A polícia espanhola recorreu a bastões para dispersar uma manifestação
com centenas de pessoas que protestavam contra a visita da chanceler
alemã Angela Merkel a Santiago de Compostela.
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Na Galiza
Polícia usa bastões para dispersar protesto anti-Merkel
por LusaHoje
Fotografia © EPA
A polícia espanhola recorreu a bastões para dispersar uma manifestação
com centenas de pessoas que protestavam contra a visita da chanceler
alemã Angela Merkel a Santiago de Compostela.
O delegado do governo na
Galiza, Samuel Juarez, disse à EFE que a manifestação, convocada pela
Confederação Intersindical Galega (CIG) e pelo Bloco Nacionalista Galego
(BNG), era ilegal.
Enquanto a chanceler alemã e o presidente do
governo espanhol se encontravam reunidos, centenas de pessoas
protestavam contra os cortes, tendo a polícia usado da força para
dispersar a multidão, o que fez com que vários manifestantes tenham
caído ao chão, incluindo o porta-voz municipal do BNG, atingido pela
polícia com um bastão.
O porta-voz parlamentar do BNG, Francisco
Jorquera, denunciou o que considerou "autêntico" cerco policial que
impediu o acesso de "muitos cidadãos", que tentavam mostrar indignação e
discordância em relação às políticas do presidente do governo espanhol,
Mariano Rajoy, e da chanceler alemã, Angela Merkel.
Os
manifestantes acabaram por desmobilizar depois do meio-dia (13:00 em
Lisboa), sob a palavra de ordem "O capitalismo é terrorismo".
Entretanto,
Samuel Juarez recordou, em declarações aos jornalistas, que é
necessário comunicar a realização dos protestos para que sejam
organizados os procedimentos de segurança.
"É apenas isso", afirmou Samuel Juarez acrescentando que se trata de uma questão "óbvia", mas que neste caso não aconteceu.
"O
mínimo que se pode pedir a um partido político parlamentar e a um
sindicato é que cumpram a lei", acrescentou o delegado do governo,
referindo-se às organizações que convocaram o protesto.
De acordo
com testemunhas, os polícias isolaram o local onde se encontravam
Mariano Rajoy e Angela Merkel, e impediram o acesso aos manifestantes
que, mesmo assim, tentaram forçar o acesso à Praça do Obradoiro,
defronte da catedral de Santiago de Compostela.
Os manifestantes
gritaram palavras de ordem como: "Liberdade de Expressão"; "Não pode
ser, os trabalhadores estão na prisão e os corruptos no poder" e "Mais
trabalho e menos polícia".
Durante o protesto ouviram-se também
palavras de ordem em alemão e um cartaz empunhado por emigrantes que
trabalharam na Alemanha tinha a inscrição: "A Europa deu-nos trabalho e a
Espanha rouba-nos as poupanças".De acordo com o representante do governo na Galiza encontravam-se no local cerca de 300 agentes da polícia.
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