Paulo Roberto Costa aceita acordo de delação premiada
Ex-diretor da Petrobras teme passar mais tempo na cadeia do que Marcos Valério e quer proteger a família
Paulo Roberto Costa aceita acordo de delação premiada
Ex-diretor da Petrobras teme passar mais tempo na cadeia do que Marcos Valério
Na última sexta-feira, a coluna 'Radar', do jornalista Lauro Jardim, antecipou a informação de que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou o acordo de delação premiada. Segundo a revista Veja, o alerta, feito por pessoas próximas, de que poderia passar mais tempo na cadeia do que o operador do mensalão, Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, foi um dos fatores que levou Paulo Roberto a optar pelo acordo. A decisão foi também influenciada pelo desejo de Costa de preservar sua família. Parentes do ex-diretor da estatal também se tornaram alvos da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
Horas antes de Costa se decidir por falar o que sabe de corrupção em negócios da Petrobras, a PF deflagrou a sexta fase da operação e vasculhou os endereços de treze empresas de consultoria, gestão e assessoria, todas situadas no Rio de Janeiro e ligadas a uma filha, Ariana Azevedo Costa Bachmann, a um genro, Humberto Sampaio Mesquita, e a um amigo dele, Marcelo Barboza.
>> MP confirma ligação da Operação Lava Jato com ex-diretor da Petrobras
Segundo a revista, Costa considera que não tem a menor chance de sair da prisão tão cedo. Se falar o que sabe muitos políticos poderão ser incriminados. Ele já afirmou a interlocutores, também como antecipou o jornalista Lauro Jardim, que "se disser o que sabe, não haverá eleição".
>> Brasil exige que Paulo Roberto Costa fale
Preso na sede da Superintendência Regional da PF em Curitiba (PR), ele se reuniu na sexta-feira com a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, especialista na condução de delações premiadas.
A revista Veja assinala que o acordo precisa ser submetido ao crivo do Ministério Público Federal e homologado pela Justiça Federal. Força-tarefa composta de seis procuradores, todos com ampla experiência em investigações sobre crimes financeiros, vai analisar o que Costa tem a oferecer e se isso justifica concessões. Celebrado o termo, o juiz homologa e aí começa a fase dos depoimentos. Costa é réu em duas ações criminais conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná. Ele é acusado por lavagem de dinheiro desviado da Petrobras e por suposta destruição de documentos. Outras ações deverão ser abertas. Se fizer delação pode neutralizar os efeitos de novas acusações.
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