Perito em 'hacking' impedido de entrar em avião por fazer piada no Twitter

A United Airlines afirma que agiu em defesa dos interesses dos seus passageiros e tripulantes
Chris Roberts é um dos peritos mundiais em segurança digital e brincou no Twitter sobre uma forma de explorar uma vulnerabilidade do sistema digital de um avião.

Perito em 'hacking' impedido de entrar em avião por fazer piada no Twitter

por DN.ptHoje
A United Airlines afirma que agiu em defesa do interesse dos seus passageiros e tripulantes
A United Airlines afirma que agiu em defesa do interesse dos seus passageiros e tripulantes Fotografia © REUTERS/Louis Nastro/Arquivo
Chris Roberts é um dos peritos mundiais em segurança digital e brincou no Twitter sobre uma forma de explorar uma vulnerabilidade do sistema digital de um avião.
A companhia aérea United Airlines impediu o perito em segurança digital Chris Roberts de embarcar num avião este sábado à noite, após este ter feito uma publicação no Twitter em que falava das possíveis vulnerabilidades do avião que seria capaz de explorar. É a segunda vez em menos de uma semana que Roberts é impedido de voar pela United. A companhia aérea diz que está a zelar pelos interesses dos clientes e tripulantes.
Chris Roberts foi impedido de entrar no avião para São Francisco, na Califórnia, embora o porta-voz da United tenha afirmado que "os sistemas de controlo de voo não poderiam ser acedidos através das técnicas que descreveu". A Electronic Frontier Foundation, organização dedicada aos direitos digitais, por sua vez, reprova a medida e afirma que os investigadores de segurança digital são "aliados" das empresas.
Já na semana passada, Chris Roberts, um dos mais conhecidos investigadores na área da segurança digital, fora retirado de um avião da United e interrogado durante quatro horas pelo FBI, agência de investigação norte-americana, devido à sua publicação no Twitter.
O fundador da empresa de segurança digital One World Labs encontrava-se já a bordo do avião da United na quarta-feira passada quando foi removido pelo FBI. A sua publicação no Twitter expunha uma forma de se aproveitar de uma vulnerabilidade no sistema de um avião Boeing 737-800. Nesse dia, foi interrogado pelo FBI durante quatro horas, e a agência confiscou ainda os aparelhos eletrónicos com que viajava.

"Dadas as afirmações do Sr. Roberts acerca da manipulação dos sistemas dos aviões, decidimos que é para o bem dos nossos clientes e tripulantes que não lhe seja permitido voar pela United", disse o porta-voz da empresa, Rahsaan Johnson, que sublinhou, porém, que as técnicas descritas por Johnson não lhe permitiriam aceder aos sistemas de controlo de voo do avião. Roberts afirmou que não lhe foi explicado, no momento em que foi impedido de embarcar, por que não poderia andar de avião. Foi-lhe dito que esperasse duas semanas por uma carta que explicaria a situação.
Chris Roberts e tem dado várias entrevistas recentemente, incluindo uma em que explicou à televisão Fox News: "Muito simplesmente, é possível teorizar sobre como poderíamos desligar os motores [de um avião] a 35 mil pés de altitude sem que se acendam luzinhas irritantes no cockpit".
A organização sem fins lucrativos Electronic Frontier Foundation (EFF), dedicada à defesa dos direitos civis em questões ligadas ao mundo digital, reprovou a medida da United Airlines, sublinhando que os investigadores da área de segurança têm como profissão "identificar vulnerabilidades em redes digitais para que estas possam ser resolvidas". Isto torna estes investigadores, incluindo Chris Roberts, "aliados" das empresas. A EFF apelou às empresas que mudem a sua perspetiva, o que "evitaria muitos problemas para os investigadores e deixar-nos-ia a todos mais seguros".
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