Investimento do governo ajudou a reduzir migração

27 de abril de 2012 | 14h 31          CÉLIA FROUFE - Agência Estado
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, avaliou nesta sexta-feira que a menor migração de brasileiros e o aumento da volta a seus Estados de origem, revelados pelo Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram possíveis por conta do trabalho do governo. "O governo federal deixou de ser omisso e considerou que é importante enfrentar os problemas dos grandes centros urbanos", enfatizou durante entrevista à Agência Estado, referindo-se aos investimentos em projetos de infraestrutura.


Esta semana o governo anunciou investimentos de R$ 32 bilhões basicamente para transporte coletivo, dentro da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC-Mobilidade. "Tenho sempre dito que, no PAC, criamos não só a grande infraestrutura para logística, como rodovias, ferrovias e hidrelétricas, mas também criamos o eixo social urbano, como saneamento, água e esgoto", afirmou.

Cotas

Ao comentar os dados do Censo 2010, Miriam parabenizou o trabalho dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que consideraram ontem, de forma unânime, que o sistema de cotas para negros nas universidades é constitucional. "Ontem, por felicidade, as cotas foram consideradas constitucionais pelo STF", disse. "Essa (cota para negros) era polêmica. Se até essa foi considerada constitucional, a social será mais ainda", previu.

A ministra destacou que os dados positivos sobre Educação revelados pelo Censo 2010 refletem o esforço do governo em levar pessoas de estratos mais baixos da economia para as universidades. "Quase dobrou o número de pessoas com curso superior completo", comemorou. Ela disse também que está maior o volume de crianças que frequentam regularmente a escola.

Miriam disse que a melhora na educação brasileira é um ponto fundamental para alavancar a produtividade da economia do País. Em evento recente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) admitiu que, comparado a outros países, o Brasil ainda possui números baixos de produtividade, e atribuiu parte da culpa à baixa qualificação dos trabalhadores.

Para Miriam, o aumento do nível de instrução do País é um fator chave para ampliar também a competitividade econômica doméstica. Ela acredita que o aumento do número de vagas nas universidade e escolas técnicas fará com que os indicadores melhorem ainda mais no próximo período que houver levantamento do Censo.

PNAD

Miriam disse que o governo vai aumentar a periodicidade da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada uma vez por ano pelo IBGE. "Vamos aumentar a periodicidade para dar mais informações", disse. Questionada se a pesquisa passaria a ser semestral, ela disse que o prazo entre um levantamento e outro pode até ser menor do que esse. "Talvez até menor que semestral; estamos ainda avaliando."

Segundo a ministra, a intenção é de que os ministérios peguem carona no trabalho dos pesquisadores da PNAD para obter informações específicas para suas próprias Pastas. "Essa pesquisa suplementar já era uma prática comum nas pesquisas anuais: a Educação fez isso, o Ministério de Desenvolvimento Social também. O PNAD mais regular permite que outras informações sejam buscadas", argumentou.

Miriam disse também que uma dessas pesquisas levou a um estudo do governo que deve ser divulgado em breve pela presidente Dilma Rousseff. "A presidenta deve lançar um programa específico para crianças de 0 a 5 anos, que é época da formação não só da saúde, mas do aprendizado cognitivo", disse. COPIADO :http://www.estadao.com.br/

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