26/08/2013 - 15:47
PARIS (AFP)
Caso gases neurotóxicos tenham sido utilizados na quarta-feira
passada nas proximidades de Damasco, os inspetores da ONU deverão
facilmente encontrar vestígios e identificá-los, mas, para isso, é
preciso conseguir amostras do local do suposto ataque e das vítimas,
afirmam especialistas entrevistados pela AFP.
"Isso não deverá ser um problema, especialmente se forem moléculas do tipo sarin ou outras já conhecidas", acredita Pascal Klintz, toxicologista e perito forense francês.
"Se os inspetores da ONU fizeram a coleta correta, de sangue, urina, de tecido adiposo onde a substância tóxica de fixa, e também na roupa, não haverá dificuldade de análise neste tipo de investigação, mesmo após um período particularmente longo", assegurou à AFP.
Até cinco dias após o suposto ataque, "há boas chances de encontrar sarin e seus derivados no chão, munições e em fluidos corporais, como sangue e urina", acrescenta o Dr. Alastair Hay, especialista em toxicologia da Universidade britânica de Leeds.
"Em alguns indivíduos, que foram gravemente intoxicados, você ainda pode encontrar vestígios de sarin até seis semanas após a exposição", diz o Dr. Hay, que estuda os efeitos das armas químicas há mais de trinta anos.
"No meio ambiente, a margem é muito mais importante. Durante uma investigação que realizei no Curdistão iraquiano, encontramos quatro anos mais tarde, gás mostarda, gás neurotóxico e seus derivados no solo coletado onde a munição tinha explodido", insiste o especialista britânico.
Tudo irá depender, portanto, da flexibilidade que irão beneficiar os especialistas internacionais na Síria para realizar suas investigações.
Eles deverão "poder visitar os locais que determinarem, conhecer e entrevistar todas as partes (governo e rebeldes, médicos e vítimas), realizar exames e recolher amostras de pessoas falecidas" , explica Patrice Binder, ex-inspetor-geral dos Serviços de Saúde do exército francês e especialista em armas químicas.
"Se tiverem livre acesso à área, e puderem fazer o que pretendem, acredito que terão boas chances de encontrar evidências que nos permita entender melhor o que aconteceu", afirma Ralf Trapp, um consultor independente que foi perito entre 1998 e 2006 da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) em Haia.
Para ele, o ideal seria que os investigadores da ONU analisassem as cratera deixadas pelas explosões de fragmentos de munições, o que lhes permitiria não só determinar se continham armas químicas, mas também de que arsenal podem originar.
"Se forem mísseis ou bombas de aviação, a responsabilidade do governo sírio será claramente estabelecido. Se forem obuses de morteiro, será necessário determinar a trajetória dos obuses e saber que detinha a posição (governo ou rebeldes) de onde foram lançados os projéteis", explica Olivier Lepick, especialista em armas químicas e biológicas e pesquisador da Fundação de Pesquisa Estratégica.
"Isso não deverá ser um problema, especialmente se forem moléculas do tipo sarin ou outras já conhecidas", acredita Pascal Klintz, toxicologista e perito forense francês.
"Se os inspetores da ONU fizeram a coleta correta, de sangue, urina, de tecido adiposo onde a substância tóxica de fixa, e também na roupa, não haverá dificuldade de análise neste tipo de investigação, mesmo após um período particularmente longo", assegurou à AFP.
Até cinco dias após o suposto ataque, "há boas chances de encontrar sarin e seus derivados no chão, munições e em fluidos corporais, como sangue e urina", acrescenta o Dr. Alastair Hay, especialista em toxicologia da Universidade britânica de Leeds.
"Em alguns indivíduos, que foram gravemente intoxicados, você ainda pode encontrar vestígios de sarin até seis semanas após a exposição", diz o Dr. Hay, que estuda os efeitos das armas químicas há mais de trinta anos.
"No meio ambiente, a margem é muito mais importante. Durante uma investigação que realizei no Curdistão iraquiano, encontramos quatro anos mais tarde, gás mostarda, gás neurotóxico e seus derivados no solo coletado onde a munição tinha explodido", insiste o especialista britânico.
Tudo irá depender, portanto, da flexibilidade que irão beneficiar os especialistas internacionais na Síria para realizar suas investigações.
Eles deverão "poder visitar os locais que determinarem, conhecer e entrevistar todas as partes (governo e rebeldes, médicos e vítimas), realizar exames e recolher amostras de pessoas falecidas" , explica Patrice Binder, ex-inspetor-geral dos Serviços de Saúde do exército francês e especialista em armas químicas.
"Se tiverem livre acesso à área, e puderem fazer o que pretendem, acredito que terão boas chances de encontrar evidências que nos permita entender melhor o que aconteceu", afirma Ralf Trapp, um consultor independente que foi perito entre 1998 e 2006 da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) em Haia.
Para ele, o ideal seria que os investigadores da ONU analisassem as cratera deixadas pelas explosões de fragmentos de munições, o que lhes permitiria não só determinar se continham armas químicas, mas também de que arsenal podem originar.
"Se forem mísseis ou bombas de aviação, a responsabilidade do governo sírio será claramente estabelecido. Se forem obuses de morteiro, será necessário determinar a trajetória dos obuses e saber que detinha a posição (governo ou rebeldes) de onde foram lançados os projéteis", explica Olivier Lepick, especialista em armas químicas e biológicas e pesquisador da Fundação de Pesquisa Estratégica.
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