"Se o Governo de Atenas não fizer mais, finalmente, para
assegurar as fronteiras externas [da União Europeia], então tem que se
discutir abertamente a exclusão temporária da Grécia do Espaço
Schengen", disse a ministra.
As declarações de Johanna Mikl-Leitner surgem no final de uma semana
marcada pela reação à divulgação de um relatório que sugeria que esta
medida poderia incentivar as autoridades gregas a proteger mais
eficazmente as suas fronteiras.
Nas páginas do Financial Times, o responsável governamental grego
pelo tema da imigração, Yiannis Mouzalas, disse que o relatório tinha
"falsidades e distorções", mas a política austríaca insiste que é tempo
de passar das palavras aos atos.
"É um mito dizer que a fronteira turco-grega não pode ser
controlada", disse, argumentando que "quando um membro de Schengen não
cumpre consistentemente as suas obrigações e só aceita de forma
hesitante a ajuda oferecida, então não podemos excluir essa
possibilidade".
Para Mikl-Leitner, "a paciência de muitos europeus chegou ao
limite... Já falámos muito, agora é tempo de agir. Isto é sobre proteger
a estabilidade, a ordem e a segurança na Europa", enfatizou.
A Grécia tem estado sob críticas de outros países europeus há vários
meses pela maneira como controla a entrada na sua fronteira com a
Turquia, uma crítica que se tornou mais visível com a entrada de
centenas de milhares de refugiados na Europa, procurando fugir à guerra e
encontrar melhores condições de vida.
O Espaço Schengen é uma zona geográfica composta por 30 países,
dentro dos quais a circulação de pessoas é livre e não precisa de
passaporte.
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