15:57 - 23 de Abril de 2015
Josephine Witt tem
21 anos, uma ‘carreira’ de protesto indisciplinados, e na passada semana
foi protagonista de uma ação de protesto contra Mario Draghi,
governador do Banco Central Europeu. Em entrevista ao Observador, a
jovem diz que a forma de protesto que segue é a de “quebrar com a rotina
de mentiras”.
Mundo
DR
Hoje trazemos-lhe a história da ativista freelance, como
se apelida, que há dias causou o pânico durante uma conferência de
imprensa do Banco Central Europeu, ao atirar a Mario Draghi uma chuva de
papelinhos.
O seu nome é Josephine Witt, é responsável pelo ‘confettigate’, tem 21 anos, estuda filosofia. É natural de Hamburgo e filha de uma fisioterapeuta e de um empresário. Em entrevista ao Observador conta as motivações subjacentes ao seu ‘ataque’.
Com um par de frases-chave, a jovem ativista explica que “não queria dar a hipótese a Mario Draghi de ouvir ou não” e que esta foi a forma que encontrou para demonstrar que não concorda com o método como são escolhidos os líderes de instituições europeias que nos representam a todos.
“Temos de deixar de acreditar na retidão dos nossos líderes ilegítimos”, argumenta, acrescentando pouco depois que a sua forma de “protesto é conseguir quebrar a rotina de mentiras”, e que foi isso que pretendeu quando, depois de passar por diversas barreiras de segurança, deixou Draghi ‘aos papéis’.
“Eu sabia que, caso os fotógrafos conseguissem capturar a sua expressão facial, o protesto tornar-se-ia viral. Essa era a minha missão para aquele dia e soube bem ter conseguido cumpri-la. A minha forma de protesto é conseguir quebrar a rotina de mentiras e preenchê-la com um momento de verdade”, salienta.
“Pode soar a radical para si, mas posso ver claramente quantos de nós estamos presos a uma forma de pensar que aceita lideres não autorizados e assim trai os nossos valores democráticos mais básicos mesmo sem dar conta disso”, explica a estudante de filosofia.
Sobre a Grécia, esta jovem tem uma posição bastante sedimentada. Witt acredita que o ‘buraco grego’ não tem solução e “a realidade é que não vão receber o dinheiro de volta porque a maior parte nem sequer chegou à economia grega, foi diretamente para as mãos dos banqueiros”, lamenta, argumentando que o importante são as pessoas.
“Isto não é apenas um jogo de números, por trás dos números estão vidas. Há vidas postas em causa porque a Grécia não consegue pagar tratamentos a pessoas com cancro, por exemplo. Em vez disso, estão ocupados [os líderes europeus] a construir uma narrativa que divide países do norte de países do sul espalhando estereótipos racistas que nada têm a ver com a realidade”, conclui Josephine.
O seu nome é Josephine Witt, é responsável pelo ‘confettigate’, tem 21 anos, estuda filosofia. É natural de Hamburgo e filha de uma fisioterapeuta e de um empresário. Em entrevista ao Observador conta as motivações subjacentes ao seu ‘ataque’.
Com um par de frases-chave, a jovem ativista explica que “não queria dar a hipótese a Mario Draghi de ouvir ou não” e que esta foi a forma que encontrou para demonstrar que não concorda com o método como são escolhidos os líderes de instituições europeias que nos representam a todos.
“Temos de deixar de acreditar na retidão dos nossos líderes ilegítimos”, argumenta, acrescentando pouco depois que a sua forma de “protesto é conseguir quebrar a rotina de mentiras”, e que foi isso que pretendeu quando, depois de passar por diversas barreiras de segurança, deixou Draghi ‘aos papéis’.
“Eu sabia que, caso os fotógrafos conseguissem capturar a sua expressão facial, o protesto tornar-se-ia viral. Essa era a minha missão para aquele dia e soube bem ter conseguido cumpri-la. A minha forma de protesto é conseguir quebrar a rotina de mentiras e preenchê-la com um momento de verdade”, salienta.
“Pode soar a radical para si, mas posso ver claramente quantos de nós estamos presos a uma forma de pensar que aceita lideres não autorizados e assim trai os nossos valores democráticos mais básicos mesmo sem dar conta disso”, explica a estudante de filosofia.
Sobre a Grécia, esta jovem tem uma posição bastante sedimentada. Witt acredita que o ‘buraco grego’ não tem solução e “a realidade é que não vão receber o dinheiro de volta porque a maior parte nem sequer chegou à economia grega, foi diretamente para as mãos dos banqueiros”, lamenta, argumentando que o importante são as pessoas.
“Isto não é apenas um jogo de números, por trás dos números estão vidas. Há vidas postas em causa porque a Grécia não consegue pagar tratamentos a pessoas com cancro, por exemplo. Em vez disso, estão ocupados [os líderes europeus] a construir uma narrativa que divide países do norte de países do sul espalhando estereótipos racistas que nada têm a ver com a realidade”, conclui Josephine.
copiado http://www.noticiasaominuto.com
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