O
executivo comunitário afirmou-se hoje "profundamente desgostoso"
perante o naufrágio de uma embarcação com 700 emigrantes, a 60 milhas da
consta da Líbia.
Bruxelas
exige ações "ousadas" e "imediatas" aos Estados-membros para resolver as
situações de "guerra e sofrimento" que estão na origem de tragédias
como as de hoje e "dos últimos dias e semanas".
"A realidade é dura e as nossas ações devem, portanto, ser ousadas.
Trata-se de vidas humanas que estão em jogo, e a União Europeia como um
todo tem a obrigação moral e humanitária de agir", afirma a Comissão
Europeia, num comunicado divulgado em Bruxelas.
O executivo
comunitário considera que "a única maneira de mudar verdadeiramente a
realidade é resolver a situação na raíz". E, enquanto houver "guerra e
sofrimento na vizinhança da UE, as pessoas vão continuar a procurar um
refúgio seguro nas costas europeias".
"Enquanto os países de
origem e de trânsito não tomarem medidas para evitar essas viagens
desesperadas, as pessoas vão continuar a colocar suas vidas em risco",
considera a Comissão.
Bruxelas entende que "grande parte da
abordagem" ao problemas deve ser o trabalho com "países terceiros". E
para tal está a ser programada " uma reunião conjunta dos ministros dos
Negócios Estrangeiros e da administração interna" dos 28 Estados-membros
da UE, com as instituições da UE, para se alcançar uma "resposta
europeia conjunta".
A Comissão
Europeia está atualmente a consultar com os Estados-membros, as agências
europeias e organizações internacionais, para preparar uma nova
estratégia de migração europeia, que "será adotada pela Comissão em
meados de maio".
"O que nós precisamos é de ações imediatas para
evitar mais perdas de vidas, bem como uma abordagem abrangente de melhor
gestão das migrações, em todos os seus aspectos", refere ainda o
comunicado.
copiado http://www.dn.pt/
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