No dia em que a população cruza os braços na maior greve geral da
história recente do País, o IBGE divulga dado sobre o desemprego
que confirma a indignação dos brasileiros contra Michel Temer; a
taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,7% nos três primeiros meses
deste ano; a depressão econômica provocada pelo governo Temer já
produziu 14,2 milhões de trabalhadores sem emprego, um recorde da
série histórica do IBGE; este contingente subiu 15% frente ao
trimestre de outubro a dezembro de 2016, quando a desocupação
foi estimada em 12,3 milhões de pessoas; no confronto com igual
trimestre de 2016, o desemprego subiu 27,8%, significando um
adicional de 3,1 milhões de pessoas desocupadas na força de
trabalho
A mediana das previsões em
pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 13,7 por cento por
cento no período.
Leia o material divulgado pelo
IBGE sobre o assunto:
PNAD
Contínua: taxa de desocupação vai a 13,7% no trimestre encerrado
em março de 2017
Indicador / Período | Jan - Fev - Mar 2017 |
Out - Nov - Dez 2016 |
Jan - Fev - Mar 2016 |
---|---|---|---|
Taxa
de desocupação
|
13,7%
|
12,0%
|
10,9%
|
Rendimento
real habitual
|
R$
2.110
|
R$$
2.064
|
R$
2.059
|
Valor
do rendimento real habitual em relação a:
|
estável
|
estável
|
A taxa
de desocupação foi
estimada em 13,7% no trimestre janeiro / março de 2017, com altas de
1,7 ponto percentual frente ao trimestre outubro / dezembro de 2016
(12,0%) e de 2,8 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre
móvel de 2016 (10,9%). Essa foi a maior taxa de desocupação
da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de em 2012.
A população
desocupada chegou
a 14,2 milhões e bateu o recorde da série histórica. Este
contingente cresceu 14,9% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao
trimestre anterior e 27,8% (mais 3,1 milhões de pessoas em busca de
trabalho) em relação ao mesmo trimestre de 2016.
A população ocupada (88,9
milhões) recuou em relação ao trimestre anterior (-1,5%, ou menos
1,3 milhão de pessoas) e também em relação ao mesmo trimestre de
2016
(-1,9%,
ou menos 1,7 milhão de pessoas). Esse foi o menor contingente
de pessoas ocupadas desde o trimestre fevereiro / abril de 2012.
O nível
da ocupação (percentual
de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) recuou para
53,1% no trimestre de janeiro a março de 2017, com queda de 0,9
ponto percentual frente ao nível do trimestre anterior (54,0%). Em
relação ao nível do mesmo trimestre de 2016 (54,7%), houve
retração de 1,7 ponto percentual. Este foi o menor nível da
ocupação da série histórica da pesquisa.
O
número de empregados
com carteira de trabalho assinada (33,4
milhões de pessoas) recuou em ambos os períodos de comparação:
frente ao trimestre outubro / dezembro de 2016 (-1,8% ou menos 599
mil pessoas) e ao trimestre janeiro / março de 2016 (-3,5% ou menos
1,2 milhão de pessoas). Este foi o menor contingente de
trabalhadores com carteira assinada já observado na série histórica
da pesquisa.
O rendimento
médio real habitual (R$
2.110) no trimestre encerrado em março de 2017 manteve estabilidade
frente ao trimestre anterior (R$ 2.064) e, também, em relação ao
mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.059). A massa
de rendimento real habitual (R$
182,9 bilhões) no trimestre encerrado em março de 2017 também
ficou estável nas duas comparações.
Quadro
1 - Taxa de Desocupação - Brasil - 2012/2017
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1°
|
nov-dez-jan
|
...
|
7,2
|
6,4
|
6,8
|
9,5
|
12,6
|
2°
|
dez-jan-fev
|
...
|
7,7
|
6,8
|
7,4
|
10,2
|
13,2
|
3°
|
jan-fev-mar
|
7,9
|
8,0
|
7,2
|
7,9
|
10,9
|
13,7
|
4°
|
fev-mar-abr
|
7,8
|
7,8
|
7,1
|
8,0
|
11,2
|
|
5°
|
mar-abr-mai
|
7,6
|
7,6
|
7,0
|
8,1
|
11,2
|
|
6°
|
abr-mai-jun
|
7,5
|
7,4
|
6,8
|
8,3
|
11,3
|
|
7°
|
mai-jun-jul
|
7,4
|
7,3
|
6,9
|
8,6
|
11,6
|
|
8°
|
jun-jul-ago
|
7,3
|
7,1
|
6,9
|
8,7
|
11,8
|
|
9°
|
jul-ago-set
|
7,1
|
6,9
|
6,8
|
8,9
|
11,8
|
|
10°
|
ago-set-out
|
6,9
|
6,7
|
6,6
|
8,9
|
11,8
|
|
11°
|
set-out-nov
|
6,8
|
6,5
|
6,5
|
9,0
|
11,9
|
|
12°
|
out-nov-dez
|
6,9
|
6,2
|
6,5
|
9,0
|
12,0
|
Fonte:
IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
No
trimestre janeiro / março de 2017, havia aproximadamente 14,2
milhões de pessoas
desocupadas no
Brasil. Este contingente apresentou crescimento de 14,9% frente ao
trimestre de outubro a dezembro de 2016, quando a desocupação
foi estimada em 12,3 milhões de pessoas. No confronto com igual
trimestre de 2016 esta estimativa subiu 27,8%, significando um
adicional de 3,1 milhões de pessoas desocupadas na força de
trabalho.
O
contingente de pessoas
ocupadas foi
estimado em 88,9 milhões no trimestre janeiro / março de 2017.
Esse foi o menor número de pessoas ocupadas registrado pela PNAD
Contínua desde o trimestre fevereiro / abril de 2012, observando-se
que os dados da pesquisa não são dessazonalizados. O número de
pessoas trabalhando recuou tanto em relação ao trimestre anterior
(- 1,5%, ou menos 1,3 milhão de pessoas), quanto em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior (-1,9%, ou redução de 1,7 milhão
de pessoas).
O nível
da ocupação (percentual
de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar)
foi estimado em 53,1% no trimestre de janeiro a março de 2017,
apresentando queda de 0,9 ponto percentual frente ao trimestre
de outubro a dezembro de 2016, (54,0%). Em relação a igual
trimestre do ano anterior este indicador apresentou retração de 1,7
ponto percentual, quando recuou de 54,7% para 53,1%. Ressaltamos que
este foi o menor nível da ocupação observado desde o início da
série da pesquisa.
Quadro
2 - Nível da Ocupação - Brasil - 2012/2017
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1°
|
nov-dez-jan
|
...
|
56,8
|
57,1
|
56,7
|
55,5
|
53,7
|
2°
|
dez-jan-fev
|
...
|
56,5
|
57,0
|
56,4
|
55,1
|
53,4
|
3°
|
jan-fev-mar
|
56,3
|
56,3
|
56,8
|
56,2
|
54,7
|
53,1
|
4°
|
fev-mar-abr
|
56,7
|
56,5
|
56,8
|
56,3
|
54,6
|
|
5°
|
mar-abr-mai
|
57,0
|
56,8
|
56,8
|
56,2
|
54,7
|
|
6°
|
abr-mai-jun
|
57,1
|
56,9
|
56,9
|
56,2
|
54,6
|
|
7°
|
mai-jun-jul
|
57,0
|
57,0
|
56,8
|
56,1
|
54,4
|
|
8°
|
jun-jul-ago
|
57,1
|
57,0
|
56,7
|
56,0
|
54,2
|
|
9°
|
jul-ago-set
|
57,2
|
57,1
|
56,8
|
56,0
|
54,0
|
|
10°
|
ago-set-out
|
57,2
|
57,1
|
56,9
|
56,1
|
53,9
|
|
11°
|
set-out-nov
|
57,2
|
57,3
|
56,9
|
55,9
|
54,1
|
|
12°
|
out-nov-dez
|
57,1
|
57,3
|
56,9
|
55,9
|
54,0
|
Fonte:
IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
A força
de trabalho, (pessoas ocupadas
e desocupadas) no trimestre janeiro / março de 2017 foi
estimada em 103,1 milhões de pessoas, a maior da série histórica
da pesquisa. Esta população cresceu 0,5% comparada ao
trimestre outubro / dezembro de 2016. Frente ao mesmo trimestre
de 2016, houve alta de 1,4% (mais 1,4 milhão de pessoas). O
crescimento da força de trabalho no Brasil se deve exclusivamente ao
aumento da população desocupada.
O
contingente fora
da força de trabalho no
trimestre janeiro / março de 2017 (64,4 milhões de
pessoas) apresentou estabilidade em relação ao trimestre outubro
/ dezembro de 2016. Frente ao mesmo trimestre de 2016, houve alta de
0,9% (ou mais 574 mil pessoas).
O
contingente de empregados
no setor privado com carteira de trabalho assinada,
estimado em 33,4 milhões de pessoas, reduziu-se
em ambas as comparações: frente ao trimestre janeiro / março
de 2016 (-1,8% ou menos 599 mil pessoas) e ao trimestre
de janeiro / março de 2016 (-3,5% ou redução de 1,2
milhão de pessoas).
No
período janeiro / março de 2017, a categorias dos empregados
no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,2
milhões de pessoas) apresentou queda em relação ao trimestre
anterior (-3,2%), mas cresceu 4,7% (ou mais 461 mil pessoas) em
relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
A
categoria dos trabalhadores
por conta
própria (22,1
milhões de pessoas) registrou estabilidade em relação ao trimestre
anterior (outubro a dezembro de 2016). Em relação ao mesmo período
do ano anterior, houve queda (-4,6%, ou seja -1,1 milhão de
pessoas).
O
contingente de empregadores,
estimado em 4,1 milhões de pessoas, mostrou-se estável frente ao
trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período
do ano anterior, esse contingente registrou elevação de 10,8%
(mais 403 mil pessoas).
A
categoria dos trabalhadores
domésticos,
estimada em 6,1 milhões de pessoas, se manteve estável em ambos os
trimestres comparativos.
A
análise do contingente dos grupamentos de atividade, do
trimestre janeiro / março de 2017, em relação ao
trimestre outubro / dezembro de 2016, mostrou queda
na Agricultura,
Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Agricultura (-2,7%
ou -240 mil pessoas), Construção (-3,4%
ou – 242 mil pessoas), Comércio,
Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-2,5%
ou -438 mil pessoas) e
Administração pública, defesa, seguridade social, educação,
saúde humana e serviços sociais (-3,1%
ou -484 mil pessoas). Os grupamentos em alta foram: Alojamento
e alimentação (3,4%,
ou mais 165 mil pessoas) e Informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais
e administrativas (2,1%
ou mais 201 mil pessoas). Os demais grupamentos ficaram estáveis.
Em
relação ao trimestre janeiro / março de 2016 houve
redução no contingente dos seguintes grupamentos: Construção (-9,5%
ou -719 mil pessoas), Agricultura,
Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Agricultura (-8,0%
ou -758 mil pessoas), Indústria
Geral (-2,9%
ou -342 mil pessoas) e Serviços
domésticos (-2,9%
ou -184 mil pessoas). Apenas o grupamento de Alojamento
e Alimentação teve
alta (11,0% ou mais 493 mil pessoas). Os demais grupamentos não
apresentaram variação significativa.
O rendimento
médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas
pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.110 no trimestre janeiro /
março de 2017, registrando estabilidade frente ao trimestre outubro
/ dezembro de 2016 (R$ 2.064). Em relação ao mesmo trimestre
do ano anterior (R$ 2.059) o quadro também foi de
estabilidade.
Em
relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2016), o
rendimento médio real habitual teve alta para Empregados
no setor público (1,9%)
e para Trabalhadores
Domésticos(1,7%).
Em relação ao mesmo trimestre de 2016 (janeiro / março de 2016)
apenas os Empregados
no setor público apresentaram
variação positiva (4,3%). Nas demais posições registrou-se
estabilidade nos períodos analisados.
Em
relação ao trimestre outubro / dezembro de 2016, três
grupamentos de atividade apresentaram variações estatisticamente
significativas: Indústria
Geral (3,4%), Administração
pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e
serviços sociais (2,3%)
e Serviços
domésticos (1,7%).
Os demais grupamentos ficaram estáveis. Frente ao trimestre janeiro
/ março de 2016, dois grupamentos apresentaram alta no
rendimento: Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,3%)
e Administração
pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e
serviços sociais (3,4%).
Os demais grupamentos se mantiveram estáveis.
No
trimestre janeiro / março de 2017, a massa
de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi
estimada em R$ 182,9 bilhões, ficando estável em ambas as
comparações.
copiado http://www.brasil247.com/pt/247/e
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