Estado Islâmico pediu cem milhões de euros para libertar o jornalista,
mas família queria negociar. Se pagasse, poderia ser acusada de
financiar o terrorismo. Operação de resgate em julho falhou porque...
- Jihadistas alertaram família de Foley antes de o decapitar
- Operação militar tentou libertar jornalista mas falhou
- Obama apela à erradicação de "cancro" 'jihadista'
- Mãe de jornalista decapitado pede libertação de reféns
- Jornalista norte-americano decapitado no Iraque
Família de Foley tentou pagar resgate, arriscando prisão
por Susana Salvador
Fotografia © Reuters
Estado Islâmico pediu cem milhões de euros para libertar o jornalista,
mas família queria negociar. Se pagasse, poderia ser acusada de
financiar o terrorismo. Operação de resgate em julho falhou porque os
reféns tinham sido mudados
A família do jornalista
norte-americano James Foley, que foi raptado em 2012 na Síria e morto
nesta semana pelo Estado Islâmico (EI), estava disposta a pagar um
resgate pela sua libertação e arriscar responder pelo crime de
financiamento ao terrorismo nos EUA. Os jihadistas pediram inicialmente
cem milhões de euros para libertar Foley, mas a família acreditava que
se conseguissem juntar cinco milhões de dólares (pouco menos de quatro
milhões de euros) isso seria suficiente.
"Estávamos a angariar
fundos, mas nunca houve negociações", disse o responsável pelo Global
Post, Philip Balboni, citado pelo jornal britânico The Telegraph. O site
era um dos órgãos de informação para o qual Foley trabalhava. Apesar de
ser ilegal transferir dinheiro para uma organização terrorista,
tornando ilegal também qualquer pagamento de resgate, a família estava
convencida - depois de procurar aconselhamento legal e contactar o
Governo - de que "não seria atirada para a prisão por tentar resgatar o
seu filho", acrescentou Balboni.
O EI entrou em contacto com a
família de Foley no outono, através de correio eletrónico, exigindo cem
milhões de euros de resgate - e a libertação de prisioneiros muçulmanos
detidos pelos EUA. Washington, tal como Londres, tem a política de não
negociar com terroristas, ao contrário de países como a França que,
negando fazê-lo, conseguiram a libertação dos seus reféns.
copiado http://www.dn.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário