30/09/2013 - 17:34
Inspetores da OPAQ perto de iniciar plano de destruição de arsenal químico sírio
Damasco (AFP)
Os inspetores encarregados de supervisionar a destruição do arsenal
químico da Síria são esperados na terça-feira em Damasco, de onde saíram
nesta segunda-feira os especialistas da ONU que investigam o suposto
uso de armas químicas no conflito.
.
Mas novas divergências entre russos e ocidentais no Conselho de Segurança poderiam comprometer o andamento dos trabalhos.
Nesta segunda-feira, o Conselho deve analisar um projeto de declaração pedindo a Damasco para facilitar o acesso à população pelas agências humanitárias da ONU.
No campo de batalha, os ataques aéreos do regime prosseguem sobre posições rebeldes nas províncias de Homs (centro) e Aleppo (norte), enquanto um carro-bomba "matou e feriu uma dezena de membros das forças de Assad" em uma barreira ao oeste de Damasco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os seis especialistas em armas químicas da ONU deixaram a Síria nesta segunda-feira, ao fim da investigação sobre a suposta utilização deste tipo de armamento em sete locais perto de Damasco e no norte do país.
Os especialistas, liderados por Aake Sellström, já haviam investigado um ataque com armas químicas em 21 de agosto, perto de Damasco, que provocou quase 1.500 mortes, segundo Washington. Em seu relatório, publicado em meados de setembro, eles destacaram o uso de gás sarin em larga escala no ataque, sem apontar os responsáveis.
Durante a atual missão, os especialistas "receberam vários documentos e amostras e realizaram várias entrevistas", segundo a ONU.
1.000 toneladas de armas químicas
Os especialistas da ONU abrem espaço para um grupo de 20 inspetores da OPAQ, que desembarcaram nesta segunda-feira em Beirute, antes de viajar para Damasco na terça-feira para inspecionar locais de produção e armazenamento de armas químicas na Síria.
"Até o momento, não temos razões para duvidar das informações fornecidas pelo regime sírio", declarou um funcionário da OPAQ.
Damasco forneceu à OPAQ em 19 de setembro uma lista de locais de produção e de armazenamento de seu arsenal, como parte de um acordo russo-americano de desarmamento químico da Síria.
De acordo com especialistas, a Síria tem mais de 1.000 toneladas de armas químicas, incluindo gás sarin e mostarda.
.
A resolução também cobra a realização de uma conferência internacional em Genebra para decidir uma solução política para o conflito.
Assad, no entanto, disse que a Europa não tem a capacidade necessária para desemprenhar um papel-chave nas negociações de paz sobre a Síria.
"Sinceramente, a maioria dos países europeus não tem a capacidade de desemprenhar um papel na Genebra 2 (conferência de paz sobre a Síria), já que não possui o que é necessário para ter sucesso neste papel", afirmou.
Quanto a oposição, Assad ressaltou que para ele, "os homens armados são terroristas".
"Não importa qual partido político participe da conferência de Genebra, mas não podemos, por exemplo, conversar com organizações ligadas à Al-Qaeda ou com terroristas. Não podemos negociar com pessoas que pedem uma intervenção militar na Síria", declarou, em referência à Coalizão Nacional de oposição síria.
Outro ponto que pode dificultar os próximos passos é o projeto de "declaração da presidência" proposto por Luxemburgo e Austrália.
Ele prevê autorizar comboios de ajuda a partir de países vizinhos. Segundo diplomatas, a Rússia pode se opor, já que a ajuda chegaria diretamente à oposição.
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Mas novas divergências entre russos e ocidentais no Conselho de Segurança poderiam comprometer o andamento dos trabalhos.
Nesta segunda-feira, o Conselho deve analisar um projeto de declaração pedindo a Damasco para facilitar o acesso à população pelas agências humanitárias da ONU.
No campo de batalha, os ataques aéreos do regime prosseguem sobre posições rebeldes nas províncias de Homs (centro) e Aleppo (norte), enquanto um carro-bomba "matou e feriu uma dezena de membros das forças de Assad" em uma barreira ao oeste de Damasco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os seis especialistas em armas químicas da ONU deixaram a Síria nesta segunda-feira, ao fim da investigação sobre a suposta utilização deste tipo de armamento em sete locais perto de Damasco e no norte do país.
Os especialistas, liderados por Aake Sellström, já haviam investigado um ataque com armas químicas em 21 de agosto, perto de Damasco, que provocou quase 1.500 mortes, segundo Washington. Em seu relatório, publicado em meados de setembro, eles destacaram o uso de gás sarin em larga escala no ataque, sem apontar os responsáveis.
Durante a atual missão, os especialistas "receberam vários documentos e amostras e realizaram várias entrevistas", segundo a ONU.
1.000 toneladas de armas químicas
Os especialistas da ONU abrem espaço para um grupo de 20 inspetores da OPAQ, que desembarcaram nesta segunda-feira em Beirute, antes de viajar para Damasco na terça-feira para inspecionar locais de produção e armazenamento de armas químicas na Síria.
"Até o momento, não temos razões para duvidar das informações fornecidas pelo regime sírio", declarou um funcionário da OPAQ.
Damasco forneceu à OPAQ em 19 de setembro uma lista de locais de produção e de armazenamento de seu arsenal, como parte de um acordo russo-americano de desarmamento químico da Síria.
De acordo com especialistas, a Síria tem mais de 1.000 toneladas de armas químicas, incluindo gás sarin e mostarda.
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A resolução também cobra a realização de uma conferência internacional em Genebra para decidir uma solução política para o conflito.
Assad, no entanto, disse que a Europa não tem a capacidade necessária para desemprenhar um papel-chave nas negociações de paz sobre a Síria.
"Sinceramente, a maioria dos países europeus não tem a capacidade de desemprenhar um papel na Genebra 2 (conferência de paz sobre a Síria), já que não possui o que é necessário para ter sucesso neste papel", afirmou.
Quanto a oposição, Assad ressaltou que para ele, "os homens armados são terroristas".
"Não importa qual partido político participe da conferência de Genebra, mas não podemos, por exemplo, conversar com organizações ligadas à Al-Qaeda ou com terroristas. Não podemos negociar com pessoas que pedem uma intervenção militar na Síria", declarou, em referência à Coalizão Nacional de oposição síria.
Outro ponto que pode dificultar os próximos passos é o projeto de "declaração da presidência" proposto por Luxemburgo e Austrália.
Ele prevê autorizar comboios de ajuda a partir de países vizinhos. Segundo diplomatas, a Rússia pode se opor, já que a ajuda chegaria diretamente à oposição.
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