Polícia refaz cálculos sobre vítimas de suspeitos de canibalismo

24 de abril de 2012 15h07 atualizado às 15h25


    
Celso Calheiros
Direto do Recife
A Polícia Civil de Pernambuco refaz os cálculos do número de supostas vítimas de um grupo que praticaria canibalismo. Três pessoas foram presas em Garanhuns, no agreste do Estado, no dia 11. A avaliação do delegado Osvaldo Morais, responsável pela Diretoria de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aponta para três mulheres mortas. Antes, a suposição era de que oito pessoas tinham sido vítimas do trio.
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Segundo Morais, o aprofundamento das investigações levou a polícia a reduzir o número de possíveis vítimas - dois corpos já foram encontrados. O delegado destacou que os depoimentos de Jorge Beltrão, Isabel Cristina Pires e Bruna de Oliveira ajudaram na apuração e na localização de ossos que podem ser de uma das vítimas. "Essas informações têm coerência, contribuíram para as buscas, e os investigados colaboram com a polícia", disse.
No sábado, a polícia fez buscas na casa onde o trio vivia no bairro de Rio Doce, em Olinda, região metropolitana do Recife, e encontrou ossos que serão analisados para identificar se são de Jéssica Camila, que está desaparecida. As outras duas mulheres cujos corpos foram encontrados no quintal da residência dos suspeitos em Garanhuns são Giselly Helena da Silva e Alexandra Falcão.
A polícia de Garanhuns chegou à casa de Jorge e suas duas mulheres depois de identificá-lo comprando material de construção em uma loja da cidade com o cartão de crédito de Giselly, mais de duas semanas após o desaparecimento da jovem. Inicialmente, eles negaram qualquer crime. Mas o delegado de Garanhuns, Wesley Fernandes, mostrou a foto de Giselly para a criança de 5 anos apresentada como filha de Jorge. A menina, possivelmente filha da primeira vítima, apontou no quintal o local onde a jovem foi enterrada. Na cova rasa, outro corpo foi descoberto.
Também contribuíram para as investigações o livro Relato de um esquizofrênico, escrito por Jorge. No documento, há detalhes de como as vítimas eram atraídas por propostas de emprego, mortas e esquartejadas. Há ainda relatos de que partes dos corpos foram servidas aos três em um ritual.
O chefe da DHPP disse que ainda não pensa em pedir exame de sanidade mental para nenhum dos três. Ele acredita que o teste possa servir para defesa dos investigados e, por isso, será pedido em outra fase do processo.
COPIADO : http://noticias.terra.com.br

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