Portugal
pagou mais de mil milhões de euros em juros com o programa de
assistência financeira, sendo que o montante total destes encargos
superou a barreira dos 7 mil milhões em 2012.
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por Tiago Figueiredo SilvaHoje
Portugal
pagou mais de mil milhões de euros em juros com o programa de
assistência financeira, sendo que o montante total destes encargos
superou a barreira dos 7 mil milhões em 2012.
Os números surgem no relatório anual de 2012 do IGCP, segundo o qual "os encargos com juros dos empréstimos obtidos no âmbito do PAEF ascenderam a 1,08 mil milhões de euros e os outros custos associados a estes empréstimos cifraram-se em 91 milhões de euros".
Os números surgem no relatório anual de 2012 do IGCP, segundo o qual "os encargos com juros dos empréstimos obtidos no âmbito do PAEF ascenderam a 1,08 mil milhões de euros e os outros custos associados a estes empréstimos cifraram-se em 91 milhões de euros".
O relatório anual do IGCP revela que o país pagou no ano
passado um montante recorde de mais de 7 mil milhões de euros em juros
Portugal pagou 1,1 mil milhões de euros em juros à troika em 2012
João Moreira Rato, IGCP
Steven Governo
Steven Governo
Portugal pagou mais de mil milhões de euros em
juros com o programa de assistência financeira, sendo que o montante
total destes encargos superou a barreira dos 7 mil milhões em 2012.Os
números surgem no relatório anual de 2012 do IGCP, segundo o qual "os
encargos com juros dos empréstimos obtidos no âmbito do PAEF ascenderam a
1,08 mil milhões de euros e os outros custos associados a estes
empréstimos cifraram-se em 91 milhões de euros".
O instituto que gere a dívida pública adianta que "em 2012, os encargos correntes da dívida direta do Estado totalizaram 7,13 mil milhões de euros, dos quais 7,02 mil milhões dizem respeito a juros pagos e 115 milhões a outros encargos".
O IGCP considera ainda que "o ano de 2012 foi também importante no planeamento de uma estratégia de regresso ao mercado de dívida de médio e longo prazo, que se prevê possa ser consolidada em 2013".
Segundo o organismo liderado por João Moreira Rato, a estratégia passa "sobretudo por conquistar uma nova base de investidores para a dívida pública portuguesa, tendo em consideração os constrangimentos inerentes ao facto da República ter agora um rating sub-investment grade".
Nesse sentido, "torna-se crucial procurar ativamente novos investidores, em novos mercados, de forma a substituir a base de investidores tradicional, que foi, em grande medida, forçada a reduzir, ou mesmo fechar, as suas posições em dívida portuguesa, no seguimento dos sucessivos downgrades do rating da República Portuguesa".
Bancos portugueses entre os melhores participantes
O instituto que gere a dívida pública adianta que "em 2012, os encargos correntes da dívida direta do Estado totalizaram 7,13 mil milhões de euros, dos quais 7,02 mil milhões dizem respeito a juros pagos e 115 milhões a outros encargos".
O IGCP considera ainda que "o ano de 2012 foi também importante no planeamento de uma estratégia de regresso ao mercado de dívida de médio e longo prazo, que se prevê possa ser consolidada em 2013".
Segundo o organismo liderado por João Moreira Rato, a estratégia passa "sobretudo por conquistar uma nova base de investidores para a dívida pública portuguesa, tendo em consideração os constrangimentos inerentes ao facto da República ter agora um rating sub-investment grade".
Nesse sentido, "torna-se crucial procurar ativamente novos investidores, em novos mercados, de forma a substituir a base de investidores tradicional, que foi, em grande medida, forçada a reduzir, ou mesmo fechar, as suas posições em dívida portuguesa, no seguimento dos sucessivos downgrades do rating da República Portuguesa".
Bancos portugueses entre os melhores participantes
Apesar do financiamento em mercado primário se ter
concentrado, no ano de 2012, em leilões de BT, o IGCP salienta a
prestação dos primary dealers enquanto canal de distribuição do mercado
primário e de fornecedores de preços de referência e liquidez em mercado
secundário.
Nesse sentido, o grupo de Operadoradores Especializados em Valores do Tesouro (OEVT ) não se alterou ao longo de 2012 – 2 bancos domésticos em 18 – com destaque para o BES que surge na primeira posição e o Caixa BI no quarto lugar.
Já para o grupo de Especialista em Bilhetes do Tesouro (EBT) entrou o Banco BPI em 2012, passando o grupo a incluir 4 bancos domésticos num total de 19 especialistas neste segmento de mercado. Em 2012, este grupo foi liderado pela CGD, com o BES na terceira posição seguido pelo BCP no quarto lugar.
Financiamento do PAEF e de BT
O IGCP adianta que o valor nominal dos desembolsos do PAEF em 2012 foi de 28,5 mil milhões de euros (dos quais mil milhões de euros para refinanciar um empréstimo intercalar de curto prazo realizado no final de 2011), apresentando uma maturidade média próxima de 15 anos e a uma taxa média de 3% face aos cerca de 4% em 2011.
O instituto sublinha que foram emitidos um total de 26,8 mil milhões de euros em BT ao longo do ano de 2012 dos quais 12,3 mil milhões só no primeiro trimestre. "A melhoria das condições de mercado registou-se também neste instrumento levando a um custo de financiamento gradualmente inferior e para prazos superiores".
Certificados contribuem negativamente
Nesse sentido, o grupo de Operadoradores Especializados em Valores do Tesouro (OEVT ) não se alterou ao longo de 2012 – 2 bancos domésticos em 18 – com destaque para o BES que surge na primeira posição e o Caixa BI no quarto lugar.
Já para o grupo de Especialista em Bilhetes do Tesouro (EBT) entrou o Banco BPI em 2012, passando o grupo a incluir 4 bancos domésticos num total de 19 especialistas neste segmento de mercado. Em 2012, este grupo foi liderado pela CGD, com o BES na terceira posição seguido pelo BCP no quarto lugar.
Financiamento do PAEF e de BT
O IGCP adianta que o valor nominal dos desembolsos do PAEF em 2012 foi de 28,5 mil milhões de euros (dos quais mil milhões de euros para refinanciar um empréstimo intercalar de curto prazo realizado no final de 2011), apresentando uma maturidade média próxima de 15 anos e a uma taxa média de 3% face aos cerca de 4% em 2011.
O instituto sublinha que foram emitidos um total de 26,8 mil milhões de euros em BT ao longo do ano de 2012 dos quais 12,3 mil milhões só no primeiro trimestre. "A melhoria das condições de mercado registou-se também neste instrumento levando a um custo de financiamento gradualmente inferior e para prazos superiores".
Certificados contribuem negativamente
Em 2012, tal como observado desde 2008, as emissões
de instrumentos de retalho voltou a ter um contributo negativo para a
composição do financiamento.
No caso dos certificados de aforro (CA), a evolução traduziu-se numa redução do saldo de 1,72 mil milhões de euros, verificando-se, ainda assim, uma atenuação do ritmo de queda face a 2011, sobretudo a partir de setembro, quando as condições de remuneração foram alteradas.
Por sua vez, as subscrições líquidas de certificados do Tesouro (CT) situaram-se em pouco mais de 100 milhões de euros no total do ano, tendo-se optado por suspender as novas subscrições deste produto, dada o pouco sucesso revelado pelo produto desde a sua criação em 2010.
Há 13 anos que peso das OT na carteira de dívida do Estado não era tão baixo
No que se refere à evolução da estrutura da dívida por instrumento verificou-se um aumento da importância do PAEF, com um incremento de 11,9 pontos percentuais, para 32,4% no final do ano, ao passo que as OT continuaram a registar uma redução da sua percentagem no total da dívida, evoluindo de 59,5% para 48,1%.
Assim, as OT passaram a representar menos de metade da carteira no final do ano, o que sucede pela primeira vez desde 1999.
Os instrumentos de curto prazo, contrariando o observado no ano transato, registaram um aumento da sua percentagem relativa na composição do financiamento anual, ao passar de 9,8% para 12,5%.
"Grande parte deste incremento refletiu a estratégia de financiamento seguida ao longo de 2012 de combinar o financiamento via PAEF com a emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros, explorando, nomeadamente, a emissão de BT ao longo de toda a curva, tendo mesmo ocorrido uma extensão da maturidade máxima deste instrumento de 12 para 18 meses", justifica o IGCP.
Os certificados de aforro também perderam representatividade, com o seu
peso na carteira a fixar-se em 5%, o que compara com 6,5% no final de
2011. Por sua vez, a percentagem dos certificados do Tesouro na carteira
total da dívida manteve-se estável em 0,7%, pelo que no seu conjunto os
instrumentos de dívida de retalho viram o seu peso no total de dívida
diminuir de 7,3 para 5,7% em 2012.No caso dos certificados de aforro (CA), a evolução traduziu-se numa redução do saldo de 1,72 mil milhões de euros, verificando-se, ainda assim, uma atenuação do ritmo de queda face a 2011, sobretudo a partir de setembro, quando as condições de remuneração foram alteradas.
Por sua vez, as subscrições líquidas de certificados do Tesouro (CT) situaram-se em pouco mais de 100 milhões de euros no total do ano, tendo-se optado por suspender as novas subscrições deste produto, dada o pouco sucesso revelado pelo produto desde a sua criação em 2010.
Há 13 anos que peso das OT na carteira de dívida do Estado não era tão baixo
No que se refere à evolução da estrutura da dívida por instrumento verificou-se um aumento da importância do PAEF, com um incremento de 11,9 pontos percentuais, para 32,4% no final do ano, ao passo que as OT continuaram a registar uma redução da sua percentagem no total da dívida, evoluindo de 59,5% para 48,1%.
Assim, as OT passaram a representar menos de metade da carteira no final do ano, o que sucede pela primeira vez desde 1999.
Os instrumentos de curto prazo, contrariando o observado no ano transato, registaram um aumento da sua percentagem relativa na composição do financiamento anual, ao passar de 9,8% para 12,5%.
"Grande parte deste incremento refletiu a estratégia de financiamento seguida ao longo de 2012 de combinar o financiamento via PAEF com a emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros, explorando, nomeadamente, a emissão de BT ao longo de toda a curva, tendo mesmo ocorrido uma extensão da maturidade máxima deste instrumento de 12 para 18 meses", justifica o IGCP.
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