Às vezes não existe nada melhor do que uma boa dose de paciência

País - Sociedade Aberta


Jornal do BrasilVitor Sapienza*
Faz alguns dias, recebi um e-mail diferente. Uma eleitora relatava sua satisfação com uma de nossas iniciativas. Mas, até aí nenhuma novidade. O que chamou a minha atenção, na mensagem recebida, está relacionada com uma pequena historinha, que passo a contar:
“Moisés encontrou-se com Jesus Cristo no céu e o convidou para uma partida de golfe. Caminhando em direção ao clube, eis que passa por eles um velhinho. Moisés convidou o senhorzinho para participar do jogo.  Moisés dá a primeira tacada e a bolinha cai no meio do lago. Repetindo o feito bíblico do Mar Vermelho, ele abriu as águas, deu mais uma tacada e acertou o buraco.
Jesus, por sua vez, acertou a bolinha numa vitória régia, planta gigante facilmente encontrada na Amazônia, que também estava no lago. Assim como Moisés, Jesus repetiu uma passagem bíblica e, passando por cima das águas, chegou até a planta para dar sua segunda tacada. Certeira, ela atingiu o objetivo: entrou no buraco.
Em sua vez de jogar, o velhinho bateu tão forte na pequena bola que esta foi parar fora do clube, onde passava um sapo que, não pensou duas vezes e a engoliu. Uma cobra, que passava pelas adjacências abocanhou o sapo. Para piorar a situação, uma águia avistou a cobra e a capturou. O peso era tanto que a águia não aguentou: soltou a cobra em queda livre. Ao cair, a cobra expeliu o sapo que, por sua vez, liberou a bola que havia engolido e esta entrou no buraco.
Surpreso com o que viu, Moisés comentou: "Com o seu Pai não dá para jogar".
O meu objetivo não é dar lição de moral para ninguém. Também não quero pregar religiosidade, afinal sou católico e possuo amigos, com quem mantenho estreitos laços de amizade, e funcionários que professam as mais diversas religiões. A atitude dessa eleitora, de colocar numa mensagem essa historinha, me levou a refletir. Gostaria que vocês fizessem o mesmo. Quantas vezes, na vida profissional, nas relações pessoais, nas finanças, no futebol, na economia e, porque não, na política, esperamos que as coisas aconteçam no momento em que nós achamos oportuno?
Trato frequentemente da situação econômica do nosso país. Os empresários esperam que a equipe econômica do governo federal atue da forma que julgam importante, mas nem sempre isso acontece. De modo muito particular, espero que o Palmeiras não seja rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, mas isso não depende apenas do empenho dos jogadores e da força de vontade dos torcedores.
Nos dois exemplos que citei aqui, todos nós podemos fazer a nossa parte. Não devemos ser omissos, mas quem precisa querer que as coisas aconteçam. Acima de todos nós, é Deus, independentemente da forma que nós gostaríamos que fosse.
*Vitor Sapienza, deputado estadual (PPS), é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação, economista e agente fiscal de rendas aposentado. - www.vitorsapienza.com.br 

http://www.jb.com.br/sociedade-aberta

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...