Universidade Federal do RN divulga mudanças no edital do vestibular 2013

24/10/2012 19h58 - Atualizado em 24/10/2012 20h09

Universidade Federal do RN divulga mudanças no edital do vestibular 2013

Alterações obedecem à lei de cotas sancionada em 15 de outubro.
12,5% das vagas serão destinadas aos estudantes da rede pública.

Caroline Holder Do G1 RN
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O ingresso nas Universidades Federais do Brasil deve obedecer, já este ano, à lei de cotas, publicada no Diário Oficial da União em 15 de outubro. Com essa decisão, tomada pela Presidência da República, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) teve que se adequar, substituindo o argumento de inclusão pelas cotas social e racial. A mudança alterou o edital do vestibular 2013.
Os vestibulandos que cursaram o ensino médio na rede pública terão a reserva de 12,5 das vagas, que também levará em consideração a renda e a raça destes candidatos. Contudo, os estudantes terão que atingir a pontuação mínima exigida para cada curso.
Das 3.015 vagas oferecidas pelo vestibular, 12,5% serão destinadas aos alunos que estudaram o ensino médio na rede pública. Até então, a inclusão na UFRN se dava por meio do argumento de inclusão, que foi substituído pelo sistema de cotas.
Reitora UFRN (Foto: Caroline Holder/ G1)Reitora UFRN (Foto: Caroline Holder/ G1)
“O número de estudantes beneficiados com o sistema de cotas será praticamente o mesmo que vinha sendo atendido pelo extinto argumento de inclusão. Em 2011 tivemos exatamente 12,5 de vagas ocupadas por egressos da rede pública de ensino, o que correspondeu a 770 universitários”, enfatizou Ângela Maria Paiva, reitora da UFRN.
O sistema de cotas também é racial e social. Das vagas reservadas aos candidatos de escola pública, parte será destinada aos vestibulandos declarados como negro, pardo ou de origem indígena. A renda per capta também será analisada.
Presidente da Comperve (Foto: Caroline Holder/ G1)Presidente da Comperve (Foto: Caroline Holder/ G1)
“Terá mais chance de ingressar na UFRN quem estudou em escola pública, é negro, pardo ou índio, e tem renda per capta inferior a 1,5 salário mínimo”, ilustrou Magda Pinheiro, presidente da Comperve.
Como o edital do vestibular 2012 foi publicado antes da determinação da presidente Dilma Russeff, os candidatos irão declarar a raça, a renda e onde cursou o ensino médio, no último dia de provas. O concurso acontece de 25 a 27 de novembro.
“Todas as mudanças estarão explicadas em uma cartilha a ser entregue no primeiro dia de provas. Depois de analisá-la, só no último dia os candidatos irão preencher o formulário, indicando se estão enquadrados ou não no benefício das cotas”, acrescentou Magda Pinheiro.
Mesmo com o sistema de cotas os candidatos devem fazer a pontuação mínima do concurso. O edital do vestibular, que deu início às inscrições, explica que cada curso possui ponto de corte na primeira fase, e na segunda, um argumento mínimo a ser atingido.
“Quem não atingir a pontuação mínima, não será beneficiado pelo sistema de cotas. Desta forma, se sobrar vagas, estas serão aproveitas por outros candidatos”, frisou a reitora.
Para exemplificar o sistema de cotas, o G1 mostra o exemplo o curso mais concorrido da UFRN, o de medicina. Veja no esquema abaixo.
Exemplo (Foto: UFRN)Aplicação das cotas exemplificada  pela UFRN
Para o ano de 2013 a UFRN está oferecendo 6.030 vagas. O acesso a metade destas será feito por meio do Enem. O restante, 3.015, será destinado ao vestibular,  cujo sistema de cotas será aplicado.
“Do vestibular devemos ter 420 aprovados pelo sistema de cotas. Número que será somado aos egressos de escolas públicas  aprovados no Enem, que possui o próprio sistema de cotas. Com isso, ganha o aluno de escola pública. As últimas pesquisas apontaram que 87% dos estudantes brasileiros estão na rede pública, então nada mais justo que eles tenham acesso ao ensino superior”, defendeu a reitora.
Para manter o nível dos profissionais a UFRN possui programas para acompanhar os alunos cotistas, com bolsas de pesquisa, auxílios e projetos específicos. Visando ampliar a assistência, a UFRN está em busca de mais recursos para a instituição.
“Já fomos à Brasília para garantir mais investimento. Estou certa de que as cotas só trará benefícios. Estimulará os alunos a estudar mais, pois o acesso à Universidade está democrático. E quanto ao nível dos profissionais que saem da UFRN, posso responder com o exemplo de uma aluna de medicina. Ela entrou com o argumento de inclusão e foi a laureada da turma, tendo notas superiores a todos os colegas de classe”, concluiu Ângela Maria Paiva.COPIADO  http://g1.globo.com

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