OSCE denuncia recuo da democracia na Ucrânia

OSCE denuncia recuo da democracia na Ucrânia

OSCE denuncia recuo da democracia na Ucrânia

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) denunciou hoje um recuo da democracia na Ucrânia depois das eleições legislativas de domingo, que foram realizadas na ausência da ex-líder...

Partido do Presidente vence legislativas


por Lusa e AFP-Aldara Rodrigues e Patrícia ViegasHoje
OSCE denuncia recuo da democracia na Ucrânia
Fotografia © Gleb Garanich/Reuters
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) denunciou hoje um recuo da democracia na Ucrânia depois das eleições legislativas de domingo, que foram realizadas na ausência da ex-líder da oposição Iulia Timochenko, que está presa, depois de ter sido condenada a sete anos de prisão.
"Tendo em conta os abusos de poder e o papel excessivo do dinheiro nestas eleições, parece que os progressos democráticos observados ultimamente na Ucrânia recuam", declarou uma representante da OSCE, Walburga Hbasburg Douglas, num comunicado citado pela AFP.
"Não deveríamos ter que ir à cadeia para encontrar as grane figuras políticas do país", acrescentou, numa altura em que a OSCE denunciou o uso abusivo de recursos administrativos,a falta de transparência durante a campanha e no financiamento dos partidos, bem como o desiquilíbrio na cobertura mediática.
A Ucrânia votou este domingo para escolher 450 deputados. O partido do poder na Ucrânia reclamou hoje a vitória nas legislativas quando estão contados 50% dos votos relativos aos mandatos de representação proporcional (225 em 450), indicou a comissão eleitoral ucraniana.
O Partido das Regiões obteve 35% dos votos, contra os 22% da aliança Batkivchtchina [pró-antiga primeira-ministra Iulia Timochenko], segundo os resultados preliminares divulgados pela comissão eleitoral.
O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, disse que o Partido das Regiões deverá conquistar a maioria dos lugares no novo parlamento.
Os comunistas estão em terceiro lugar, com 15% dos votos, seguidos do partido Udar, do pugilista Vitali Klitschko, com 13%, e da formação nacionalista Svoboda, com 8%, acrescentou.
O Partido das Regiões, do presidente Viktor Yanukovitch, deverá também assegurar pelo menos 114 deputados dos outros 225 eleitos por ciclos uninominais, de acordo com análises iniciais dos resultados.
Os resultados da contagem dos círculos eleitorais de representação proporcional, que podem ainda registar alterações, apontam para números diferentes das sondagens pré-eleitorais.
Uma sondagem do grupo independente National Exit Poll dava ao Partido das Regiões 28 por cento dos votos, 25% à aliança Batkivchtchina e 15 por cento ao Udar.
"Esperamos que o Partido das Regiões tenha a maioria no novo parlamento", disse à imprensa o primeiro-ministro Azarov.
A taxa de participação no ato eleitoral foi de 58%, de acordo com a comissão eleitoral da Ucrânia, pais que se situa se entra a Rússia e a União Europeia.
Estas foram as primeiras eleições importantes na Ucrânia desde 2010, quando Timochenko, uma das líderes da "revolução laranja", perdeu as eleições presidenciais para Viktor Yanukovitch.
Moscovo está atento a sinais de que Kiev pode deixar a esfera de influência russa, enquanto Bruxelas insiste no cumprimento estrito dos padrões democráticos para o país se juntar à união, tal como o governo ucraniano insiste que quer fazer.
Lulia Timochenko, de 51 anos, foi presa em agosto de 2011 e condenada a sete anos de prisão por abuso de poder, em outubro do mesmo ano. Apoiantes e Ocidente veem esta sentença como uma vingança política de Yanukovitch.
A antiga primeira-ministra, atualmente fora da prisão a receber tratamento hospitalar, votou acamada, na presença de dois observadores internacionais.COPIADO http://www.dn.pt/inicio/globo/

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