24/10/2012 19h58
- Atualizado em
24/10/2012 20h09
Universidade Federal do RN divulga mudanças no edital do vestibular 2013
Alterações obedecem à lei de cotas sancionada em 15 de outubro.
12,5% das vagas serão destinadas aos estudantes da rede pública.
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Os vestibulandos que cursaram o ensino médio na rede pública terão a reserva de 12,5 das vagas, que também levará em consideração a renda e a raça destes candidatos. Contudo, os estudantes terão que atingir a pontuação mínima exigida para cada curso.
Das 3.015 vagas oferecidas pelo vestibular, 12,5% serão destinadas aos alunos que estudaram o ensino médio na rede pública. Até então, a inclusão na UFRN se dava por meio do argumento de inclusão, que foi substituído pelo sistema de cotas.
O sistema de cotas também é racial e social. Das vagas reservadas aos candidatos de escola pública, parte será destinada aos vestibulandos declarados como negro, pardo ou de origem indígena. A renda per capta também será analisada.
Como o edital do vestibular 2012 foi publicado antes da determinação da presidente Dilma Russeff, os candidatos irão declarar a raça, a renda e onde cursou o ensino médio, no último dia de provas. O concurso acontece de 25 a 27 de novembro.
“Todas as mudanças estarão explicadas em uma cartilha a ser entregue no primeiro dia de provas. Depois de analisá-la, só no último dia os candidatos irão preencher o formulário, indicando se estão enquadrados ou não no benefício das cotas”, acrescentou Magda Pinheiro.
Mesmo com o sistema de cotas os candidatos devem fazer a pontuação mínima do concurso. O edital do vestibular, que deu início às inscrições, explica que cada curso possui ponto de corte na primeira fase, e na segunda, um argumento mínimo a ser atingido.
“Quem não atingir a pontuação mínima, não será beneficiado pelo sistema de cotas. Desta forma, se sobrar vagas, estas serão aproveitas por outros candidatos”, frisou a reitora.
Para exemplificar o sistema de cotas, o G1 mostra o exemplo o curso mais concorrido da UFRN, o de medicina. Veja no esquema abaixo.
“Do vestibular devemos ter 420 aprovados pelo sistema de cotas. Número que será somado aos egressos de escolas públicas aprovados no Enem, que possui o próprio sistema de cotas. Com isso, ganha o aluno de escola pública. As últimas pesquisas apontaram que 87% dos estudantes brasileiros estão na rede pública, então nada mais justo que eles tenham acesso ao ensino superior”, defendeu a reitora.
Para manter o nível dos profissionais a UFRN possui programas para acompanhar os alunos cotistas, com bolsas de pesquisa, auxílios e projetos específicos. Visando ampliar a assistência, a UFRN está em busca de mais recursos para a instituição.
“Já fomos à Brasília para garantir mais investimento. Estou certa de que as cotas só trará benefícios. Estimulará os alunos a estudar mais, pois o acesso à Universidade está democrático. E quanto ao nível dos profissionais que saem da UFRN, posso responder com o exemplo de uma aluna de medicina. Ela entrou com o argumento de inclusão e foi a laureada da turma, tendo notas superiores a todos os colegas de classe”, concluiu Ângela Maria Paiva.COPIADO http://g1.globo.com
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