Maduro saúda disposição do papa Francisco em mediar conflito


AFP / PRESIDENCIAO presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, em 18 de abril de 2017
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saudou neste domingo a nova oferta do papa Francisco de mediar a crise do país, enquanto a oposição descarta a retomada de um diálogo político paralisado desde dezembro.
"Se falo em diálogo, fogem apavorados, não querem conversa. Ontem atacaram o papa Francisco. Eu respeito as expressões do papa Francisco", declarou Maduro em seu programa semanal na emissora estatal VTV.
O papa disse no sábado estar disposto a uma mediação do Vaticano com "condições claras", embora tenha assegurado que "a oposição está dividida" sobre a retomada dos diálogos. O pontífice voltou a falar sobre a crise venezuelana neste domingo, pedindo o fim da violência e o encontro de "soluções negociadas".
Isto ocorre em meio a manifestações opositoras em massa, que terminaram em confrontos e já deixaram 28 mortos, centenas de feridos e detidos desde 1º de abril.
Maduro qualificou neste domingo as manifestações como "um ataque violento para trazer caos para a sociedade, acometer o poder político e impôr na Venezuela uma contrarrevolução". "O que eles fizeram em abril não tem nome", expressou o presidente.
A oposição abandonou a mesa de diálogo em dezembro ao acusar o chavismo de não cumprir com o acordado em função da aprovação de um "cronograma eleitoral" e da libertação de "presos políticos".
Julio Borges, presidente do Parlamento, de maioria opositora, disse neste domingo que enviará um documento para o papa por meio da Nunciatura Apostólica para ratificar as exigências dos opositores de Maduro, com "eleições gerais" como ponto principal.
Borges destacou o pedido de Francisco de "condições claras". "O papa disse coisas muito interessantes. Em primeiro lugar que, se não houver garantias, não haverá possibilidades de avanço aqui", assinalou.
No sábado, o ex-candidato à presidência Henrique Capriles descartou retomar as conversas. "Os venezuelanos, todos, queremos dialogar, mas não estamos dispostos a um diálogo Zapatero", declarou.
Assim, ele fez uma alusão ao ex-governante espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, que liderou uma missão da União das Nações Sul-americanas (Unasul) que, junto com a Santa Sé, acompanhou as fracassadas negociações em 2016.
Capriles colocou em dúvida, em várias ocasiões, a neutralidade de Rodríguez Zapatero.

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Trump reitera intenção de neutralizar ameaça da Coreia do Norte


AFP / JIM WATSONO presidente americano, Donald Trump, durante comício na Pensilvânia, em 29 de abril de 2017
O presidente americano, Donald Trump, reiterou neste domingo o desejo de neutralizar a ameaça nuclear representada pela Coreia do Norte, enquanto qualificou o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, de um "jovem astuto".
"Temos uma situação que não podemos deixar que se prolongue", disse Trump em entrevista à emissora CBS realizada na noite de sábado, depois de participar de um comício na Pensilvânia pelos 100 dias na Casa Branca.
O presidente reiterou a determinação de apoiar a influência chinesa na Coreia do Norte. Pequim é o maior sócio econômico e o governo mais próximo a Pyongyang.
Segundo Trump, o presidente da China, Xi Jinping, "está trabalhando para tentar resolver este problema enorme, que também é da China."
Se a Coreia do Norte realizar um novo teste nuclear, "não vou ficar feliz", acrescentou. "E também posso dizer que não acredito que o presidente da China, que é um homem muito respeitável, irá ficar contente".
Questionado sobre se "não estar feliz" poderia significar uma "ação militar", Trump disse: "não direi nada, veremos".
O presidente assinalou que a energia utilizada para resolver o problema da Coreia do Norte é em detrimento do desacordo comercial que se comprometeu a resolver com a China.
- Milhões de mortos -
"Francamente, penso que a Coreia do Norte pode ser mais importante do que o comércio. O comércio é muito importante, mas comparado com uma guerra total com possíveis milhões de mortos, eu diria que o comércio fica atrás", assegurou Trump.
Durante a entrevista, o presidente também fez declarações quase de admiração ao líder norte-coreano.
Estas afirmações chegam em meio às crescentes tensões com a Coreia do Norte por seus programas de mísseis e nuclear, e enquanto Washington tenta fazer com que a China ajude a conter Kim.
Trump disse que "não tem ideia" se Kim está são ou não, mas assinalou que o dirigente norte-coreano enfrentou formidáveis desafios ao assumir o poder aos 27 anos, depois que seu pai morreu em 2011.
"Obviamente se relaciona com pessoas muito rígidas, em particular com generais e outros. E tão jovem foi capaz de assumir o poder", disse Trump na entrevista.
"Muita gente, tenho certeza, tentou tirá-lo do poder, seu tio ou alguém mais. E ele foi capaz de se manter".
"Assim, obviamente ele é bastante astuto", disse Trump.
"Mas temos uma situação que simplesmente não podemos deixar - não podemos deixar que continue o que tem acontecido por um longo período de tempo", acrescentou o presidente americano.
KCNA VIA KNS/AFP / STRFoto sem data cedida pela agência de notícias oficial da Coreia do Norte (KCNA) em 26 de abril de 2017 mostra o líder norte-coreano, Kim Jong-Un
A Coreia do Norte realizou no sábado outro teste de míssil, ação que tem despertado o temor dos Estados Unidos de que o regime de Kim Jong-Un possa desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de alcançar o território americano com uma ogiva nuclear.
A Coreia do Sul declarou que o último teste falhou. Trump se negou a comentar se os Estados Unidos têm algo a ver com o teste que não deu certo.
"Isto é um jogo de xadrez. Não quero que saibam o que eu penso. Assim, eventualmente ele terá um sistema de lançamento melhor e, se isso acontecer... nós não podemos permitir que isso aconteça".
Horas antes do teste da Coreia do Norte, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, alertou sobre as "consequências catastróficas" no caso de a comunidade internacional não agir mais energicamente para sancionar Pyongyang.
Os Estados Unidos mobilizaram um grupo de ataque naval liderado pelo porta-aviões USS Carl Vinson, que no sábado começou, junto com a Marinha sul-coreana, a realizar treinamentos.
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, em 18 de abril de 2017 Trump comemora com partidários 100 dias na Presidência Eike Batista sai da cadeia e cumpre prisão domiciliar


  • Eike Batista sai da cadeia e cumpre prisão domiciliar

    Eike Batista sai da cadeia e cumpre prisão domiciliar

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  • Trump comemora com partidários 100 dias na Presidência

    Trump comemora com partidários 100 dias na Presidência

  • O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, em 18 de abril de 2017

  • Trump says North Korea's Kim is 'a pretty smart cookie'


    AFP / ED JONESNorth Korean leader Kim Jong-Un waves in Pyongyang on April 15, 2017
    US President Donald Trump offered some backhanded praise for North Korean leader Kim Jong-Un, calling him "a pretty smart cookie" in a television interview that aired Sunday.
    Trump's almost admiring remarks came amid soaring tensions with North Korea over its missile and nuclear programs, with an alarmed Washington looking to China for help in reining in Kim.
    Trump said he had "no idea" whether Kim was sane or not, but said the North Korean leader had faced a formidable challenge in taking over the country at a reported age of 27 after his father's death in 2011.
    "He's dealing with obviously very tough people, in particular the generals and others. And at a very young age, he was able to assume power," Trump said in the interview with CBS's "Face the Nation."
    "A lot of people, I'm sure, tried to take that power away, whether it was his uncle or anybody else. And he was able to do it.
    "So obviously, he's a pretty smart cookie," he said.
    "But we have a situation that we just cannot let -- we cannot let what's been going on for a long period of years continue," Trump added.
    North Korea has kept the West on edge for weeks over signs it may conduct a sixth nuclear test, punctuated by a series of missile tests that have aroused US fears that the regime may be close to developing a ballistic missile capable of hitting the US mainland with a nuclear warhead.
    - 'A chess game' -
    The North, defying mounting US pressure, launched its latest missile test on Saturday, which South Korea said failed.
    Trump refused comment on whether the United States had anything to do with the missile test failure.
    "It is a chess game. I just don't want people to know what my thinking is. So eventually, he will have a better delivery system. And if that happens, we can't allow it to happen."
    Hours before the North Korean test, US Secretary of State Rex Tillerson warned of "catastrophic consequences" if the international community does not act more forcefully to sanction Pyongyang.
    The United States has deployed a naval strike group to the area led by the carrier USS Carl Vinson, which on Saturday began drilling with the South Korean navy to practice procedures for tracking and intercepting enemy ballistic missiles.
    On Sunday, the two allies concluded a massive annual military exercise called "Foal Eagle," which involved around 20,000 South Korean and 10,000 US troops.
    - Betting on China -
    If North Korea carries out a nuclear test, Trump told CBS, "I would not be happy."
    "And I can tell you also, I don't believe that the president of China, who is a very respected man, will be happy either," Trump said.
    Asked if "not happy" signified "military action," Trump answered: "I don't know. I mean, we'll see."
    So far, Trump has placed his biggest bet on getting China to use its leverage to pressure Pyongyang to change its behavior, a strategy that has failed to produce results in the past.
    Since meeting with China's President Xi Jinping at his Mar-a-Lago estate in Florida April 6-7, Trump has set aside his campaign threats to impose tariffs on Chinese imports and declare Beijing a currency manipulator.
    "I think that, frankly, North Korea is maybe more important than trade. Trade is very important. But massive warfare with millions, potentially millions of people being killed? That, as we would say, trumps trade," he told CBS.
    "Now, if China can help us with North Korea and can solve that problem -- that's worth making not as good a trade deal for the United States," he said.

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    Trump vows to win 'battles' ahead, at home and abroad


    AFP / JIM WATSONUS President Donald Trump (C) speaks during a rally in Harrisburg, Pennsylvania marking his 100th day in office
    After what he called a "very productive" first 100 days, President Donald Trump is vowing to roll out a new health plan and to completely renegotiate the NAFTA continental trade pact.
    His remarks, in a CBS interview broadcast Sunday, touched on daunting challenges domestic and foreign, from his vexed effort at health-care reform to a controversial new tax-cut plan to the rising threat from North Korea.
    But they followed his assurance at a raucous rally Saturday in Pennsylvania that the "great battles" ahead would be won.
    Trump insisted, even after two failed efforts to see an Obamacare repeal vote through Congress, that Americans will get a health-care package that preserves key protections, like coverage of pre-existing medical conditions.
    And as Republicans scramble for ways to pay for Trump's promise this week of major tax cuts -- the White House had hoped to use savings from the Obamacare repeal -- the president vowed that the money would not come through savings on the huge and popular Medicare program.
    "I'm not going to touch it," he said, except to eliminate "waste, fraud and abuse."
    - Frustrations -
    Trump, who is not known as particularly self-reflective, shared some of the frustrations he has encountered in his young presidency.
    He lambasted "unfair" media coverage; said Congress operates by "unbelievably archaic and slow-moving" rules; and called Democrats "totally obstructionist."
    But he will need some Democratic support to pass some of his more ambitious legislative objectives.
    House minority leader Nancy Pelosi said Sunday that Democrats looked forward to working with Trump on issues like infrastructure spending and affordable child care.
    AFP / Christopher HUFFAKER, Paz PIZARROPresident Trump's 100 days in numbers
    But so far, she said on ABC, "he hasn't really proposed anything."
    In a week when Trump dropped a threat to cancel the NAFTA trade agreement following what he called "very nice" phone calls from the Mexican and Canadian leaders -- instead ordering a six-month review of all trade deals -- he made clear that US security took priority over even trade.
    If China can help ease the nuclear tensions with Pyongyang, "that's worth making not as good a trade deal," he said.
    "Trade is very important," Trump added. "But massive warfare with millions, potentially millions of people being killed? That, as we would say, trumps trade."
    He scheduled the Pennsylvania appearance after snubbing an invitation to the traditional White House correspondents' dinner on Saturday, where he had risked being roasted by comedians.
    Instead, he declared himself "thrilled" to be far from "the Washington swamp" and its "fake news" journalists.
    The black-tie affair in Washington was headlined by veteran investigative journalists Bob Woodward and Carl Bernstein of Watergate fame.
    Woodward rebuffed the president's relentless barbs against news outlets. "Mr. President, the media is not fake news," he said.
    "Whether the media is revered or reviled, we should and must persist, and I believe we will."
    - 'Keeping promises' -
    Some of Trump's animosity stemmed from US media evaluating his 100-day record as meager and mixed.
    They have noted embarrassing setbacks for the Republican on health care and a travel ban, and his own reversals on China and NATO -- while also recognizing campaign pledges he has met, like appointing a conservative Supreme Court justice and pulling the country out of the Trans Pacific Partnership (TPP) trade agreement.
    In his speech, Trump presented his record so far as "very exciting and very productive."
    "We are keeping one promise after another," he asserted, adding that he was preparing for "the great, great battles to come and that we will win in every case."
    Trump also highlighted his tough approach to immigration.
    Stepped-up law enforcement was removing "drug dealers, gang members and killers" from the country, he said, though he did not acknowledge his difficulty in finding money to start work on the wall he has promised on the Mexican border.
    Trump said the US economy had surged since he took office, reinvigorating America's construction, manufacturing and energy sectors, as well as its declining coal and steel industries -- a key message for the crowd in rust-belt Pennsylvania.
    On the North American Free Trade Agreement, he said, "If we can't make a fair deal for our companies and our workers we will terminate NAFTA."
    He said he would be making a decision on the "one-sided Paris climate accord" in the next two weeks. He described the pact, meant to curb global warming, as an impediment to US economic growth.
    On CBS, Trump -- holding the only elective office he has ever sought -- was asked about an earlier comment that he thought the job of the presidency would be easier.
    "Well, it's a tough job," he said. "But it's something that I really love and I think I've done a very good job at it."

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    South Korea, US conduct military drills despite Pyongyang threats



    South Korea, US conduct military drills despite Pyongyang threats

    AFP/File / JUNG Yeon-JeSouth Korean K1A2 tanks fire live rounds during a joint live firing drill between South Korea and the US at the Seungjin Fire Training Field in Pocheon on April 26, 2017
    South Korea and the United States wrapped up their annual large-scale military drills on Sunday, but continued a separate joint naval exercise that has triggered dire threats from nuclear-armed North Korea.
    Tensions on the Korean peninsula have been running sky-high for weeks, with signs that the North might be preparing a long-range missile launch or a sixth nuclear test -- and with Washington refusing to rule out a military strike in response.
    The massive "Foal Eagle" drill, which the defence ministry in Seoul said was ending as scheduled on Sunday, involved around 20,000 South Korean and 10,000 US troops.
    Another annual joint exercise known as "Key Resolve" ended last month.
    Both play out scenarios for a conflict with North Korea, but Seoul and Washington insist they are purely defensive in nature, despite Pyongyang's claims that they are provocative rehearsals for invasion.
    AFP/File / Laurence CHU , John SAEKI , Gal ROMAUS missile defense system in South Korea
    Their conclusion normally signals a period of relative calm in North-South tensions, but this year the situation looks set to remain highly volatile.
    US President Donald Trump has warned of a possible "major conflict" while Pyongyang has carried out a series of failed missile tests, including one on Saturday, and a massive live-fire military exercise.
    The South Korean defence ministry confirmed Sunday that a joint naval drill with a US strike group, led by the aircraft carrier USS Carl Vinson, was still ongoing in the Sea of Japan (East Sea).
    The exercise, aimed at verifying the allies' capability to track and intercept enemy ballistic missiles, is expected to continue until sometime next week.
    Through state media, North Korea has threatened to attack the Carl Vinson, and a state-sponsored website on Sunday also warned of a possible strike against a US nuclear-powered submarine despatched to the area.
    US NAVY/AFP/File / MC2 Sean M. CastellanoThe South Korean defence ministry confirmed that a joint naval drill with a US strike group, led by the aircraft carrier USS Carl Vinson, was still ongoing in the Sea of Japan (East Sea)
    China is "putting pressure" on its ally North Korea to curb its weapons programmes, Trump told the CBS television network's "Face the Nation" programme.
    If North Korea carries out another nuclear test "I would not be happy," he said.
    "And I can tell you also, I don't believe that the president of China, who is a very respected man, will be happy either," Trump said in excerpts of the interview released Saturday.
    Asked if "not happy" signified "military action," Trump answered: "I don't know. I mean, we'll see."
    - 'Catastrophic consequences' -
    Pyongyang's show of defiance included a failed missile test on Saturday that came just hours after US Secretary of State Rex Tillerson warned the UN Security Council of "catastrophic consequences" if the international community -- most notably China -- failed to pressure the North into abandoning its weapons programme.
    Military options for dealing with the North were still "on the table", Tillerson said.
    AFP/File / ED JONESA rocket-themed float moves through Kim Il-Sung square during a mass rally marking the 105th anniversary of the birth of late North Korean leader Kim Il-Sung, in Pyongyang
    China has repeatedly pushed back at the idea that it alone holds the solution to curbing the North's nuclear ambitions, and warned that any use of US force would only lead to "bigger disasters".
    Pope Francis this weekend called for negotiations to resolve tensions over North Korea.
    "There are plenty of mediators in the world who are putting themselves forward. Norway, for example which is ready to help," he said.
    The tensions have also triggered some friction between Seoul and Washington, with Trump suggesting in a recent interview that the South should pay for the $1.0-billion dollar THAAD anti-missile system that the US is deploying on its ally's territory.
    But on Sunday South Korea said US National Security Adviser H.R. McMaster had spoken by phone with his counterpart in Seoul and both sides had reaffirmed that Washington would bear the cost of the THAAD deployment, as initially agreed.
    Trump's interview remarks "were made in a general context, reflecting the American public's hopes for (defense) cost sharing," McMaster was quoted as saying by the South's presidential office.
    The two countries have had a security alliance since the 1950-53 Korean war, and more than 28,000 US troops are stationed in the South.
    Beijing has been infuriated by the THAAD deployment, which it says upsets the regional security balance.
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    Un an après le feu à Fort McMurray, la blessure reste vive Syrie: un corridor fluvial pour aller combattre, ou fuir, l'EI - Macron -

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    Le père du tueur des Champs-Elysées sera jugé pour apologie du terrorisme



    AFP / THOMAS SAMSONDes policiers sur les Champs-Elysées à Paris, le 20 avril 2017
    Le père de l'auteur de l'attentat du 20 avril sur les Champs-Élysées à Paris sera jugé en juin pour apologie du terrorisme et menaces de mort après s'en être pris, ivre, à des policiers, a-t-on appris dimanche auprès du parquet.
    Le parquet l'a convoqué devant le tribunal correctionnel de Bobigny (au nord de Paris) le 9 juin pour répondre de menaces de mort sur personnes dépositaires de l'autorité publique et apologie du terrorisme, a précisé cette source.
    Dans l'attente de son procès, le père de Karim Cheurfi, l'homme qui a tué un policier sur les Champs-Élysées le soir du 20 avril, a été placé sous contrôle judiciaire et soumis à une obligation de soins.
    Selon une source proche du dossier, il s'était rendu vendredi, ivre, au commissariat de Noisy-le-Grand, en banlieue parisienne, et avait lancé aux fonctionnaires que si son fils n'avait pas tué le policier, c'est lui-même qui "l'aurait fait".
    Il a par la suite contesté avoir tenu ces propos, a-t-on indiqué de même source.
    Lors de son audition, il avait expliqué avoir consommé de l'alcool et décidé de se plaindre au commissariat après avoir appris que le maire de Chelles, la commune de banlieue où il habite et où résidait son fils, avait refusé d'inhumer ce dernier dans le cimetière municipal.
    Le soir du 20 avril, trois jours avant le premier tour de la présidentielle, Karim Cheurfi, 39 ans, a tué un policier de 37 ans, Xavier Jugelé, de deux balles dans la tête. Il a aussi blessé deux autres agents et une passante allemande, avant d'être abattu.
    L'attaque a été presque aussitôt revendiquée par l'organisation jihadiste État islamique (EI), à l'origine de la plupart des attentats qui ont fait 239 morts depuis 2015 en France.
    Le président François Hollande a rendu mardi un hommage national au policier tué.

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    Macron met en garde contre "les extrêmes", Le Pen joue la carte de l'écologie


    POOL/AFP / PHILIPPE WOJAZEREmmanuel Macron, candidat à la présidentielle pour le mouvement En marche!, visite le mémorial de la Shoah, le 30 avril 2017 à Paris
    Face à un Emmanuel Macron déterminé à placer le débat présidentiel sur le terrain des "valeurs" et de la lutte contre les "extrêmes", Marine Le Pen a contre-attaqué dimanche avec une visite éclair sur le thème de l'écologie, signal adressé à l'électorat Mélenchon.
    Après un hommage aux victimes du village martyr d'Oradour-sur-Glane vendredi, le candidat d'En Marche! s'est rendu en fin d'après-midi au Mémorial de la Shoah puis au Mémorial des Martyrs de la Déportation, à une semaine du second tour.
    Cet hommage, c'est "ce devoir que nous devons à toutes ces vies fauchées par les extrêmes, par la barbarie", a déclaré le candidat d'En Marche! à l'issue de sa visite. Outre le mur où sont inscrits les noms des 76.000 déportés juifs de France, il a vu, entre autres, un document de la préfecture de police sur l'organisation de la rafle du Vélodrome d'Hiver, en 1942.
    Au-delà d'un "devoir de mémoire", il a insisté sur "le devoir que cela n'advienne plus jamais, en n'acceptant en rien l'affaiblissement moral qui peut tenter certains, le relativisme qui peut en tenter d'autres, le négationnisme dans lequel certains trouvent refuge".
    Son adversaire Marine Le Pen avait fait polémique début avril en déclarant que "la France n'est pas responsable du Vél d'Hiv". Par ailleurs, le président par intérim du FN Jean-François Jalkh, accusé de propos négationnistes qu'il a démentis, a été remplacé vendredi par le maire d'Hénin-Beaumont et eurodéputé Steeve Briois.
    AFP / STRINGERMarine Le Pen à Gardanne, le 30 avril 2017
    "Ne pas se souvenir c'est prendre le risque de répéter l'histoire", avait déjà plaidé vendredi M. Macron, qui entend mettre en exergue dans la dernière semaine de campagne ce qui le distingue de Mme Le Pen "sur les valeurs et sur le fond des politiques publiques".
    La candidate FN a pour sa part rendu dimanche matin à Marseille un hommage discret aux victimes de la Déportation, en déposant une gerbe devant une stèle commémorant l'arrestation de trente enfants juifs et de leurs mères par la Gestapo en 1943.
    "Je ne fais pas commerce des commémorations. Ce ne sont pas des événements électoraux", a-t-elle lâché au micro de BFMTV.
    Sa nièce Marion Maréchal-Le Pen a accusé sur la même chaîne M. Macron d'"utiliser" les commémorations "pour essayer de faire passer des messages moraux" hostiles au Front national, jugeant cela "indécent".
    - Nouvelle visite surprise -
    Comme à Amiens, où elle avait brièvement rencontré des salariés de Whirlpool mercredi, Mme Le Pen a effectué dimanche une visite surprise sur le site de l'usine Altéo de Gardanne (Bouches-du-Rhône), connue pour la pollution liée au rejet de "boues rouges".
    AFP / Vincent LEFAI, Jean Michel CORNUDates clés de la vie et carrière de Marine Le Pen, qualifiée pour le second tour de l'élection présidentielle
    L'occasion pour la candidate FN, soucieuse d'attirer à elle les suffrages des "Insoumis" de Jean-Luc Mélenchon, de défendre sa vision d'une "planification écologique" orchestrée par un "État stratège" s'appuyant sur un "ministre de la Santé et de l'Environnement".
    Jeudi, M. Macron avait aussi envoyé des signaux aux électeurs de M. Mélenchon et de Benoît Hamon, arguant que son projet "n'a rien à voir avec celui de Mme Le Pen, qui refuse de voir la transition écologique en face".
    - Borloo 'sonne le tocsin' -
    Emmanuel Macron a reçu un soutien de poids, celui de l'ancien ministre et ancien président de l'UDI Jean-Louis Borloo. "Heureuse nouvelle", pour François Bayrou, président du Modem et soutien de M. Macron.
    "L'heure est grave, le ralliement de Nicolas Dupont-Aignan à Marine Le Pen confirme ma crainte. Face au danger, il faut sonner le tocsin", a justifié M. Borloo.
    Le "marchandage" entre Nicolas Dupont-Aignan et Marine Le Pen les "rapproche encore plus du pouvoir", a jugé le président LR de la région Hauts-de-France Xavier Bertrand, exhortant à une "mobilisation massive" mais appelant aussi M. Macron à "entendre le message de la France populaire".
    Plusieurs élus ont encore condamné le fondateur de Debout la France pour avoir "trahi" sa parole, comme le secrétaire général d'En Marche! Richard Ferrand. M. Bertrand l'a comparé à Pierre Laval.
    Le numéro 2 du FN Florian Philippot a salué à l'inverse cette "belle alliance" avec le souverainiste, satisfait aussi du soutien d'une gaulliste historique, Marie-France Garaud.
    L'ancien secrétaire de Jean Moulin, Daniel Cordier, qui a apporté le sien à M. Macron, a jugé qu'une victoire de Mme Le Pen serait quelque chose de "monstrueux".
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    Como aprendi a ser divergente ....É o luto dela, que passava horas sentada no colo do Vovô Carlos (bisavô), na escrivaninha de trabalho dele, os dois desenhando juntos. Sábado passado foi a última vez. É claro que a Heloísa vai voltar a desenhar, porque a vida continua. ...

    Como aprendi a ser divergente

    O que dizer de tanto carinho, homenagens, elogios? Seu Carlos Chagas, o jornalista, lá do céu deve estar dizendo: uai, gente, não precisava tanto… Modéstia de quem, mineiramente, não gostava de mostrar a própria grandeza. Mas tenho certeza de que adorou. Principalmente porque tudo isso fez com que eu, mamãe, Claudia, netos e bisnetos nos sentíssemos abraçados e confortados. Porque eu tenho certeza de que, até nessa hora, ele está pensando na gente. E eu acordei de madrugada com o coração cheio de boas lembranças do meu pai.
    Quando eu era bebê, meu pai me enrolava no lençol, como uma mumiazinha, e me prendia no berço com clipes de papel para eu não me descobrir à noite – o que, obviamente, não adiantava nada. Ele me levou à praia aos seis meses de idade, e de lá saiu com um pacote à milanesa debaixo do braço, deixando menos areia em Copacabana porque eu havia engolido um bocado. Ele me obrigou, literalmente, a gostar de jujuba. Aí eu já devia ter mais ou menos um ano e meio, era supergeniosa e berrava enquanto ele colocava as balas na minha boca e eu tentava cuspir. Até que comecei a sentir o açúcar. Amo jujuba até hoje.
    Meu pai foi o ídolo de crianças das mais diversas gerações, das filhas, afilhados, sobrinhos, filhos dos amigos, amigos das filhas, dos netos e dos bisnetos. Conversava e brincava como um igual, se encarapitava no alto das árvores, subia no telhado, levava aqueles bandos de meninos para praias desertas, ainda no Rio, e ao Zoológico de Brasília, onde ele deveria ter recebido um título de sócio, de tanto que ia. O vovô é uma criança velha, definiu um dia o neto Cacá, quando tinha lá seus sete anos. Ele contava histórias muito bem. Do universo, do mundo, do Brasil. Às vezes eu chegava na escola e achava que a professora estava repetindo o que meu pai tinha inventado.
    Ele me deu todos os livros que eu pude ler, e os que eu não pude também. Acho que nunca vi meu pai sem um livro por perto, e ele cercou-se deles de tal forma que as estantes foram se estendendo pela casa toda, transbordando da biblioteca para quartos, corredores,   qualquer espaço possível. Como contou minha irmã de coração, Carol Brígido, em seu lindo texto sobre o padrinho, papai tinha estantes com filas duplas de livros. Olho em volta, aqui em casa, e, entre pilhas de livros, vejo que quem sai aos seus não degenera.
    Meu pai passou a primeira noite da primeira neta em casa andando com ela, aos berros, pelo corredor. E ele não ligou a mínima para o fato de, cronologicamente, a neta ter chegado antes do casamento. Quando, sem graça, aos dezenove, contei a ele que estava grávida, a reação foi uma sonora gargalhada de quem tinha desde sempre o sonho de ser avô – e que avô. Quando finalmente resolvi casar, e estávamos só nós dois em casa, antes de sair para a igreja já lotada de parentes e amigos, papai virou para mim e perguntou: “Tem certeza de que você quer mesmo ir? Não tem nenhum problema desistir. Você fica aqui, eu vou lá na igreja agora e aviso a todo mundo que você mudou de ideia…”. É claro que casei, e ele ganhou um genro que acabou por amar como a um filho.
    Quando resolvi ser jornalista, tinha muito medo de ser apontada como “peixinho”, filhinha de papai que não conquistara seu espaço por merecimento. Então, resolvi que nunca trabalharia com ele, nunca aceitaria qualquer notícia que ele me passasse ou que obtivesse por fontes que encontrava na casa dele e nem falaria com ele sobre o meu trabalho. Ele entrou no meu jogo e, nas conversas em família, não falávamos de trabalho. Ignorávamos o assunto. Comecei, com certa mágoa – olha a loucura – a achar que ele não estava nem aí mesmo para meu destino jornalístico. Até que um dia entrei em seu escritório e achei um texto meu, publicado no Jornal de Brasília uns dias antes, todo rabiscado – “copidescado”, como se dizia antigamente – com erros e palavras mal empregadas sublinhados. Não sei o que ele ia fazer com aquilo se eu não tivesse achado.
    Brigamos e discutimos muitas vezes, em família, por causa de política. Na minha casa, todo mundo dizia o que queria e professava o credo que lhe aprouvesse. Geralmente ficávamos eu e Claudia contra ele. Mamãe, a psicóloga, mediando e botando panos quentes. Mas aprendi com ele que essas divergências não têm, ao fim e ao cabo, a menor importância na ordem geral das coisas e da vida. Entendemos – e acho que não só nós, mas também suas legiões de alunos – a importância do respeito e da tolerância a posições contrárias.
    Aprendi com meu pai a nunca perder um amigo por discordar ou pensar diferente. Lembro um domingo em que o Zé Aparecido, então governador do DF e grande amigo dos meus pais, chegou lá em casa esbaforido depois de ser vaiado por uma manifestação de estudantes. Na qual, quando olhou bem, reconheceu minha irmã Claudia. Papai achou a maior graça.
    Seu Carlos Chagas, o jornalista, fazia e escrevia o que queria, fiel a seus princípios. Não hesitava em fazer artigos ácidos e críticas duras a personagens de A a Z do espectro político quando achava que devia. Nem mesmo quando no alvo estavam governos em que trabalhavam amigos ou suas próprias filhas. Tive que resolver isso na minha cabeça: o pai era muito mais importante que o emprego, então dane-se. Quando ministra da Secom de Dilma, botava para correr os chatos que vinham me mostrar artigos críticos do meu pai ao governo de cuja comunicação eu cuidava. Democracia começa em casa, e meu amor pelo meu pai é maior do que tudo isso, respondia eu. Minha então chefe sempre entendeu e nunca reclamou.
    Num momento difícil nessa profissão às vezes maldita, às vezes bendita, resolvi que não ia mais ser jornalista. Estava me sentindo injustiçada, sofrendo muito, tinha errado na escolha, melhor seria ter feito Direito e ser advogada, ia parar de trabalhar, largar tudo… Ele me olhou com aquela cara de quem não estava levando a sério aquelas bobagens: “Isso é a sua vida…”. Às vezes, meu pai sabia mais de mim do que eu mesma.
    Ontem, minha neta Heloísa, de quatro anos, virou para a mãe e disse que nunca mais vai desenhar. É o luto dela, que passava horas sentada no colo do Vovô Carlos (bisavô), na escrivaninha de trabalho dele, os dois desenhando juntos. Sábado passado foi a última vez.
    É claro que a Heloísa vai voltar a desenhar, porque a vida continua. E essa foi mais uma das lições do Carlos Chagas: boa ou ruim, a vida continua, temos que resistir e seguir em frente. Tudo tem seu jeito, dizia ele, porque a única coisa que não tem remédio mesmo é a morte. Pois é, né, pai…
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