investimento e à mobilidade da força de trabalho levarão a uma desaceleração do crescimento da produtividade e da difusão da inovação em todo o mundo".
COPIADO https://www.afp.com/pt/n
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