A
chanceler alemã, Angela Merkel, está chocada com o mais recente
naufrágio de imigrantes no Mediterrâneo, que matou centenas de pessoas, e
quer que a Europa encontre respostas, disse hoje o seu porta-voz.
"Como
milhões de alemães", Angela Merkel está chocada com o naufrágio de
domingo ao largo da Líbia em que podem ter morrido 700 pessoas, disse o
porta-voz, Steffen Seibert, à imprensa em Berlim.
As vítimas
"partiram desesperadas, talvez também esperançadas, para a Europa e o
facto de apenas terem encontrado a morte é uma tragédia", disse, citado
por agências internacionais.
"O facto de isto estar a acontecer
com triste regularidade no Mediterrâneo não é uma situação digna para a
Europa. Um continente que tem um compromisso com a humanidade tem de
encontrar respostas, mesmo quando não há respostas fáceis", acrescentou.
Os
ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia
(UE) vão reunir-se conjuntamente hoje no Luxemburgo, após a habitual
reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, a partir das 15:00
locais (14:00 em Lisboa), para avaliar respostas para a crise migratória
do Mediterrâneo.
Segundo o
porta-voz, os líderes europeus devem questionar-se sobre "o que pode e
deve ser feito para que estas catástrofes não se repitam" e sobre "como
podem agir na Líbia e em relação à Líbia para impedir que a complicada
situação política interna não deixe caminho livre aos traficantes de
seres humanos", disse.
Para o Governo alemão, explicou, a
prioridade é salvar o maior número de vidas e, a médio e longo prazo,
reforçar a luta contra o tráfico de pessoas e estabilizar os países de
origem dos migrantes.
Os fluxos migratórios de África para a
Europa têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. A sobrelotação e
a falta de condições das embarcações levam muitas vezes à morte de
centenas de pessoas.
Atualmente, a guarda-costeira italiana resgata 500 a 1000 pessoas por dia.
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