Greve é um fracasso na avaliação do governo, afirma ministro da Justiça
Bruno Santos/Folhapress | ||
Manifestantes protestam em frente ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo |
Na avaliação inicial do governo, a greve geral convocada por centrais sindicais e movimentos sociais para esta sexta-feira (28) contra as reformas da Previdência e trabalhista é um fracasso, afirmou o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, em entrevista à Rádio CBN durante a manhã.
"Você pega milhares de pessoas obstruídas por 15, 20, 50 pessoas. As pessoas estão querendo ir trabalhar e estão sendo obstruídas", disse o ministro. "Estamos iniciando o dia, mas aparentemente é uma greve que inexiste."
Para Serraglio, o movimento se limita à ação de sindicalistas.
"É mais uma greve aparentemente dos sindicados, das centrais, perturbados com as decisões desta semana do Congresso Nacional, que estão tirando recursos bilionários", disse, em referência ao fim da contribuição sindical obrigatória, uma das medidas previstas no projeto de reforma trabalhista aprovado na Câmara nesta quarta (26).
"Essas organizações existem porque se alimentam de um recurso que não corresponde ao seu esforço", afirmou.
A mobilização nesta sexta foi convocada pelas nove centrais sindicais do país –Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical, a CSP/Conlutas, a Nova Central, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
Paralisações e manifestações ocorrem nas principais capitais do país.
"Você pega milhares de pessoas obstruídas por 15, 20, 50 pessoas. As pessoas estão querendo ir trabalhar e estão sendo obstruídas", disse o ministro. "Estamos iniciando o dia, mas aparentemente é uma greve que inexiste."
Para Serraglio, o movimento se limita à ação de sindicalistas.
Adriano Machado/Reuters | ||
O presidente Michel Temer e o ministro da Justiça, Osmar Serraglio |
"Essas organizações existem porque se alimentam de um recurso que não corresponde ao seu esforço", afirmou.
A mobilização nesta sexta foi convocada pelas nove centrais sindicais do país –Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical, a CSP/Conlutas, a Nova Central, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
Paralisações e manifestações ocorrem nas principais capitais do país.
BALANÇO
'A necessidade de piquetes e bloqueios é a demonstração de que a greve não está tendo sucesso', disse Osmar SerraglioAGÊNCIA ESTADO Avaliação oficial Governo considera greve um fracasso, diz ministro Para Osmar Serraglio, manifestações são atitudes políticas de sindicatos Greve geral não obteve o sucesso almejado, avalia ministro da Justiça 'A necessidade de piquetes e bloqueios é a demonstração de que a greve não está tendo sucesso', disse Osmar Serraglio
Num primeiro balanço dos protestos realizados nesta sexta-feira (28) em vários Estados do país, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, considerou, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que a greve geral não obteve o sucesso almejado pelas centrais sindicais, responsáveis pela organização da paralisação.
"A necessidade de piquetes e bloqueios é a demonstração de que a greve não está tendo sucesso. Ninguém viu notícia de que tenha havido assembleia de sindicato aprovando que se fizesse greve. Logo, é uma greve das centrais insatisfeitas com as restrições colocadas ao imposto deles", considerou Serraglio.
Segundo o ministro da Justiça, o monitoramento do governo realizado até o momento indicam que as manifestações "estão sob controle".
"Pelo contato que tive com as autoridades policiais está mais ou menos tudo sob controle. Na medida em que vão surgindo piquetes ou bloqueios, o pessoal está liberando", ressaltou Serraglio.
A referência às restrições ao imposto das centrais, feita pelo ministro, se trata da votação da reforma Trabalhista aprovada nesta quarta-feira (26) pela Câmara dos Deputados. Entre as medidas previstas no texto, que precisará ser votado no Senado, está a extinção do imposto sindical.
Durante as discussões entre os deputados, o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SD), chegou a apresentar uma emenda que previa que ao invés da extinção, a contribuição sindical obrigatória ficasse em torno de 35% de um dia de trabalho. A iniciativa foi, contudo, rejeitada pela maioria dos deputados.
O ministro da Justiça participa de um evento no Paraná e deve retornar a Brasília no meio da tarde. Segundo Serraglio, até o momento o Palácio do Planalto entrou em contato com ele para ter informações sobre o andamento dos protestos. "Ainda não tive contado com o presidente Michel Temer", disse o ministro.
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